quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Veja como garantir a maior restituição possível do Imposto de Renda 2015

Gastos com educação e saúde, por exemplo, devem ser informados.
Prazo de entrega do IR começará em 2 de março e irá até o dia 30 de abril.

Quem vai declarar o Imposto de Renda e quer garantir que a restituição seja a maior possível deve ficar atento a tudo o que pode ser declarado. 
Para facilitar, é importante que, antes de tudo, o contribuinte organize todos os documentos que comprovem – se for o caso – gastos com educação, previdência, dependentes, saúde, empregada domestica e despesas de livro caixa, no caso de profissionais autônomos.
Com a ajuda de especialistas, o G1 listou dez dicas para o contribuinte prestar atenção antes de preencher e enviar sua declaração. O prazo de entrega do Imposto de Renda começará em 2 de março e se estenderá até o dia 30 de abril. As dicas são de Vanildo Veras, diretor de Inteligência Fiscal da consultoria contábil Datanil, Marcia Ruiz Alcazar, diretora-administrativa da Seteco Consultoria Contábil, e de Richard Domingos, diretor-executivo da Confirp Consultoria Contábil.

Saiba quando é vantajoso antecipar a restituição do Imposto de Renda

Maioria dos bancos oferece linha de crédito, com juros mais baixos.
Para especialistas, vale a pena receber antes se contribuinte tiver dívidas.

A maioria dos bancos oferece ao contribuinte a possibilidade de antecipar a restituição do Imposto de Renda. Em vez de aguardar o pagamento feito pela Receita Federal, que começa em junho e vai até dezembro, o contribuinte pode contratar essa linha de crédito, que é similar ao crédito consignado. Assim que a restituição cai na conta bancária informada pelo contribuinte, o pagamento é feito ao banco.

Como há menos risco de inadimplência, as taxas de juros costumam ser mais baixas do que os juros cobrados pelos empréstimos pessoais. No entanto, é preciso avaliar se a antecipação do dinheiro é vantajosa, já que todas as restituições do Imposto de Renda são corrigidas pela Selic (taxa básica de juros). Ou seja, quanto mais o tempo vai passando, mais corrigido é o valor que será devolvido ao contribuinte pelo governo.


G1 listou em quais casos compensa para o contribuinte adiantar sua restituição e contou com a ajuda da especialista em contabilidade e finanças pessoais, Dora Ramos, diretora da Fharos Contabilidade; da diretora administrativa da Seteco Contabilidade, Auditoria e Consultoria, Márcia Ruiz Alcazar; do advogado tributarista Samir Choaib; e do diretor-executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos. Também foram apontados os riscos aos quais os contribuintes têm de ficar atentos antes de optar pelo recebimento antecipado.

Veja em quais casos a antecipação do crédito vale a pena:
1) Quando o contribuinte estiver realmente precisando com urgência do dinheiro. Para quem está endividado e pagando taxas mais altas de juros do que as oferecidas pelos bancos, a antecipação da restituição para pagar dívidas é vantajosa.
2) Caso o contribuinte queira fazer uma compra à vista, em vez de financiar, pode ser vantajoso antecipar a restituição, de acordo com especialistas.
3) Em casos de emergências, como problemas de saúde ou outros que necessitem de dinheiro para solução imediata, a restituição também pode valer a pena, já que assim evitará o endividamento.
4) Se o contribuinte tiver dívidas com o banco, por exemplo, ele poderá tentar negociar descontos nas taxas de juros e nos encargos.
Apesar dos benefícios que a restituição antecipada por trazer ao contribuinte, é preciso que outros pontos sejam avaliados.
1) Para pedir a antecipação aos bancos, os contribuintes devem ter a certeza de que tudo está correto na declaração e de que têm direito à restituição do Imposto de Renda. Se apresentar problemas, a declaração pode cair na malha fina, e o contribuinte terá de arcar com o empréstimo do próprio bolso.
2) É aconselhável ainda que o contribuinte faça uma pesquisa nos bancos antes de contratar o crédito. A disputa pelos clientes é tão grande que as taxas cobradas flutuam muito entre as instituições financeiras. A primeira pesquisa pode ser pela internet e só depois negociasse com o banco, recomendam os especialistas.
G1 procurou os maiores bancos do país para saber se as condições dessa linha de crédito já estavam definidas.
A Caixa Econômica Federal disse que a contratação estará disponível até o dia 28 de novembro, e as taxas começam em 1,57% ao mês.
O Banco do Brasil já oferece a antecipação em sua página na internet. O limite de crédito é de até R$ 20 mil. Não havia informações sobre taxas de juros.
O Bradesco disse que a linha já está disponível. A taxa para contratação é prefixada a partir de 2,27% ao mês, e o banco permite que IOF seja financiado e incluído no valor da parcela. O empréstimo está limitado ao R$ 20 mil, segundo o banco.
O Itaú Unibanco afirmou que em sua página na internet há informações sobre o crédito, com um simulador, inclusive. O Santander afirmou que ainda não definiu as taxas para a linha de antecipação de IR neste ano.
Fonte: G1

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

IR 2015: 7 passos para fazer fácil a declaração e receber restituição logo


A Receita Federal só vai liberar o programa da declaração do Imposto de Renda de 2015 na próxima segunda-feira (2), primeiro dia do prazo de entrega. Mas o contribuinte pode começar a se preparar para encarar o Leão desde já.
Procurar médicos e escolas para pedir comprovantes de pagamentos e tirar o CPF do filho maior de 16 anos são algumas providências que podem ser adiantadas.
Com os documentos em mãos, o contribuinte pode preencher a declaração mais rapidamente e aumentar as chances de receber a restituição (caso tenha direito) mais cedo.
O advogado tributarista Samir Choaib, sócio do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados, e Luiz Fernando Nóbrega, vice-presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), listam algumas providências que já podem ser tomadas.

Tire o CPF de dependentes com mais de 16 anos




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Fisco aperta, e médicos terão que informar CPF de clientes

Medida será válida para declarações a partir de 2016. 
Com mudança, Fisco diz que diminuirá o número de pessoas em malha.

A Secretaria da Receita Federal informou nesta segunda-feira (23) que os médicos passarão a ter de informar a partir deste ano no carnê Leão, entregue mensalmente, os valores pagos por pessoas físicas e seus respectivos números de CPFs.
Caso não incluam os valores e CPFs no carnê Leão, terão de colocar as informações em sua declaração do Imposto de Renda, entregue no ano que vem.
Com isso, essas informações ficarão disponíveis para o Imposto de Renda de 2016 (ano-base 2015). No IR deste ano, cujo prazo de entrega da declaração começa em março próximo e se estende até o final de abril, a novidade ainda não está disponível.
Até o momento, informou o Fisco, os médicos eram obrigados a informar somente o valor total recebido mensalmente de pessoas físicas, sem a necessidade de detalhar o número do CPF das pessoas físicas que tinham realizado o pagamento. No caso das empresas, eles já eram obrigados a informar o CNPJ por meio da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed).
Menos contribuintes em malha

Com o acesso a mais informações de pessoas físicas, a Receita Federal informou que espera diminuir o número de contribuintes que caem na malha fina. Até então, quando os contribuintes incluíam uma nota fiscal com despesas médicas em sua declaração, com fins de dedução no IR, eles eram caíam na malha fina e eram chamados posteriormente, pelo Fisco, a levar o documento para as unidades do órgão para comprovação do valor gasto.

"Muitos contribuintes que eram convidados para confirmar o pagamento, não precisarão mais vir [às unidades da Receita Federal]. Essa, mais a novidade dos dependentes a partir de 16 anos [terem de necessariamente ter CPF], permitem um universo de maior cruzamento de dados. Ter cada vez menos declarações retidas em malha", afirmou o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Occaso.
Fonte: G1

Programa do Imposto de Renda será liberado somente em 2 de março

Esse é o dia no qual o Fisco começará a receber declarações do IR 2015.
Em 2014, programa foi liberado em 26 de fevereiro, antes do início do prazo.

O Fisco disponibilizará o programa do Imposto de Renda 2015, necessário para realizar a declaração pelos contribuintes, somente a partir das 8h do dia 2 de março, no primeiro dia de entrega do documento, informou o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Occaso, nesta segunda-feira (23). A declaração poderá ser entregue até o dia 30 de abril.
Com isso, o programa será liberado mais tarde do que foi registrado nos últimos anos. Em 2014, por exemplo, os contribuintes puderam fazer o "download" do programa em 26 de fevereiro, alguns dias antes do início do prazo formal de declaração, e no ano anterior, em 2013, em 25 de fevereiro.
De acordo com Occaso, da Receita Federal, essa demora do Fisco em liberar o programa para "download" neste ano "não vai prejudicar os contribuintes". "Não há nenhum prejuízo [para os contribuintes]. Muito mais agora em que as possibilidades crescem com a declaração pré-preenchida [na qual o contribuintes precisa apenas confirmar a maior parte das informações] e com o rascunho [do IR]", declarou.
O subsecretário da Receita Federal observou ainda que o prazo de entrega do documento não foi alterado - indo do início de março até o fim de abril, assim como nos últimos anos. "Não estamos reduzindo o prazo de entrega. Disponibilizamos alguns dias antes nos anos anteriores, mas os contribuintes so podiam declarar em março", afirmou ele.
Contribuinte poderá salvar IR na 'nuvem'

A novidade deste ano é que os contribuintes poderão iniciar sua declaração em um computador e finalizá-la em outro equipamento. Para que isso seja possível, a declaração ficará gravada na "nuvem", ou seja, em um arquivo fora de seu computador pessoal e possível de ser acessado em qualquer lugar.

Formas de entrega e multa por atraso

A entrega da declaração do Imposto de Renda 2015 poderá ser feita pela internet, com o programa de transmissão da Receita Federal (Receitanet), online (com certificado digital), na página do próprio Fisco, ou por meio do serviço "Fazer Declaração" - para tablet e smartphone, como já aconteceu no ano passado.

Se o contribuinte entregar depois do prazo ou se não declarar, caso seja obrigado, poderá ter de pagar multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido nela calculado, ainda que integralmente pago, ou uma multa mínima de R$ 165,74.
Rascunho do IR

Para facilitar a vida do contribuinte, o Fisco lançou, no ano passado, uma aplicação online, que pode ser utilizada para desktops e também para dispositivos móveis, como tablets e smartphones, que funciona como um "rascunho" do Imposto de Renda.

Com essa ferramenta, o contribuinte pode lançar operações ao longo do ano, assim que elas acontecerem. E, quando começar temporada de declaração do Imposto de Renda, em março, ele pode apenas importar o arquivo.
A partir de março, o uso do aplicativo não estará mais disponível – fica liberada apenas a importação do arquivo pelo programa de declaração do Imposto de Renda. O uso do rascunho do IR é opcional.
Obrigatoriedade

Segundo a Receita Federal, estão obrigadas a apresentar a declaração as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 26.816,55 em 2014 (ano-base para a declaração do IR deste ano). O valor foi corrigido em 4,5% em relação ao ano anterior, conforme já havia sido acordado pela presidente Dilma Rousseff.

De acordo com a Receita Federal, também estão obrigados a apresentar o documento neste ano os contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado.
A apresentação do IR é obrigatória, ainda, para quem obteve, em qualquer mês de 2014, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.
Quem tiver a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2014, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil, também deve declarar IR neste ano. Este é o mesmo valor que constava no IR 2014 (relativo ao ano-base 2013).
A obrigação com o Fisco se aplica também àqueles contribuintes que passaram à condição de residente no Brasil, em qualquer mês do ano passado, e que nesta condição se encontrassem em 31 de dezembro de 2013.
A regra também vale para quem optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato de venda.
Também é obrigatória a entrega da declaração de IR 2015 para quem teve, no ano passado, receita bruta em valor superior a R$ 134.082,75 oriunda de atividade rural. No IR de 2014, relativo ao ano-base 2013, este valor era de R$ 128.308,50.
O documento também tem de ser entregue por quem pretenda compensar, no ano-calendário de 2014 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2014, informou a Receita Federal.
Fonte: G1

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Modelo Simplificado ou Completo? Veja a melhor opção para declarar o IR

A partir do dia 2 de março, os brasileiros já podem declarar o Imposto de Renda 2015 com ano-base 2014. Como ainda falta três semanas para o período, os contribuintes já podem ir se preparando para prestar as contas com o Leão.

Para o especialista da consultoria tributária Fradema, Francisco Arrighi, se preparar antecipadamente para as declarações do Imposto de Renda 2015, além de evitar que os contribuintes caiam na malha fina, pode também facilitar a escolha na hora de optar pelo modelo simplificado ou completo do formulário das declarações.

Vale lembrar que a escolha correta indicará ao contribuinte se a declaração lhe renderá menor gasto ou uma maior restituição. “Aquele contribuinte que possui diversas fontes de rendas ou possui muitas despesas dedutíveis deve utilizar o modelo completo, já que a mesma lhe renderá um bom abatimento do imposto de renda”, afirma.

Neste caso, a pessoa deve ficar atenta aos limites admitidos para dedução, pois algumas despesas o Governo limita em valores muito baixos, como é o caso da Educação, que não chega a R$ 4 mil no ano por dependente, sendo que, as despesas com este item muitas vezes podem chegar a R$ 25 mil por pessoa. Outra coisa importante é que os gastos planos de saúde e despesas médicas podem ser abatidos em sua totalidade.

Antes do dia 2 de março

A dica para quem quer se preparar para o IR é para verificar todos os recibos referentes aos gastos e recebimentos referentes ao ano de 2014, que, entre os mais comuns estão o pagamento ou recebimento de aluguel, investimento e aplicações financeiras como poupança, gastos com saúde e educação, gastos e receitas dos profissionais liberais lançados no livro-caixa.

Este ano os contribuintes poderão contar com a possibilidade de fazer o “rascunho da declaração” pelo novo programa criado pela Receita Federal. O programa e aplicativo que podem ser baixados direto no sítio do órgão e utilizados até o dia 28 de fevereiro, oferece preenchimento simples e autoexplicativo, onde as informações nele lançadas, posteriormente, poderão ser transferidas para a declaração.

Caso ainda restem dúvidas sobre qual o melhor modelo, a Receita Federal disponibiliza no site um simulador que permite a abertura das versões completa e simplificada simultaneamente, possibilitando ao contribuinte que compare as duas e verifique qual modelo lhe será mais vantajoso, sendo possível ao final, a conversão automática do modelo no próprio programa.

Texto confeccionado por: Juliana Américo Lourenço da Silva

Fonte: Site contábil

A Visão Estratégica do Contador

Entre uma das profissões mais antigas, talvez a do contador seja a que mais tenha crescido e se desenvolvido. Antes, visto com um papel mais simples, como contar e registrar valores, o contador hoje está entre as profissões mais procuradas no mundo. Resultado do reconhecimento desse profissional como uma peça estratégica dentro da organização. Com isso, a contabilidade não é mais uma profissão do passado, mas sim, do presente.

Se por um lado as mudanças nessa carreira demoraram muito para ocorrer, por outro, o papel do contador hoje, atingiu um nível de excelência indispensável. E devido a isso, se tornou muito importante para administrar as mudanças tributárias e comerciais que acompanham o avanço da tecnologia em uma sociedade comandada pela globalização.

Com a  expansão dos meios de comunicação e armazenamento de dados, percebe-se a valorização do uso dos conhecimentos contábeis para o controle e gestão estratégica do que é necessário para o sucesso de qualquer empresa hoje: a informação.

A demanda crescente de pessoas que procuram se especializar só mostra que o contador é bastante disputado no mercado de trabalho, tanto pela procura das empresas em desenvolvimento, quanto pelo crescimento econômico do Brasil. Um profissional que saiba se posicionar desde a formação do preço dos produtos até o controle e gestão financeira é essencial para o crescimento (e lucros!) da empresa.

Texto confeccionado por: Natália Domingues

Fonte: Site Contábil

Contabilidade: Verdades e Mentiras

Como em toda ciência, a contabilidade sofre com estigmas que se introduzem com o tempo, cabendo a nós, contabilistas, combatê-las com o ímpeto necessário e visando preservar os penosos avanços até aqui alcançados por todos os que contribuíram e contribuem com a dinâmica do desenvolvimento social, econômico e científico.

A verdade é que a contabilidade passa por profundas transformações, exigindo de nós atualização constante, especialmente em relação às normas internacionais, agora adotadas oficialmente no Brasil.

A mentira é que isto é moda, que tudo passará e os balanços continuarão sendo apenas demonstrativos para o fisco. Ilude-se quem ainda julga que um balancete ou balanço possa ser fraudado com simples canetadas ou ajustes temporários. Com a introdução de diversos mecanismos de acompanhamento eletrônico (SPED-fiscal, ECD, NF-e, etc.) a “burla” terá vida curta – como diz o provérbio: “mentira tem perna curta”.

A verdade é que os contabilistas estão sobrecarregados de exigências extra-contábeis, como elaboração de minuciosas demonstrações para o fisco. Mais verdade ainda é que ainda não são remunerados adequadamente por todas estas obrigações, ainda mais considerando-se a grande responsabilidade civil e penal que têm ao assinar tais demonstrativos.

A mentira é que o governo vem simplificando as obrigações. Ao contrário, com exigências cada vez mais técnicas (manuais de operação com centenas de páginas de campos, dados, layouts, etc.), o profissional contábil vê-se quase à mercê, pagando caríssimo, de profissionais de outras áreas (como informática), tendo que delegar enormes quantidades de confiança e quase sem tempo para acompanhar todas as tarefas.

A verdade é que a contabilidade é útil, verdadeiro repositório de informações para o gerenciamento de um negócio ou de uma entidade sem fins lucrativos. Se ela não é utilizada com este fim, então estamos diante de outra verdade: dinheiro mal aproveitado.
A mentira é que a contabilidade é cara. Quem faz esta afirmação não conhece (ou não lê) as milhares de normas, regulamentos, leis, portarias, instruções e outras parafernálias diárias que são publicadas nos diários oficiais da União, Estados e Municípios, mudando grotescamente a legislação e as exigências do dia para a noite.

A verdade é que a classe contábil é pouco unida, pouco participativa nos sindicatos. O episódio recente do COAF, exigindo que o contabilista quebre o sigilo dos clientes ao informar operações, é um exemplo: pouquíssimos sindicatos se manifestaram, cadê a atuação deles nesta aberração a ética do profissional?

A mentira é que não pudemos mudar o Brasil. Ora, somos mais de 500.000 profissionais, com alto conhecimento técnico, capacidades específicas, poder de gestão, e outros atributos. Como não podemos participar e contribuir para que o Brasil mude, a partir de ações individuais, profissionais, coletivas e participativas de uma classe tão numerosa e (ainda não) tão influente na vida social?

Verdades e mentiras. Você escolhe com as quais convive diariamente.

Texto confeccionado por: Júlio César Zanluca

Fonte: Site Contábil

5 frases que mostram que o empreendedor é um péssimo chefe

Ser chefe de uma equipe costuma ser um grande desafio. Quando você ainda é o dono da empresa, o desafio é ainda maior. Esta é a realidade de boa parte dos empreendedores brasileiros, que comandam pequenas empresase não costumam ter formação em gestão de pessoas. “Essa é a regra: é o dono que lida com tudo, ele é gerente, vendedor, comprador, RH. Ele é tudo”, diz Eduardo Ferraz, consultor e especialista em gestão de pessoas.

Empresa pequena não significa pouco profissional. Por isso, os empresários devem fazer um esforço adicional para lidar bem com a equipe e transmitir a cultura do negócio. “A cultura vem de cima e é realmente passada por meio do comportamento do empresário. Se ele cria uma regra, ele tem que ser o primeiro a seguir para ter credibilidade”, afirma Leonardo Marchi, sócio-diretor da Praxis Business e especialista no tema. Confira cinco frases que denotam um comportamento negativo do empreendedor na figura de chefe:

1. "Faça assim porque eu quero"

A falta de comunicação é um dos principais problemas entre chefes e equipes. Segundo Marchi, ter clareza das motivações de uma tarefa dá ânimo ao funcionário. “Hoje as pessoas querem muito ouvir o motivo de fazer as coisas que são solicitadas. O chefe tem que contextualizar as coisas, criar consciência de porque é importante fazer algo”, explica.
A postura autoritária que só espalha ordens deve ser evitada. “As pessoas não trocam de empresa, elas trocam de chefe, de gestor. Não é só mandar fazer algo porque o dono quer”, diz Marchi. Comunicar os motivos engaja mais a equipe e traz transparência para o ambiente de trabalho.

2. "Deixa que eu resolvo"

Quem é empreendedor quase sempre tem uma tendência a centralizar as tarefas. Seja porque começou sozinho, fazendo um pouco de tudo, ou porque precisa de controle o tempo inteiro, esse tipo de postura atrapalha e ainda faz com que ele perca tempo. “Não tem cabimento o tempo que ele perde com atividades braçais, que não exigem esforço mental. Muitos pequenos empreendedores são excessivamente centralizadores. Funções burocráticas ou braçais tem que ser delegadas, isso exige o mínimo de treinamento”, diz Ferraz.
Por isso, é melhor explicar ao funcionário como realizar algo do que pegar a tarefa para si mesmo.

3. "Eu sou o dono e não preciso seguir as regras"

Como Marchi explica, a cultura de uma empresa nasce do exemplo, da figura do líder. Por isso, os empreendedores não podem criar regras para a equipe e não seguirem também. Se o empresário diz a todos que é importante chegar cedo para que a empresa cresça, ele também deveria fazer sua parte. “Ele deve ser fiel ao que fala, fazer o que diz. Se não, ele cai no descrédito e as pessoas também não cumprem. Se tem que chegar no horário e ele não chega, ele dá a mensagem de que horário não é importante”, diz Marchi.

4. "Começa a fazer esta nova tarefa e depois eu te ensino"

A delegação é, junto com a centralização, um problema na vida de muitos gestores. Eles negligenciam a importância da contratação e do treinamento e acabam precisando rever quase tudo que a equipe executa. “Um problema comum também é delegar função para quem não tem a menor condição de fazer. Isso não é delegar, é abdicar, é passar funções que o subordinado não tem condições técnicas para fazer. O ideal é não esperar uma crise ou ficar sobrecarregado para ensinar a pessoa a fazer algo”, indica Ferraz.
Para Marchi, na hora de contratar um novo funcionário, ele deve acompanhar de perto os primeiros dias. “Um problema grave é não deixar claro o que é esperado das pessoas. Ele contrata e coloca um funcionário mais experiente para explicar. Se ele tiver vícios e manias, você vai multiplicar os problemas”, diz Marchi.

5. "Sei que somos amigos/parentes..."

Nas pequenas empresas é extremamente comum contratar parentes ou amigos para a equipe. A relação prévia de confiança traz segurança aos empresários, mas o resultado por ser ruim.
Para os especialistas, o ideal é conseguir manter algum distanciamento, para não confundir pessoal e profissional. “Isso é comum e ruim. Ele mistura tudo, é meio irmão mais velho, meio professor e vai a festas junto com toda a equipe. É um erro grave porque ele perde autoridade: ele não está falando com funcionário, está falando com o amigo. É também muito ruim para o subordinado que perde a referência”, defende Ferraz.
É importante confraternizar momentos importantes e manter-se próximo à equipe, mas é preciso ter um limite. “Com uma proximidade muito grande, as pessoas perdem o respeito pelo profissional e acham que podem falhar até”, diz Marchi.

Fonte: Site Contábil

Como manter o fluxo de caixa da sua empresa sob controle

Para manter o fluxo de caixa sob controle é primordial distinguir o que é caixa e o que é lucro. A confusão entre esses conceitos faz com que a empresa seja gerida apenas com base no fluxo de caixa.

Lucro é o que sobra de recursos entre o que se vende e o que se compra/gasta, tendo ou não sido recebido ou desembolsado. Independentemente do momento em que os recursos entram e saem do caixa, é possível separar tudo o que foi vendido no mês, por exemplo, e relacionar essas vendas ao que foi gasto para que elas ocorressem: mercadorias compradas, impostos pagos, gastos com pessoal, aluguel, luz etc. Uma diferença negativa revela prejuízo e não lucro.

Saldo de Caixa é o que, no período analisado, sobra no caixa. Diferentemente do caso do lucro, aqui não entra o que não foi recebido ou pago até a data do saldo. Se a empresa recebe antes de pagar seus fornecedores, o caixa estará positivo, mas isso não é lucro.

Só por mera coincidência o valor do saldo de caixa será igual ao do lucro. Eles registram as mesmas coisas, mas em momentos diferentes. A dificuldade de identificar o lucro pela sobra do fluxo de caixa está em que não há como estabelecer um corte temporal para isso, pois as receitas e despesas entram e saem do caixa em momentos distintos.

A separação entre saldo de caixa e lucro é fundamental para se tomar decisões sobre investimentos, retiradas para o sócio ou expansão da equipe. Quando tais decisões são tomadas só com base no caixa, este sai do controle do gestor. Por exemplo, no caso da compra de uma máquina, deve ser analisado se o lucro é suficiente para essa compra ou se haverá necessidade de obter empréstimos.

Um fluxo de caixa deste investimento com as receitas e as despesas adicionais deverá ser elaborado. Só assim, o novo investimento não causará desajustes inesperados no fluxo de caixa, evitando que uma situação normal se torne problemática.

O controle do caixa exige a apuração mensal do lucro, para não nos iludirmos com possíveis sobras temporárias no caixa. O fluxo de caixa deve ser elaborado diariamente de forma a se registrar todo o movimento de recursos (em espécie e no banco). Faça isso contemplando o período compatível com o ciclo do seu negócio.

Se há importação de mercadorias para revenda, por exemplo, faça o fluxo de forma a contemplar o período entre a compra, a venda e o recebimento dessa mercadoria, ou seja, o ciclo completo da sua operação.

- Registre os compromissos já assumidos com você e por você, pelos clientes, com os fornecedores e com o pessoal; registre os compromissos estimados: bens a serem comprados ou serviços a serem contratados e as despesas mensais.

- Divida o fluxo em categorias de receitas, despesas e investimentos: receitas com vendas; com aluguéis; despesas com pessoal; manutenção; fornecedores, financiamento de veículo, etc. Isso ajudará no controle e nas estimativas futuras.

Finalmente, a apuração do lucro e a elaboração do fluxo de caixa não dispensam o olhar atento para o “chão de fábrica”. Os números registram, por exemplo, uma queda nas vendas, mas não necessariamente revelam os detalhes do problema que a gerou.

Ana Paula Paulino da Costa é especialista em finanças e docente da BSP - Business School São Paulo.

Fonte: Site Contábil

2 tipos de contabilistas que você precisa ter em sua equipe

A transparência nas demonstrações contábeis e uma correta prestação de contas são procedimentos que desde sempre distinguiram grandes companhias por sua organização na gestão da contabilidade. Nos dias de hoje, é também visto como um elemento distintivo para micro, pequenas e médias empresas, que já procuram executar os mesmos procedimentos numa escala menor, adequados à proporção do negócio.

Evitar a ocorrência de fraudes é uma medida de caráter preventivo e faz parte da gestão de riscos de uma organização. Por isso, é importante para as organizações, independente do porte, poder contar com profissionais contábeis habilitados para desempenhar funções que contribuam a esse tipo de controle, seja a partir da investigação por suspeita de processo fraudulento ou do monitoramento das atividades contábeis, a fim de minimizar erros e aprimorar a gestão.

Saiba mais sobre 2 tipos de contabilistas que sua equipe precisa ter para atender as demandas dos clientes que buscam esse diferencial de competitividade.

O investigador de fraudes

Pesquisas publicadas por empresas de consultoria, auditoria e gestão de riscos, como a ICTS, indicam que uma fraude tem um alto impacto financeiro sobre as empresas. No contexto dos pequenos e médios empreendimentos, as consequências financeiras decorrentes de certos atos fraudulentos poderiam determinar um desequilíbrio incorrigível para o negócio.

Um profissional investigador de fraudes é solicitado apenas quando há suspeitas ou indícios de fraude. Ele irá apurar desvios de condutas, usando para isso um prévio conhecimento dos processos corporativos aliado a um conhecimento jurídico — habilidades que vão além do domínio contábil e das experiências nessa área.

Diferenças entre auditoria e investigação

A motivação consiste na principal diferença entre a investigação ou a realização de uma auditoria interna. Enquanto na auditoria das demonstrações contábeis o auditor atua de maneira preventiva, verificando as rotinas, na investigação o profissional tem a específica função de procurar por evidências concretas que denunciem a ocorrência de processos fraudulentos.

Embora não seja responsabilidade do auditor a investigação de fraudes, e ele não possa ser responsabilizado pela existência delas, parte do seu trabalho vai envolver ações preventivas no sentido de evitar o risco dessas ocorrências, apontando dados que tenham relevância em meio às demonstrações contábeis.

O contador forense

É um tipo de assessoria quem vem sendo cada vez mais solicitada. No entanto, trata-se de um profissional com uma formação particularmente voltada para a investigação. Apesar de graduado em contabilidade, é especializado em auditoria e perícia. Ocorre que o processo contábil se concretiza, em grande parte, pelo registro nos livros e demais documentos contábeis, daí a necessidade de que o contador forense possua habilidades técnicas para examinar, com tino investigativo, esse tipo de material, fazendo um levantamento do que possa representar provas de que foi cometida alguma fraude.

Trabalho em equipe

Profissionais de auditoria admitem que uma investigação mais eficaz é possível quando feita em equipe. Um especialista em tecnologia forense atuando em conjunto com um contador forense podem complementar o trabalho um do outro, desde que estejam concentrados em objetivos claros e estabeleçam uma boa comunicação. A ideia é que o patrimônio da empresa do seu cliente seja protegido e a atuação desses profissionais passa a ser vista como uma ferramenta de prevenção e combate à fraude.

Para as empresas, ter precisão, transparência e a informação disponibilizada de forma clara, acessível, de maneira que possa ser útil, são pontos que representam uma vantagem competitiva. Um escritório contábil tem plenas capacidades para atender a essas necessidades de seus clientes, contudo, é um potencial que pode ser mais elevado caso possua profissionais especializados em sua equipe de contabilistas.

Como vimos, existe uma demanda, inclusive por parte das micro e PMEs, em busca de profissionais que atuem nesse tipo de controle ou investigação. Diversificar sua equipe para oferecer um serviço mais completo é um passo na conquista de novos clientes e também na construção da credibilidade de um serviço de assessoria contábil.

Fonte: Site Contábil

5 dicas para gerenciar as finanças do seu escritório contábil

Mais do que ninguém, um contador sabe que a gestão financeira não permite erros. Para aumentar as chances de sucesso nessa área, é essencial ter um controle do caixa e um planejamento bem estruturado. Mesmo assim, muitos profissionais contábeis se dedicam tanto a seus clientes que acabam deixando de investir o tempo necessário na organização financeira da sua própria empresa.

Quer saber mais? Então confira algumas dicas para gerenciar as finanças do seu escritório contábil de forma eficiente:

Separe um tempo diário para o controle financeiro

A correria do dia a dia do seu escritório não pode ser desculpa para não fazer um controle financeiro. É essencial separar alguns momentos do dia, ou ao final de cada semana, para realizar uma organização geral. Dedique-se à criação de uma rotina de controle das finanças — e cumpra essa tarefa sempre. Tudo que envolver o dinheiro da empresa deve estar devidamente contabilizado para que as finanças nunca fujam do seu controle.

Utilize um software financeiro

Organizar as finanças do seu escritório contábil no Excel é coisa do passado. Ao invés disso, utilize um software financeiro atualizado Esses programas têm se tornado uma grande tendência na gestão de empresas de diversas áreas, especialmente para a contabilidade. São ferramentas que reúnem cada vez mais funções para atender as necessidades de administração dos negócios.

Além de proporcionar mais facilidade no controle das finanças, esses softwares fornecem um sistema padronizado para registrar e documentar tudo que acontece no setor financeiro do seu escritório. Isso facilita a continuidade do trabalho e otimiza todos os processos.

Separe as despesas pessoais das empresariais

Uma das atitudes que mais complicam o gerenciamento financeiro é misturar as contas da empresa com suas contas pessoais. Almoços de negócio, viagens a trabalho, compra de materiais, tudo isso deve sair do caixa da empresa e não do bolso do empresário. Mesmo em um escritório pequeno, o melhor é manter tudo separado para evitar a dor de cabeça.

Invista na sua capacitação

Para quem quer aprimorar seus métodos de administração, pode recorrer a várias formas de aprendizado. Desde treinamentos online, até cursos, palestras e materiais online, existem maneiras simples de buscar mais conhecimento e aprender a organizar as finanças da sua empresa.

Pode até parecer inapropriado para um contador buscar mais informações sobre finanças. No entanto, a cada dia surgem novas ferramentas e programas que podem ser úteis para uma gestão eficiente. Portanto, se você ainda não tem pleno conhecimento de alguma ferramenta, buscar informação pode ser uma ótima saída para organizar as finanças do seu escritório.

Não descuide do seu fluxo de caixa

Para uma boa gestão financeira, é necessário ficar de olho no fluxo de caixa da empresa, além de ter um plano financeiro a longo prazo — de preferência até um ano. Planejar suas finanças em um prazo mais extenso é essencial para prever suas contas antecipadamente, desde a compra de materiais, até o pagamento de funcionários. Dessa forma, é possível planejar melhor quais ações tomar para resolver algum problema financeiro que possa surgir no caminho do seu escritório contábil. 

Fonte: Site Contábil

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mudanças no seguro-desemprego devem atingir principalmente jovens

Levantamento mostra que quase 30% dos brasileiros ficam menos de um ano e meio no trabalho. Troca-troca deve cair com novas regras.


Um levantamento mostrou que quase 30% dos brasileiros ficam menos de um ano e meio no trabalho. A maioria é de jovens, mas o troca-troca de emprego deve cair com as novas regras do seguro-desemprego.
Especialistas dizem que essa medida pode melhorar a qualificação do trabalhador, teoricamente porque o trabalhador ficaria mais tempo na empresa, já que não teria o incentivo do seguro-desemprego para deixar o trabalho.
As novas regras para a concessão do benefício atingem principalmente os jovens, porque eles costumam trocar mais rapidamente de emprego. Para conseguir o primeiro seguro, o tempo mínimo exigido de trabalho vai passar de seis meses para um ano e meio.
Eles são jovens, querem trabalhar, mas ainda não sabem direito em que profissão. Resultado: não param muito tempo em um emprego. “O primeiro emprego eu consegui ficar dois anos. Mas depois disso foram meses. Não consegui ficar mais de um ano em um emprego”, conta uma mulher.
Murilo Malusbach faz um curso na área de informática. Tem 19 anos e está no terceiro emprego. “Eu principalmente gosto de ser desafiado durante o trabalho. Então, qualquer coisa que fica monótona demais, eu já perco a vontade de trabalhar, já procuro fazer outra coisa”, diz o estudante análise de sistemas.
E são exatamente os trabalhadores jovens que devem ser os mais atingidos pela mudança na regra do seguro-desemprego. A partir de março, para ter direito a receber o benefício pela primeira vez, o desempregado vai ter que comprovar que passou pelo menos um ano e meio trabalhando. Hoje, bastam seis meses.
Só vai receber o seguro-desemprego pela segunda vez, quem tiver permanecido no trabalho por pelo menos um ano. Se a nova regra já estivesse em vigor em 2014, 26% dos desempregados teriam ficado sem o benefício, de acordo com o Ministério do Trabalho.
“Nós temos uma rotatividade muito alta que implica no aumento muito grande do pagamento do seguro-desemprego. O que nós temos é criar uma cultura de que é fundamental a permanência no emprego e aí entra a participação também do empregador”, explica o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Thaís Vinagre espera que a mudança nas regras estimule os funcionários a permanecerem mais tempo no trabalho. Ela abriu um pequeno restaurante de comida japonesa ano passado e diz que, às vezes, pouco tempo depois de treinar o empregado, ele pede demissão ou simplesmente deixa de aparecer. “Acaba que sobra, acarreta tudo para o dono. O dono além de ter que resolver todos os problemas ainda tem que fazer o papel do funcionário na loja”, reclama a empresária.
Um professor de economia da Universidade de Brasília afirma que as mudanças no seguro-desemprego podem ajudar, mas não vão acabar com a alta rotatividade no emprego. Acha que é preciso mudar o ensino médio, para aproximar os jovens do mercado de trabalho e também que os empresários devem oferecer melhores condições de trabalho, com possibilidade de crescimento dentro da empresa.
“Se você dar perspectiva de crescimento profissional no posto de trabalho dificilmente alguém vai ‘rotar’ neste posto de trabalho só para ter acesso ao seguro-desemprego”, explica.
Para um outro professor as mudanças são bem vindas: “o seguro desemprego é um sistema que vem para resolver ou atenuar uma situação de dificuldade. Isso não pode ser um sistema que você utiliza de maneira rotineira. Ele vem para permitir que o indivíduo rapidamente encontre outra alternativa de trabalho”, diz o economista José Matias Pereira.
A nova regra entre em vigor em março, mas para passar a valer em definitivo, tem que ser aprovada pelo Congresso.
Fonte: G1