quarta-feira, 22 de setembro de 2010

História e perfil do contabilista



Em 1492, no mesmo ano em que Colombo descobria a América, o monge franciscano, Lucca Pacioli, publicava, na cidade italiana de Santo Sepolcro, o livro "Análise Aritmética das Proporções e das Proporcionalidades", no qual lançava as bases da contabilidade tal como nós a conhecemos hoje. Os fundamentos sobre os quais se baseiam os princípios contábeis idealizados por Lucca Pacioli foram tão bem concebidos que se conservam inalterados até os dias de hoje.


Nos últimos quinhentos anos a contabilidade tem sido o grande instrumento de gestão empresarial em geral e de gestão financeira em particular. No entanto, com a crescente complexidade dos processos empresariais, a contabilidade começa a apresentar suas vulnerabilidades, o que dificulta ao administrador uma visão precisa da situação financeira e patrimonial de seu negócio.


Isto faz com que o administrador busque novos instrumentos que o auxiliem a interpretar a realidade de seu negócio. E é aí que entra o fluxo de caixa. No entanto o fluxo de caixa tem sido usado, quase que exclusivamente, como instrumento de avaliação de investimentos. Muito pouco tem sido escrito acerca o fluxo de caixa como o poderosíssimo instrumento de gestão financeira que ele é. Daí as empresas, de um modo geral, fazerem um uso tão limitado de suas possibilidades.


E, no entanto, o fluxo de caixa pode ser usado para obter informações tais como: Qual a capacidade de a empresa de gerar recursos para financiar suas operações?; Se a empresa é geradora de caixa, porque o dinheiro não aparece? Se a empresa não é geradora de caixa, o que é que tem viabilizado suas operações?; Quais as necessidades de capital de giro da empresa?; Qual a relação ótima entre o capital de giro próprio e o de terceiros na empresa? Qual o saldo de caixa mínimo que a empresa deve manter para fazer face a suas obrigações financeiras?; Qual a capacidade de a empresa imobilizar ou distribuir dividendos sem fragilizar a estrutura de capital de giro?; A capacidade de geração de caixa da empresa é compatível com suas políticas de reposição de estoques e de financiamento de seus clientes?


A profissão


Atualmente a nossa profissão enfrenta grandes desafios, mesmo em países desenvolvidos, para que ela sobreviva. Vencidos esses desafios, a profissão terá papel de grande projeção, nacional e internacionalmente. Temos que estar alertas, pois os desafios a serem vencidos nos países em desenvolvimento são imensamente maiores. Os problemas enfrentados pelos países desenvolvidos são menores e muitas vezes decorrentes do próprio prestígio da profissão. Os contadores são permanentemente cobrados pelos usuários de seus serviços, os quais exigem cada vez melhor qualidade e eficiência, não se conformado meramente com dados passados, mas demandando orientação e previsões para o futuro.


Nos países em desenvolvimento, os problemas são mais graves e não decorrentes de excesso de prestígio, mas principalmente de falta de credibilidade da profissão, por insuficiente formação cultural e falta de treinamento adequado. Esses problemas representam, naturalmente, grandes desafios, mas são superáveis. Como nosso país encontra-se em estágio econômico inferior ao de países plenamente desenvolvidos, o espaço a ser conquistado pelo profissional contábil brasileiro é muito mais amplo do que em outros países, onde esses espaços já estão ocupados, sendo necessário apenas que a profissão corrija o enfoque de seus serviços.


>> A profissão deverá estar voltada mais para as decisões e as previsões futuras, do que para a história do passado.


>> A nossa profissão é extraordinariamente importante e será mais ainda, pois a Globalização exigirá que a Contabilidade seja reconhecida como a linguagem universal dos negócios, porque sem essa harmonização não poderá a Globalização ter o êxito esperado.


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