A criação de uma espécie de cartório eletrônico para registrar os contratos negociados entre os bancos é a aposta do sistema financeiro para destravar o mercado de cessão de crédito.
Idealizada pelos bancos, a C3 (Central de Cessão de Crédito) deveria ter começado a funcionar no início do ano.
Depois de ser adiada duas vezes, a expectativa é que ela entre em operação neste mês.
Os grandes bancos praticamente deixaram de financiar menores, via compra de carteiras, após o PanAmericano, afirma o presidente da ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Renato Oliva.
"Passamos de uma situação de zero cessão pra uma situação em que as negociações até acontecem, mas de forma muito parcimoniosa."
Segundo executivos de grandes bancos, praticamente só Bradesco e Banco do Brasil estão comprando crédito. E o BB concentra compras no Votorantim, do qual detém metade do controle.
A C3 vai identificar quantos e quais contratos foram negociados para evitar que o mesmo crédito seja vendido mais uma vez.
Enquanto não ela entra em vigor, bancos -como Cruzeiro do Sul e BMG- compensam a baixa de recursos disponíveis no mercado com associações ou captações externas.
Antonio Carlos Bueno, do FGC, diz que com a C3 o mercado será retomado. "Haverá controle eletrônico. Aí o negócio volta a fluir."
Fonte: Site Contábil
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