segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O novo mundo do trabalho: você está pronto para ele?

Aprender a pensar diferente é o primeiro desafio, afirma executivo

Por Redação Administradores, http://www.administradores.com.br/

Com que olhos você vê o mundo? Caso nunca tenha parado para pensar nisso, está na hora de começar. O mercado está mudando, e quem não aprender a enxergar essas transformações pode acabar passando despercebido.

Uma pesquisa mundial realizada pela consultoria Right Management analisou os impactos das transformações econômicas e sociais que estão em curso sobre líderes, profissionais de RH e colaboradores. Foram levados em conta fatores em pauta atualmente, como impulso para geração de empregos "verdes", necessidade de adaptação a acordos de trabalho diversificados e aumento da "migração" no mundo do trabalho.

De acordo com Tony Santora, vice-presidente executivo da Right Management, o primeiro passo a ser dado pelos profissionais que não querem ficar para trás é aprender a pensar diferente. "Para vencer no mundo do trabalho em constante mudança é imperativo que todos os envolvidos assumam uma nova forma de pensar", afirma.

Segundo o executivo, quatro realidades têm de ser consideradas nesse novo panorama: apagão de talentos, sofisticação do consumidor, escolhas individuais e revolução tecnológica.

Apagão de talentos

A primeira dessas tendências é a incompatibilidade de talentos com as demandas das organizações. "À medida em que a pressão para encontrar as pessoas certas, nos lugares certos, no momento certo aumenta, há um recuo da mão de obra economicamente ativa, as populações dos mercados emergentes declinam, as economias crescem e a natureza do trabalho se modifica" , explica Santora.

Revolução tecnológica

"Em média, uma pessoa passa 23 horas e 48 minutos por mês na internet. O Brasil é o líder mundial nessa categoria", afirma o executivo. Esse é um dos indicativos de que a revolução tecnológica terá um grande impacto no Brasil. O desenvolvimento da tecnologia permite novas formas de realizar o trabalho, ressaltando a importância da coordenação e colaboração. A comunicação rápida e não filtrada, via comunidades on-line, aumenta a importância do papel da liderança.

Segundo levantamento da Right Management, 30% dos brasileiros pretendem comprar um notebook e 70% pretendem trocar de telefone celular. Diante dessa realidade, é importante ressaltar o poder da tecnologia.

Embora 75% das empresas não adotem uma política formal para funcionários que usam sites de networking social no trabalho, ainda assim a prática é frequente e comum. "Para administrar e envolver efetivamente a atual força de trabalho qualificada, a tecnologia deve ser utilizada para incentivar a colaboração e a criatividade", conclui o executivo.

Escolha individual

Os profissionais com as habilidades mais procuradas vão exercer sua escolha ao selecionar acordos de trabalho mais adequados aos seus valores e experiências de trabalho preferidas. "As organizações serão desafiadas a personalizar práticas de trabalho flexíveis que atraiam, motivem e envolvam múltiplas gerações", explica Tony Santora. Entre as alavancas da demanda de escolha, o executivo aponta opções de trabalho possibilitadas pela tecnologia, segurança econômica pessoal e mudança nas expectativas. "É importante destacar que cada geração tem premissas diferentes sobre a visão de mundo e atualmente está em uma fase diferente da vida que afeta suas aspirações no trabalho", afirma.

Segundo levantamento da Right Management envolvendo 28 mil funcionários em 15 países em 2009, as organizações que oferecem oportunidades de carreira aos funcionários têm seis vezes mais probabilidade de envolver os funcionários, quatro vezes menos possibilidade de perder talentos e 2,5 vezes mais probabilidade de ser mais produtiva. Além disso, as organizações com melhor desempenho têm quase três vezes mais probalidade de oferecer oportunidades de desenvolvimento de carreira.

Sofisticação do cliente

"As expectativas dos clientes em relação ao valor vão aumentar", afirma Santora. Isso significa que clientes mais globalizados e sofisticados aumentam a complexidade de seus relacionamentos com as organizações e a especificidade de suas demandas de valor. "Os clientes têm mais acesso à informação, às redes de especialistas e aos canais de menor custo, aumentando a pressão sobre as empresas para que entreguem o melhor produto, num menor prazo", complementa o executivo.

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