quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ser sócio ou não ser, eis a questão

Diz o ditado que duas cabeças pensam melhor do que uma, mas, abrir uma empresa em sociedade pode não ser tão simples quanto essa máxima. Será que realmente cabe no seu planejamento de negócio a formação da sociedade? Quais as vantagens e desvantagens? Como escolher um sócio para o seu empreendimento? Existe, de fato, uma união de sucesso?


Ao se trabalhar em sociedade, o principal benefício é a maior capacidade de investimento, o que promove maiores chances de crescimento para a empresa. As decisões podem ser partilhadas e discutidas, tornando os riscos de erros de análise menores, além do esforço em dobro no que se refere à empresa. Os controles financeiros também deverão ser mais claros, já que ambos os sócios querem demonstrações exatas dos resultados.


Apesar da possibilidade de compartilhar decisões, lembre-se que as opiniões podem divergir, acarretando um atraso no processo decisivo. Os resultados financeiros tendem a ser pequenos no início, e a retirada dobrada dos lucros talvez não seja suportada pela empresa no balanço final. Além disso, em alguns casos, um dos lados da parceria pode pensar que está fazendo mais do que o outro, o que gera desconforto e atrito.


Se os parceiros não estiverem em sintonia, com o mesmo grau de comprometimento empresarial, as chances de a sociedade falhar aumentam consideravelmente. A união deve agregar valor ao negócio, seja ele técnico, prático ou de capital. As ideias sobre o projeto, planejamento e execução devem estar em harmonia, e ambas as partes têm que se sentir caminhando para a mesma direção. As intenções precisam ser esclarecidas e cumpridas durante toda a parceria, e o objetivo deve ser o sucesso.


Conhecer mais a fundo aquele com quem a sociedade será fechada é determinante para que o negócio funcione. Saiba mais sobre a pessoa, conheça seu histórico, por onde ela passou, quais são seus propósitos para o presente e para o futuro. Afinidade não é garantia de que dará certo, mas é bastante relevante nos resultados finais. Um contrato detalhado, contendo o pró-labore, isto é, o “salário” que será destinado aos associados, a divisão de tarefas e de funções, direitos e deveres, tudo isso pode contribuir para uma melhor agilidade do negócio e da convivência.


É importante saber que nem todo empreendimento implica a formação de uma sociedade em seu plano de negócio. A necessidade de um sócio no projeto da empresa deve ser identificada de forma definitiva no planejamento, pois um passo em falso logo no início da construção de um sonho possivelmente deixará um legado de desestruturação da companhia.


A análise está feita e o plano de negócio realmente pressupõe a formação da sociedade, você já conhece seu futuro parceiro de negócios, escolheu a estrutura legal da empresa, o contrato foi redigido detalhadamente, a captação de recursos está concluída, e as ideias começam a tomar forma. A partir de então, com sintonia e harmonia entre os associados, trabalho, comprometimento e força de vontade de todas as partes, só você, empreendedor, é quem pode trilhar o caminho em direção ao sucesso.

Fonte: Site Contábil
 

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