Por: Equipe InfoMoney - 06/12/10 - 20h58 - InfoMoney
SÃO PAULO - A semana começou instável para os mercados internacionais, levando o risco-Brasil a alta de 3 pontos-base, chegando nos 171 pontos. O foco dos investidores segue nos desdobramentos da crise fiscal na Europa.
Nesta segunda-feira (6) houve o encontro do Eurogrupo, um fórum informal que reúne os ministros de finanças dos países da Zona do Euro. Havia grande expectativa sobre novidades em relação ao caminho a ser adotado para conter a crise da dívida na Europa, propostas de aumento do tamanho do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), e alívio dos termos em que será aplicado o ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização). Sobre o assunto, enquanto a Bélgica liderou o apoio ao aumento do EFSF e à introdução de um programa de emissão conjunta de títulos de dívida, a Alemanha se mostrou contrária às propostas.
Em entrevista no último domingo (5), o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, declarou que o banco central norte-americano poderia estender o valor do atual pacote de ajuda de US$ 600 bilhões frente à manutenção da queda do nível de emprego e do cenário econômico desfavorável.
E na cena doméstica, Guido Mantega, ministro da Fazenda que deve seguir no posto no próximo governo, voltou a reforçar o compromisso do próximo governo com o controle da dívida pública. Mantega afirmou que a meta da equipe econômica é que o País chegue ao final do próximo governo com uma dívida pública de 30% do PIB (Produto Interno Bruto), ante os 41% projetados para 2010. Sobre inflação, o ministro defendeu uma visão oposta ao consenso do mercado, afirmando que os analistas deveriam focar mais nos núcleos de inflação, ao invés de analisarem simplesmente a "inflação cheia".
Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em alta de 0,04% na noite desta sexta-feira, cotado a 137,35 centavos de dólar.
Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 171 pontos-base.
O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.
Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.
Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.
Fonte: infomoney
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