A cobrança do mercado por uma gestão profissionalizada têm levado cada vez mais fundadores de empresas familiares brasileiros a frequentarem cursos especializados em processos de sucessão. Na höft, uma das mais tradicionais consultorias dessa área, os donos já representam 20% dos alunos dos programas educacionais. Em 2003, eles ocupavam apenas 1% das vagas.
"Os fundadores das empresas, membros da primeira geração da companhia, estão dispostos a estudar e obter conhecimento formal sobre o processo de transição da gestão. Essa é uma mudança fundamental nesse mercado", afirma Wagner Teixeira, sócio e diretor da höft.
Com 35 anos recém-completados, a consultoria acompanha o surgimento de um novo perfil de empresa familiar no país. Esse movimento por profissionalização, segundo Teixeira, é resultado da busca de mais agilidade na gestão aliada à necessidade de capitalização das empresas. De acordo com o diretor, a opção pela abertura de capital é cada vez mais considerada pelas famílias, que também estão se conscientizando sobre a necessidade de formar conselhos de administração profissionais.
Para suprir essa demanda, a consultoria criou este ano um curso preparatório para que membros das famílias também possam exercer o papel de conselheiros. "Esse interesse é notável principalmente entre as novas gerações. A maior parte desses jovens é mais preparada e, muitas vezes, já tem experiência profissional em outras empresas ", diz o diretor.
Outra novidade da höft este ano é o lançamento do Prêmio Família Empresária, que valoriza os processos sucessórios e a continuidade das companhias. Dentre os critérios analisados estão práticas de governança, transparência, planos de sucessão e de gestão. "Ele reflete a profissionalização das empresas familiares nos últimos anos", diz Wagner. (VS)
Fonte: Valor Econômico
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