SÃO PAULO – Um levantamento realizado pela Grant Thornton International aponta que, para 45% dos empresários brasileiros, os tributos que mais pesam são referentes à contratação de pessoal, como o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), por exemplo.
"Isso demonstra novamente um dos grandes entraves ao nosso desenvolvimento, pois desestimula o emprego formal e, por consequência, se traduz em relevantes perdas sociais”, afirma o sócio da Terco Grant Thornton,Wanderlei Ferreira.
Ferreira acrescenta ainda que o governo brasileiro tem de rever a legislação do trabalho, pois os encargos trabalhistas e previdenciários podem representar um custo equivalente a 100% do valor salário pago ao funcionários. Segundo ele, desse montante, na média, o INSS pago pela empresa representa cerca de 27,8%.
Impostos indiretos
Em segundo lugar, na lista de tributos que mais pesam, os empresários citaram os impostos indiretos, como o ISS (Imposto Sobre Serviços), o ICMS (Imposto Sobre Mercadorias e Circulação de Produtos) e o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), apontados por 19% dos entrevistados.
"Essa também é outra característica marcante do sistema tributário brasileiro e reflete bem o sentimento do empresário quanto à carga incidente e também sobre a forma complexa que a União, estados e municípios impõem aos contribuintes a respectiva arrecadação desses tributos", diz Ferreira.
Média geral
O estudo ouviu 7.400 empresas de 36 economias. Na média geral, o que mais pesa para as empresas é o imposto sobre lucros, com 26%, seguido de tributos com empregados e imposto de renda, com 23% e 22%, respectivamente.
Karla Santana Mamona
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