DO RIO
Uma ação popular que tramita na Justiça do Rio quer de volta aos cofres da cidade os R$ 6,4 milhões pagos pela prefeitura à empresa de Roberto Carlos por seu show no Natal, em Copacabana.
O show foi transmitido pela Globo, mas a emissora não participou das despesas.
Na ação, o advogado Marcelo Tavares, 42, argumenta que um show semelhante, de 2008, na praia de Iracema, em Fortaleza, custou à prefeitura local R$ 1,34 milhão.
O empresário de Roberto Carlos, Dody Sirena, diz que não há nenhum problema jurídico no valor pago. De acordo com ele, o cachê do cantor varia de acordo com o retorno esperado. "O preço de um artista não é tabelado como um sapato ou um carro."
Sirena diz que um show transmitido pela televisão pode custar até três vezes mais que um convencional.
Ele afirma ainda que uma outra apresentação do cantor aberta ao público, em 2009, em Florianópolis, que não foi transmitida, custou mais caro que a de Copacabana --mas não revelou quanto.
A Prefeitura de Florianópolis disse que, por questões contratuais, não poderia informar quanto pagou.
O secretário de Turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Mello, diz que cada artista estabelece seu preço e que, neste caso, a cidade ganhou mais que o desembolsado.
De acordo com ele, a taxa de ocupação hoteleira, que nesta época costuma ficar em 50%, subiu para 70%. E o movimento turístico no Réveillon também foi maior. "Quando fazemos um show na praia é para vender a cidade. E a divulgação pela Globo ajudou muito isso", diz.
Fonte: Folha.com
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