terça-feira, 16 de setembro de 2014

Qual a vantagem de uma Contabilidade em dia?

Contabilidade, para alguns, pode significar somente montanhas de papéis, burocracia, atrasos e desperdício de tempo.

Para os mais esclarecidos, contabilidade é uma ciência, aplicável ao patrimônio, que resulta em importantes informações gerenciais para empreendedores, administradores, investidores e gestores das organizações, além de ser base para outros usos de caráter obrigatório (como legislação fiscal, trabalhista, previdenciária e societária).

Mas a contabilidade precisa “estar em dia”, isto é, atualizada, ou pode ser meramente um reflexo dos eventos mais distantes?

Contabilidade “em dia” não significa somente que a contabilidade representa os fatos econômicos ocorridos recentemente (20, 30 dias atrás), mas também que as contas que agrupam os valores (como conta Clientes) estão devidamente conciliados, isto é, condizentes com a realidade. Daí resultando em balancetes (ou mesmo balanço) de fatos recentes, “fechando o mês” no dia 5, 10, 15 ou no máximo 20 do mês subsequente.

A vantagem de uma contabilidade “em dia” é óbvia: gerar informações para uso imediato, de forma que o gestor, investidor, administrador ou empreendedor pode tomar decisões mais confiáveis na condução da organização ou na decisão de investimentos.

Uma contabilidade atualizada permitirá, por exemplo, aferir se as alterações organizacionais (em vendas, marketing, finanças) estão produzindo o resultado esperado ou se novas mudanças são necessárias. Devemos reduzir preços para aumentar vendas e assim lucrar mais? Ou devemos fechar a filial “B” e investir recursos na filial “C” para alavancar a margem de contribuição desta última filial? São perguntas importantes – e uma vez tomada a decisão, nada mais importante do que acompanhar seus efeitos com uma contabilidade devidamente atualizada!

Caminhar sem contabilidade, ou com uma contabilidade “antiga” é caminhar no escuro. As vantagens de uma contabilidade “em dia” são por demais óbvias para serem desprezadas.

Quanto a “montanhas de papel”, “burocracia” e outros possíveis “defeitos” da contabilidade (alegado por alguns), vai aí uma dica: que tal dinamizar as informações, de forma que os sistemas sejam integrados à contabilidade, evitando os trâmites de papéis? Que tal reduzir o número de “carimbos” e realizar uma simplificação nos procedimentos, de forma que imediatamente à recepção do documento na empresa o mesmo já seja contabilizado (por sistema integrado) e possa – independentemente de seu trâmite interno – ser conhecido por todos os gestores que utilizam os dados contábeis?

Contabilidade “em dia”, para não ter a empresa “atrasada” na avaliação de seus negócios!

Fonte: Site Contábil

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Escritório de contabilidade tem de indenizar por desvios de funcionário

O patrão responde por ato culposo de seu empregado ou preposto. Assim, se o funcionário apropriou-se indevidamente de valores, durante a prestação de serviços, cabe a empresa indenizar o cliente lesado, conforme previsto no artigo 884 do Código Civil.

O argumento levou a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a reformar totalmente a sentença que indeferiu ação indenizatória movida por uma empresa de engenharia contra o escritório de contabilidade que lhe prestava serviços.

O juízo de primeiro grau não viu nenhuma responsabilidade do contador no ato do seu funcionário, que não pagava as contribuições previdenciárias e ficava com o dinheiro.

Com a reviravolta do caso, a empresa receberá do escritório de contabilidade os R$ 23,5 mil desviados, devidamente corrigidos, a título de indenização por dano material, mais R$ 10 mil de reparação moral.

O desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, relator, citou a Súmula 341 do Supremo Tribunal Federal: "É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto".

Ele ainda baseou-se no artigo 932, inciso II, do Código Civil. O dispositivo responsabiliza o empregador, empregados ou prepostos a repararem os danos causados a terceiros na esfera civil, desde que verificados no exercício do trabalho ou em razão dele.

Canto observou que o contador, mesmo sabendo que seu funcionário já tinha se apropriado de valores em outra empresa, não o afastou de suas funções. Com isso, tornou-se conivente com a conduta delituosa.

‘‘Note-se, ainda, que, diferentemente do que sustentou o réu, a parte autora não efetuou o pagamento dos valores ao preposto do demandado por sua conta e risco, mas por conta de uma relação de confiança estabelecida com o próprio réu, que desde 1994 prestava serviços de contabilidade’’, escreveu no acórdão.

Ação indenizatória.

A empresa de engenharia narrou, na ação indenizatória, que sempre entregou os cheques para pagamento das obrigações fiscais ao mesmo funcionário do escritório de contabilidade que o atendia.

Num determinado período, porém, percebeu que alguns cheques emitidos não foram utilizados no pagamento de tributos. Constatada a apropriação indébita, o caso rendeu Inquérito Policial e, posteriormente, resultou na condenação do funcionário por crime de estelionato.

Em sua defesa, o contador alegou que o escritório não era responsável pelo pagamento dos débitos fiscais, mas pela emissão das guias de recolhimento. Argumentou que o funcionária da empresa de engenharia entregava os cheques ao funcionário do escritório de contabilidade por sua própria conta e risco, já que tinha ciência de que não prestava tal serviço. No curso do processo, o funcionário foi incluído na lide, mas ficou fora por não ter sido encontrado.

Sentença improcedente.

A juíza de Ivortiz Tomazia Marques Fernandes, da 1ª Vara Cível do Foro do Sarandi (Porto Alegre), julgou a demanda improcedente, por entender que a empresa não fez prova da responsabilidade do escritório de contabilidade com os fatos descritos na inicial.
A seu ver, o escritório — dada à natureza da prestação deste tipo de serviço — não tem qualquer responsabilidade sobre os pagamentos dos tributos oriundos da atividade da autora.

Destacou que o fato de o funcionário não ter efetuado o pagamento não imputa ao escritório de contabilidade a responsabilidade pelo inadimplemento, mas evidencia a responsabilidade da própria autora em deixar o pagamento a cargo de uma pessoa não autorizada.

Fonte: Site Contábil

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Conselho Federal de Contabilidade aposta em capacitação para o eSocial

As empresas brasileiras estão correndo contra o tempo para adaptar o administrativo ao eSocial, uma plataforma digital que está sendo preparada pelo governo para unificar, em um único sistema, as informações previdenciárias, trabalhistas e tributárias, relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício.O objetivo é reduzir a burocracia, aumentar a qualidade das informações e simplificar o cumprimento de obrigações das empresas junto ao governo federal.

A expectativa é que essa nova plataforma entre em vigor em 2015, mas o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) acompanha de perto as mudanças e trabalha na capacitação dos contadores. Isso porque, no caso das micro e pequenas empresas, por exemplo, a assessoria contábil será fundamental para a implantação do sistema, já que muitas delas não têm departamento de recursos humanos.

“Mas enquanto o leiaute do eSocial não for divulgado pelo governo, os profissionais precisam buscar entender sobre o projeto com as informações que já foram divulgadas, principalmente no que diz respeito à preparação das informações de cadastros iniciais, verificação de informações pendentes, avaliação dos processos e trâmites das informações”, alerta o contador Cassius Coelho.

Ele representa o CFC no Grupo de Trabalho Confederativo (GTC), de caráter consultivo e permanente, que tem como objetivo analisar o conjunto de informações e regras do eSocial, inicialmente apresentado pelo Comitê Gestor – que também tem participação do CFC. Além disso, o grupo é responsável pela elaboração de uma proposta de adequação para o pleno cumprimento das obrigações correspondentes pelas empresas com operacionalização aderente ao ambiente empresarial, com base na legislação vigente, inclusive em relação ao cronograma de implementação.

“Este grupo tem o papel fundamental de levantar questões mais específicas que recairão diretamente sobre as empresas. Questões que ainda não foram tratadas e que podem gerar dúvidas. As respostas irão ajudar na hora em que o eSocial for devidamente aplicado”, explica. De acordo com Cassuis, existem muitos detalhes do preenchimento que vão desde os prazos de comunicação de férias, licenças e acidentes. Por isso, os empregadores precisarão ter cuidado no momento de enviar os dados na plataforma. A capacitação, neste caso, é a melhor saída.

“Por meio dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), realizamos eventos de capacitação para que os profissionais de contabilidade busquem se preparar para as mudanças”, afirma. O contador ressalta que uma das preocupações das empresas é o curto prazo para a adequação ao sistema  – a expectativa é para o inicio do ano que vem. “Enquanto o leiaute não fica pronto, os empregadores e profissionais contábeis já devem se preparar. Já é possível, por exemplo, verificar quais informações são de preenchimento obrigatório e adiantá-las”.

“O CFC participa de fóruns e discussões, junto aos órgãos de fiscalização, para entender os prazos e obrigações. É uma preocupação a velocidade como as mudanças têm acontecido, já que existe a necessidade de um investimento alto por parte das empresas. Por isso o trabalho de capacitação é tão importante. Precisamos entender o sistema, as novas alterações e evitar que as companhias sejam multadas”.

Para o Conselho Federal de Contabilidade, o transtorno será temporário e as empresas serão beneficiadas com o sistema. “Entendemos que depois de implantado, o eSocial vai trazer mais agilidade. A modernização é um caminho sem volta. Não temos que lutar contra o sistema, mas precisamos nos organizar para que ele seja executado de uma forma mais tranquila e gradual”, explica Cassius.

Grupo se reúne nesta quinta-feira (11)

Nesta quinta-feira, 11 de setembro, o GT se reúne no Sescon-SP com empresas de TI do segmento contábil. Na reunião serão apresentados os encaminhamentos dos trabalhos do grupo e orientações sobre o leiaute para que as empresas discutam os impactos e alternativas para atender as exigências do eSocial.

A reunião é uma demanda das entidades representativas do segmento contábil – além do Sescon-SP, a Fenacon e o próprio CFC. “Entendemos que as empresas de TI que compõem o GT são mais voltadas para as grandes empresas e usuários de ERPs (sistema de gestão empresarial). Por isso, precisamos aproximar as empresas que oferecem soluções mais específicas no âmbito da contabilidade”, afirma Cassius Coelho.

A próxima reunião do GTC – a quarta desde que os trabalhos foram iniciados – será realizada nos dias 22 e 23 de outubro.

Texto confeccionado: Elton Pacheco

Fonte: Site Contábil

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Declaração do ITR pode ser feita na internet até o final do mês

O programa multiplataforma ITR2014 continua disponível no site da Receita Federal para preenchimento da declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), podendo ser utilizado em computador que possua máquina virtual Java (JVM), versão 1.6.0 ou superior. A declaração deverá ser enviada por meio do programa de transmissão Receitanet.
O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse (inclusive por usufruto) de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
Quem está obrigado a declarar o ITR 2014
Toda Pessoa Física ou Jurídica que, em relação ao imóvel rural a ser declarado, exceto o imune ou isento, seja, na data da efetiva apresentação: proprietária, titular do domínio útil, possuidora a qualquer título, inclusive a usufrutuária;

O titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título de imóvel rural IMUNE OU ISENTO, para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural. Informações mais detalhadas ver IN RFB nº 1.483/2014 art. 2º.

Prazo de entrega
De 18 de agosto até 30 de setembro de 2014 (Às 23h59min59s).

Forma de Elaboração
Com o uso do computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) do ITR/2014 disponível no sítio da Receita Federal. (Não existem mais formulários).

Locais de entrega
a) Dentro do prazo (até 30 de setembro de 2014):

As declarações deverão ser transmitidas através do programa Receitanet, até às 23hs59min59seg. do dia 30/09/2014 exclusivamente pela internet;
b) Após 30 de setembro de 2014:
- Internet transmitidas com a utilização do Programa Receitanet.
- Mídia Removível: Somente nas Unidades da Secretaria da Receita Federal.
Pagamento do imposto
Vencimento da 1ª quota ou quota única é 30 de setembro de 2014 e não há acréscimos (juros) se o pagamento ocorrer até esta data.

Sobre as demais quotas há incidência de juros SELIC calculados a partir de outubro até a data do pagamento.
O pagamento do imposto pode ser parcelado em até quatro quotas, mensais, iguais e sucessivas, desde que cada quota não seja inferior a R$ 50,00.
O imposto de valor até R$ 100,00 deve ser recolhido em quota única.
O valor mínimo de imposto a ser pago é de R$ 10,00, independentemente do valor calculado ser menor.
Multa por atraso na entrega
1% ao mês calendário ou fração sobre o imposto devido, não podendo seu valor ser inferior a R$ 50,00 - valor mínimo.

No caso de imóvel imune ou isento do ITR, para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural, a multa é de R$ 50,00.
redacao@cidadeverde.com

Ciências Contábeis é o quarto curso mais procurado, segundo o MEC

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgaram, no dia 9 de setembro de 2014, os dados do Censo da Educação Superior 2013. O curso de Ciências Contábeis está entre os mais procurados pelos estudantes de graduação e ocupa a quarta colocação no ranking, com 328.031 futuros profissionais.

Em 2013, foram realizadas 7.509.694 matrículas em cursos de nível superior, 7.305.977 em cursos de graduação e 203.717 na pós-graduação. Comparando os resultados de 2012 e 2013, o curso de Ciências Contábeis subiu uma posição na lista de cursos mais procurados, passando da quinta para a quarta colocação, ficando atrás apenas de administração, direito e pedagogia.

Foram 328.031 alunos matriculados em 2013, contra 313.174 no ano anterior. A área contábil sozinha representa quase 5% de todos os cursos de graduação no país, o que significa que um em cada 20 estudantes do nível superior pretende se formar Contador.

A alta procura demonstra ainda o crescimento da profissão contábil, que recentemente atingiu a marca de 500 mil profissionais registrados em todo o Brasil. Os profissionais da Contabilidade paulistas representam quase um terço do total, com 146.152 registros no CRCSP.

O Censo da Educação Superior é publicado anualmente e reúne informações sobre os cursos de graduação e pós-graduação, presenciais e a distância, de todo o país. Os dados foram coletados entre os dias 3 de fevereiro e 15 de maio de 2014 por meio de questionários preenchidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES).

O levantamento será utilizado no cálculo dos indicadores de qualidade do MEC, como o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC). O relatório final do Censo da Educação Superior 2013 será publicado no site do Inep.

Texto confeccionado por: Thiago Benevides

Fonte: Site Contábeis

Aniversariante do dia! Ely Nery


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Contadores estão entre os profissionais mais raros no Brasil

 
“São áreas com forte apelo técnico”, comenta Márcia Almström, diretora de recursos humanos da empresa responsável pelo levantamento, cuja versão global entrevistou mais de 37 mil empregadores. Isso quer dizer que é só lidar bem com números e o emprego está garantido? Não é bem assim, segundo a executiva. Almström explica que, associadas a competências técnicas, também estão em falta as chamadas ‘soft skills’ ou habilidades mais ‘brandas’, ligadas a gestão e liderança, por exemplo. 

“Para se dar bem num mercado tão sedento por eles, esses profissionais raros precisam construir sua carreira além do conhecimento técnico e buscar outras qualificações”, afirma. Dos 42 países focalizados pela pesquisa, o Brasil é o 4º com maior escassez de talentos, empatando com a Argentina. “Entre outros motivos para essa situação, há um grande aumento da competitividade, avanços tecnológicos e lacunas na formação profissional”, explica Almström. Além dos profissionais já citados, no ranking também figuram operários, motoristas, técnicos e trabalhadores de ofício manual.

A seguir, veja lista dos 10 profissionais mais buscados no Brasil:

1. Operários

São os profissionais que fazem qualquer tipo de trabalho braçal em diversos setores da economia, como indústria, agricultura e comércio.

Por que estão em falta: “Está difícil encontrar quem tenha experiência como operário”, aponta Márcia Almström, diretora de RH do Manpower Group. De acordo com ela, o mercado está esvaziado pela busca natural dos profissionais por ocupações mais qualificadas e consequente aumento de renda.

Posição no ranking em 2014: 1º

Posição no ranking em 2013: 5º

2. Técnicos

São profissionais formados em cursos com duração habitual de 2 anos. Exercem tanto funções gerenciais quanto operacionais em diversas áreas, como automoção, alimentos ou edificações, por exemplo.

Por que estão em falta: Segundo Almström, nos últimos 30 anos, pouco se investiu em cursos para formar técnicos no Brasil. “Hoje, colhemos os frutos de privilegiar o ensino superior, e só colheremos os frutos de programas como o Pronatec daqui a alguns anos”, diz.

Posição no ranking em 2014: 2º

Posição no ranking em 2013: 1º

3. Motoristas

Os condutores de veículos mais escassos são os ligados ao transporte de cargas, isto é, os motoristas de caminhão.

Por que estão em falta: Ser motorista hoje não é só saber dirigir – e a mão de obra não tem acompanhado as novas exigências. “Pela evolução dos meios de transporte, esse profissional precisa dominar diversas tecnologias, como o GPS, além de painéis e dispositivos cada vez mais sofisticados presentes nos caminhões”, explica Almström.

Posição no ranking em 2014: 3º

Posição no ranking em 2013: 7º

4. Secretários pessoais, assistentes administrativos e auxiliares de escritório

São profissionais que exercem funções de apoio à administração, articulando o trabalho cotidiano do escritório e facilitando fluxos.

Por que estão em falta: Novamente, faltam competências exigidas pelo mercado atual. Isso porque faz parte do passado a figura da secretária que só atendia telefonemas e anotava recados. “Hoje é preciso dominar idiomas, ter conhecimento em programas como Excel e dominar ferramentas online de teleconferência, por exemplo”, explica Almström.

Posição no ranking em 2014: 4º

Posição no ranking em 2013: 8º

5. Trabalhadores de ofício manual

São profissionais autônomos que empregam habilidades específicas, tais como eletricistas, costureiras, sapateiros, pintores e encanadores.

Por que estão em falta: A situação se deve à movimentação da força de trabalho na direção de atividades com maior qualificação. “Esses profissionais têm buscado formação para melhorar de vida, e acabam abandonando suas ocupações antigas”, diz Almström.

Posição no ranking em 2014: 5º

Posição no ranking em 2013: 4º

6. Profissionais de TI

São aqueles que cuidam da infraestrutura, da gestão de computadores e de todos os processos relacionados a tecnologia da informação. O profissional é disputado tanto por empresas de desenvolvimento de software quanto por bancos e companhias de telefonia celular, por exemplo.

Por que estão em falta: As empresas têm apresentado demanda crescente por soluções de TI, mas não há oferta suficiente de mão de obra. “O ritmo de formação de profissionais ainda não acompanha a expectativa dos contratadores”, explica a diretora de RH do Manpower Group.

Posição no ranking em 2014: 6º

Posição no ranking em 2013: não apareceu

7. Contadores e profissionais de finanças

São aqueles que acompanham, medem e garantem a saúde financeira da empresa. Em tempos de exigência por produtividade máxima, cuidam da gestão dos custos e da rentabilidade do negócio.

Por que estão em falta: A realidade no mundo dos negócios mudou. Hoje, as empresas não precisam apenas do profissional que registra dados numéricos e faz apontamentos. “É preciso dominar o aspecto técnico das finanças, mas também ter um perfil de influenciador e consultor interno a respeito do negócio”, (Almström).

Posição no ranking em 2014: 7º

Posição no ranking em 2013: 3º

8. Operadores de máquinas e de produção

São profissionais que dominam o manuseio operacional de diversas máquinas na indústria e na agropecuária, por exemplo.

Por que estão em falta: A falta de profissionais habilitados para suprir a demanda tem a ver com os avanços tecnológicos em maquinarias. “Hoje, os equipamentos são muito mais complexos do que há 20 anos, e faltam profissionais com competências em dia com essas atualizações”, explica Almström.

Posição no ranking em 2014: 8º

Posição no ranking em 2013: 2º

9. Engenheiros

São profissionais que podem ser empregados em praticamente qualquer tipo de indústria. Hoje fazem falta engenheiros para áreas que vão de infra-estrutura e exploração de petróleo até bancos e empresas de telecomunicações.

Por que estão em falta: Almström afirma que os cursos de Exatas têm despertado pouco interesse nos jovens, o que explicaria em parte a falta de engenheiros. “Além disso, a demanda por eles cresceu muito nos últimos anos, devido à necessidade de desenvolver a economia”, afirma.

Posição no ranking em 2014: 9º

Posição no ranking em 2013: 6º

10. Gerentes de vendas

São profissionais responsáveis pela geração de negócios, muitas vezes em escala global, combinando habilidades de gestão, conhecimentos em finanças e domínio da comunicação.
Por que estão em falta: “Ter lucro ficou mais difícil com a nova forma de fazer negócios hoje”, diz Almström. Gerir vendas se tornou um papel muito mais complexo do que no passado. “É preciso ser mais criativo, saber lidar com números e ter capacidade de liderar, mas poucos são os profissionais que atendem a todas essas exigências”, afirma.

Posição no ranking em 2014: 10º

Posição no ranking em 2013: não apareceu

Fonte: Site Contábil

Administrar uma empresa de contabilidade

Em instância popular podemos dizer que a administrar uma empresa de contabilidade é algo muito desafiador que coloca a prova qualquer espírito empreendedor.

Uma empresa de contabilidade já é composta de inúmeros desafios, como por exemplo, atender todas as demandas normativas relacionadas à contabilização dos atos e fatos contábeis, relacionadas às deliberações fiscais juntamente com os regulamentos e leis instituídas para cada tributo, relacionadas aos preceitos previdenciários e trabalhistas, e relacionadas à legislação comercial.

É fato que todo contador antigamente era visto como um “guarda livros”, mas agora a realidade é outra. Qualquer empresa que quer ter o pleno controle e sustentabilidade do patrimônio precisa ter todas as movimentações financeiras ou não financeiras totalmente contabilizadas, seja por uma equipe contábil interna ou por uma empresa de contabilidade terceirizada. Toda empresa precisa ter os olhos fitos nas demonstrações contábeis e utilizá-la realmente como ferramenta de Gestão se quiser ter sucesso.

Além dos desafios das demandas normativas, a empresa de contabilidade precisa estar composta por equipe que tenha qualidade técnica, e conhecimento amplo, devido à convergência das normas internacionais de contabilidade para o Brasil. E captar ou formar uma equipe nesses parâmetros passa a ser muito complexo, devido a alguns fatores: Devido à escassez de profissionais, devido ao ensino que formam esses profissionais estar abalado pelas mudanças da contabilidade, mudanças nas legislações comercias, mudanças nas legislações tributárias e também devido ao

aumento salarial repentino para a categoria profissional. Atualmente os profissionais da área contábil estão sendo visados por todos, pois tem sido a grande necessidade do mercado em geral. Multinacionais e Grandes empresas contratam esses profissionais, médias empresas também, empresas de auditoria e perícia, empresas de contabilidade e até o próprio setor público.

Novos desafios também encontrados nas novas regras para o combate ao crime de lavagem de dinheiro, que obriga as empresas contábeis a comunicar ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) qualquer operação que se caracterize como lavagem de dinheiro, colocando assim, as empresas de contabilidade em uma trincheira. Certamente nenhuma empresa de contabilidade que se preze irá concordar que qualquer cliente faça operações ilícitas, entretanto o Fisco incluiu a empresa de contabilidade como seu agente fiscalizador, trazendo ainda mais responsabilidades.

Diante de tantos desafios, como administrar uma empresa contábil?

Sugiro que a princípio, remodele o plano de negócios, estabelecendo diretrizes novas conforme o cenário atual da contabilidade. Deixe bem claro as vantagens e desvantagens nesse cenário, os pontos fortes e fracos, as metas para alcançar os objetivos, se necessário estabeleça novos objetivos.

Em seguida mapeie totalmente o fluxo de caixa para as operações atuais e seguintes compreendendo até o final do ano seguinte, estabeleça o fluxo previsto no cenário atual, e em paralelo simule novos fluxos projetando possíveis cenários alcançáveis, por exemplo, com novos clientes e novos serviços. A finalidade é não desprezar nenhum cenário, até mesmo o cenário da escassez financeira.

Depois olhe internamente na organização e mapeie as competências dos empregados que tem, verifique quais têm mais facilidade de adaptação a mudanças, e utilize-os da forma que achar melhor, mas com objetivos alcançáveis, até mesmo para panfletar, se o objetivo for alcançar novos clientes.

Tendo feito as três etapas acima, agora foque apenas você empreendedor. Mapeie seus pontos fortes, e deixe-os mais fortes, envolva-se completamente com suas competências de gestão e aplique-as primeiramente em si mesmo. Aplique a gestão do tempo, aplique a liderança, aplique o entusiasmo e bom ânimo, aplique a atenção em ouvir seus pensamentos, tenha um tempo só seu e medite, cresça intelectualmente, cresçaemocionalmente, busque sabedoria, e acima de tudo tenha fé.

Depois de ter feito isso é só encarar todos esses desafios como se não fossem desafios!

Texto confeccionado por: Mateus Vicente

Fonte: Site Contábil

Chefes que ignoram equipe são pouco eficientes

Quem já teve a impressão de estar sendo sabotado pelo chefe talvez descubra que a suspeita tem fundamentos - ao menos se o superior for um profissional inseguro e com resultados abaixo das expectativas. Essa conclusão está em um artigo de escolas de negócios americanas, publicado na edição atual do "Academy of Management Journal".

Por meio de um estudo de caso e um experimento, dois pesquisadores da McCombs School of Business da Universidade de Texas em Austin, e um da University of Southern California (USC), investigaram a relação entre a disposição de gestores a valorizar as ideias dos subordinados e a percepção desses superiores em relação a sua própria competência.

Os resultados revelam o que muitos profissionais podem já ter percebido no dia a dia: aqueles gestores com menos segurança nas próprias habilidades são mais propensos a ignorar ou a vetar sugestões dos funcionários - independentemente da qualidade da contribuição dada.

De acordo com o coautor e professor de gestão da McCombs, Ethan Burris, enquanto a maioria das pesquisas existentes foca as experiências dos funcionários, esse estudo tentou identificar quais aspectos comportamentais dos chefes contribuem para um ambiente no qual os colaboradores têm mais voz ativa. "Descobrimos que algumas pessoas são mais capazes do que outras de aceitar feedback crítico, especialmente sobre como o trabalho na equipe poderia melhorar", explica.

Em um estudo de caso em uma multinacional de óleo e gás, gestores com baixo índice de eficiência solicitaram a opinião dos funcionários com menos frequência. Já em um experimento posterior, com 131 participantes, os professores perceberam que chefes com esse perfil também tinham uma aversão maior a contribuições espontâneas dos funcionários - resultando, inclusive, em avaliações negativas de profissionais que se esforçavam para opinar e na pouca implementação das contribuições oferecidas. Segundo os professores, essa atitude é uma espécie de defesa do próprio ego.

Os resultados, na prática, são equipes menos eficientes e funcionários menos motivados, na opinião de Burris. "Recusar-se a prestar atenção nas ideias dos empregados leva à frustração e ao aumento no turnover. Subordinados expressam opiniões para tentar resolver problemas observados por eles. Quando não conseguem fazer isso, provavelmente vão buscar oportunidades em outras empresas", diz.

Para o pesquisador, contudo, a solução não é investir no recrutamento e na promoção de gestores mais confiantes, e sim na criação de uma cultura mais inclusiva e menos baseada no medo - uma iniciativa que precisa vir de cima. "Se você seleciona alguém muito confiante em todas as áreas, ela vai ser uma pessoa bastante narcisista. Por outro lado, se os líderes criarem um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis ao realizarem mudanças, os funcionários vão se esforçar para procurar maneiras novas de melhorar o trabalho como um todo", ressalta.

Texto confeccionado por:  Letícia Arcoverde

Fonte: Site contábil

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Pelo segundo ano consecutivo, o Leão está demorando mais tempo para devolver as restituições do Imposto de Renda

 
Nos três primeiros lotes de 2014, depositados em junho, julho e agosto, a Receita Federal restituiu aos contribuintes R$ 5,8 bilhões, 3% menos que o valor liberado no mesmo período do ano passado ? de quase R$ 6 bilhões, em valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em termos reais, ou seja, com números atualizados pela inflação, o reembolso já realizado em 2014 é o mais baixo desde 2009. O número de contribuintes beneficiados, cerca de 4,1 milhões de pessoas, também é o menor dos últimos cinco anos. Em 2013, mais de 4,2 milhões de brasileiros receberam sua restituição até agosto.

A diferença em relação a 2012 é ainda maior. Nos três primeiros lotes daquele ano, o Leão depositou R$ 8,3 bilhões, para pouco menos de 6,7 milhões de contribuintes.

O ritmo mais lento ocorre apesar do crescimento do número de contribuintes. Neste ano, quase 26,9 milhões de brasileiros entregaram a declaração de Imposto de Renda, 3% mais que em 2013 (26 milhões). Em 2012, 25,2 milhões de pessoas declararam o imposto.

Não há qualquer ilegalidade na prática de reter as restituições por mais tempo, desde que todas sejam depositadas até dezembro. A exceção é para as declarações que caíram na malha fina. Nesse caso, a Receita tem até cinco anos para reembolsar o contribuinte.

A tendência, portanto, é que as devoluções ganhem corpo nos próximos meses. No ano passado, a defasagem nos reembolsos em relação a 2012 só foi revertida no sétimo e último lote de restituições, em dezembro.

Consulta

Para saber se sua restituição já foi liberada pela Receita, acesse o site www.receita.fazenda.gov.br ou ligue para o Receitafone (146).

Fonte: Site Contábil

Restituição do IR até agosto é a menor em cinco anos


Pelo segundo ano consecutivo, o Leão está demorando mais tempo para devolver as restituições do Imposto de Renda. Nos três primeiros lotes de 2014, depositados em junho, julho e agosto, a Receita Federal restituiu aos contribuintes R$ 5,8 bilhões, 3% menos que o valor liberado no mesmo período do ano passado – de quase R$ 6 bilhões, em valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em termos reais, ou seja, com números atualizados pela inflação, o reembolso já realizado em 2014 é o mais baixo desde 2009. O número de contribuintes beneficiados, cerca de 4,1 milhões de pessoas, também é o menor dos últimos cinco anos. Em 2013, mais de 4,2 milhões de brasileiros receberam sua restituição até agosto.

A diferença em relação a 2012 é ainda maior. Nos três primeiros lotes daquele ano, o Leão depositou R$ 8,3 bilhões, para pouco menos de 6,7 milhões de contribuintes.

O ritmo mais lento ocorre apesar do crescimento do número de contribuintes. Neste ano, quase 26,9 milhões de brasileiros entregaram a declaração de Imposto de Renda, 3% mais que em 2013 (26 milhões). Em 2012, 25,2 milhões de pessoas declararam o imposto.

Não há qualquer ilegalidade na prática de reter as restituições por mais tempo, desde que todas sejam depositadas até dezembro. A exceção é para as declarações que caíram na malha fina. Nesse caso, a Receita tem até cinco anos para reembolsar o contribuinte.

A tendência, portanto, é que as devoluções ganhem corpo nos próximos meses. No ano passado, a defasagem nos reembolsos em relação a 2012 só foi revertida no sétimo e último lote de restituições, em dezembro.

Consulta

Para saber se sua restituição já foi liberada pela Receita, acesse o site www.receita.fazenda.gov.br ou ligue para o Receitafone (146).

Fonte: Site Contábil

Mudanças no SuperSimples que entram em vigor em 2015

A Lei Complementar 147/2014 (PLC 60/14), que amplia o Supersimples, regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas, e atualiza a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa começa a valer a partir de janeiro de 2015. O Sebrae estima que o Supersimples permitirá a entrada de 400 mil micro e pequenas empresas no programa.

Outra vantagem da atualização da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa é a desburocratização, com o cadastro único por CNPJ, dispensando os demais cadastros estaduais e municipais. Além disso, a nova Lei também protege o Microempreendedor Individual (MEI), categoria que fatura por ano até R$ 60 mil, de cobranças indevidas realizadas por conselhos de classe, por exemplo, e ainda, proíbe que as concessionárias de serviços públicos aumentem as tarifas do MEI por conta da modificação de sua condição de pessoa física para pessoa jurídica.

No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar 221/12, que universaliza o acesso do setor de serviços ao Simples Nacional (Supersimples), o regime de tributação das micro e pequenas empresas. O projeto segue para votação no Senado.

Veja algumas das principais alterações no Super Simples propostas pelo Projeto de Lei Complementar 221/12:

• UNIVERSALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL

COMO ERA: não podem optar pelo Simples as empresas prestadoras de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, as que prestam serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios, e as que realizam atividade de consultoria.

COMO FICOU: passa a valer o critério do porte para a opção e não mais o da atividade exercida. Poderão ingressar no Simples Nacional a partir de janeiro de 2015, as empresas de:

medicina, inclusive laboratorial e enfermagem;
medicina veterinária;
odontologia;
psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia e de clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite;
fisioterapia;
advocacia;
serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação;
arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia;
corretagem;
representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros;
perícia, leilão e avaliação;
auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração;
jornalismo e publicidade;
agenciamento, exceto de mão-de-obra;
outras atividades do setor de serviços, que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural.

A medida deve beneficiar mais de 447 mil empresas, envolvendo 140 (cento e quarenta) atividades.

• LIMITAÇÃO DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

COMO ERA: quando foi estabelecido pela Lei Geral que a MPE pagaria o ICMS pelo faturamento e não pelo valor agregado, imediatamente as Fazendas estaduais implantaram o contragolpe, expandindo a substituição tributária antes restrita às cadeias econômicas homogêneas (cigarros, bebidas, pneus, combustíveis, sorvetes, etc.). Nessas cadeias, o preço final é conhecido e as margens também, portanto é racional a substituição.

Ao generalizar a substituição tributária, os Estados afetaram cadeias heterogêneas, nas quais a estimativa de margens tornou-se arbitrária. Assim, além de eliminar os benefícios do Simples, passaram a impor uma carga tributária muito acima do critério anterior de recolhimento do ICMS pelo valor agregado.

A substituição tributária anula os efeitos benéficos do Simples (unificação e simplificação). Além disso, repercute economicamente contra o pequeno, aumentando a sua carga tributária.

COMO FICOU: a proposta da Câmara mantém a Substituição Tributária apenas para as cadeias econômicas homogêneas, cujos produtos já obedeciam a esse regime antes da criação do Simples Nacional.

Todavia, foi aprovado no Senado em 29 de abril de 2014 o Projeto de Lei 323, de 2010, que autoriza a aplicação da substituição tributária a 49 (quarenta e nove) categorias de produtos e 1 (uma) modalidade de operação (porta e porta).

No parecer final apresentado, foi acolhida parcialmente emenda em relação à proposta aprovada anteriormente na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O substitutivo aprovado na comissão excluía praticamente todas as micro-empresas do Simples Nacional do regime de substituição tributária. Já o substitutivo aprovado no Plenário, reduziu esse universo devido ao impacto que a proposta causaria nas finanças estaduais. Está sendo analisada a viabilidade de integração do texto aprovado no Senado no projeto de lei em trâmite na Câmara.

• CRIAÇÃO DO CADASTRO NACIONAL ÚNICO

COMO ERA: o empreendedor é obrigado a comparecer a vários balcões para conseguir sua inscrição nos cadastros fiscais (da União, do Estado e do Município) e poder iniciar sua atividade.

COMO FICOU: o processo de obtenção das inscrições será unificado e o CNPJ será utilizado como identificador cadastral único pelas empresas.

Fonte: Site Contábil

eSocial: a CLT digital

O Decreto-Lei n° 5.452/1943, mais conhecido pelos brasileiros como CLT, ou Consolidação das Leis do Trabalho, entrou em vigor no primeiro governo de Getulio Vargas. Nascida em meio a polêmicas quanto à sua natureza: seria uma consolidação ou um código, por também instituir novas leis novas? Hoje, há um certo consenso sobre a sua importância no processo de transição do Brasil agrário para o industrial.

Surge agora um novo projeto, o eSocial, também polêmico e controverso, mas que promete causar grandes transformações nas relações entre patrões, empregados e governo. Ao contrário da CLT, o eSocial não criará novas leis. Seu objetivo é consolidá-las digitalmente por meio de um sistema informatizado. Ele também não será o agente de mudanças que suportará a transição do Brasil industrial para a sociedade do conhecimento.

Na prática, a sistemática é um grande “meio” de abastecer eletronicamente os órgãos da administração pública com dados (mensagem) dos trabalhadores, com ou sem vínculo empregatício, bem como os eventos ocorridos com eles.

Admissões, exames médicos, alterações contratuais, pagamentos, férias, rescisões são apenas alguns exemplos dos mais de 40 tipos de eventos que serão registrados por este complexo sistema, que poderá ser acessado por Receita Federal, Ministério do Trabalho, Caixa Econômica Federal, INSS, Ministério da Previdência. Os trabalhadores também poderão consultar o histórico de sua vida digital. E, no futuro, até mesmo a Justiça do Trabalho utilizará tais registros em seus processos.

O eSocial é o maior projeto vinculado ao Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), pois abrange cerca de 12 milhões de empregadores, 37 milhões de empregados com carteira assinada, 7 milhões de funcionários públicos, 6,5 milhões de empregados domésticos e 19 milhões de autônomos, dentre outros.

Também é o mais polêmico e criticado dos sistemas do SPED. Possivelmente fui um dos maiores críticos públicos do eSocial. Dos 18 artigos que publiquei sobre o tema, 12 apontaram problemas com o projeto.

Os principais alvos, segundo minha percepção, estavam relacionados ao cronograma de obrigatoriedade, à normatização, à documentação técnica, à complexidade da legislação trabalhista, ao uso indevido de informações privilegiadas por parte de algumas empresas que participaram do grupo-piloto e à pouca representatividade que este ajuntamento mostrava mediante à realidade brasileira.

Coincidência ou não, desde o início deste ano, quando houve uma mudança na chefia da Divisão de Escrituração Digital (DIDIG/COFIS) da Receita Federal, muitos desses problemas começaram a ser equacionados.

Primeiramente, ocorreu um maior diálogo das autoridades com a sociedade. Hoje há uma participação mais ativa das diversas entidades setoriais, como: CNT, CFC, CNI, CNC, CNA, CNS, CNF, CNTOR, Consif, Confen, CNCOOP, Firjan, Fiesc, Fiesp, Fiemg, Sescon-SP e Fenacon.

A importância desse maior envolvimento é crítica para o sucesso do eSocial. No começo do ano, conduzi uma pesquisa de opinião com profissionais contábeis, a qual detectou que a imagem das empresas que participaram do projeto-piloto não era positiva: 86,3% afirmaram que elas representam muito pouco ou nada às suas congêneres, enquanto 72% pensavam que elas não ajudavam em nada ou muito pouco a melhorar o eSocial. Quase a metade declarou ainda que elas não ajudavam em nada na divulgação do projeto.

A pesquisa ainda apontou que apenas 31,3% percebiam a utilização ética das informações obtidas pelas empresas-piloto, respeitando as demais. De fato, as constantes reclamações sobre a pouca transparência no controle do acesso às informações técnicas preliminares do projeto levaram a Receita Federal a se comprometer no aperfeiçoamento desses processos, bem como na análise do caso, por parte da Ouvidoria-Geral da União.

O eSocial vem sendo planejado desde 2010. No entanto, dezenas de cronogramas foram divulgados pela Receita Federal, Caixa Econômica e Ministério do Trabalho. Muitos deles, contraditórios entre si e curtos demais para a adaptação da sociedade. Mas, recentemente, o comitê gestor formalizou um prazo viável para que os empregadores se habituem a essa nova realidade. Um ano após a conclusão e divulgação da documentação técnica, as grandes e médias empresas – com faturamento anual superior a R$ 3,6 milhões – serão obrigadas a transmitir os eventos do eSocial.

O novo prazo é suficiente para que todos se adaptem. Claro, que no Brasil, muitos postergarão as mudanças necessárias, deixando-as para “última hora” e irão “chorar" por mais um adiamento. Enfim, os problemas estruturais do projeto estão sendo equacionados, exceto um: a complexidade da legislação trabalhista. Contudo, essa discussão deve ocorrer em outro âmbito: o congresso nacional.

Portanto, é fundamental, em um ano eleitoral, que as instituições promovam debates sobre o tema. Conselhos regionais de administração e de contabilidade, OAB, instituições de ensino superior, Sebrae, associações comerciais, câmaras de dirigentes lojistas, federações do comércio e indústria e sindicatos e organizações que defendem as pequenas empresas, precisam liderar essa discussão em cada município do país.

Porém, sem a mobilização da sociedade, certamente os interessados na manutenção desse manicômio trabalhista farão de tudo para perpetuá-lo. Afinal, a quem interessa os mais de 2 milhões de novos processos anualmente criados na Justiça do Trabalho? E como ficará a nossa gigantesca burocracia, que extermina o empreendedorismo e encarece os produtos, reduz o crescimento e acaba com a nossa competitividade global?

Fonte: Site Contábil