terça-feira, 31 de julho de 2018

TRIBUTÁRIO - Proposta prevê isenção do Imposto de Renda a professores

Proposta em análise na Câmara dos Deputados modifica a Constituição Federal para conceder isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) a professores das redes pública e privada de ensino.

A alteração consta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 404/18, do deputado licenciado Moisés Diniz (PCdoB-AC). O texto cria uma exceção no artigo constitucional que proíbe União, estados, Distrito Federal e municípios de conferir tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situação semelhante.

Ao justificar a mudança, Diniz argumenta que dar isenção do IRPF a professores “é fazer justiça com aqueles que abriram portas para formar as melhores mentes do Brasil”.

Segundo ele, o salário de docente no Brasil é, em média, 10% do que ganha um agente com carreira de Estado. “Os rendimentos dos professores no Brasil são a maior prova de incompetência dos agentes políticos das últimas gerações, considerando as desigualdades salariais e os pisos municipais”, opina.

Tramitação

A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) quanto à admissibilidade. Se aprovada, será examinada por comissão especial e votada pelo Plenário em dois turnos.


Saiba mais sobre a tramitação de PECs

segunda-feira, 30 de julho de 2018

INSS e Previdência Social: para que servem?

Diante de um acidente de trabalho e da impossibilidade de exercer suas atividades, muitos trabalhadores têm dúvidas sobre quais benefícios têm direito e como fazer para solicitá-los. Para isso, é preciso compreender para que serve a Previdência Social e o INSS, e de que maneira esses órgãos podem auxiliar quem se encontra impossibilitado de realizar suas atividades.

A Previdência é uma instituição seguradora do Ministério da Previdência, órgão responsável pela sua administração e gestão. Sua função é garantir renda aos contribuintes a partir do momento em que perdem a capacidade de realizar seu trabalho.

A Previdência avalia e gerencia a concessão dos benefícios que serão pagos pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). O INSS, portanto, é um órgão autônomo vinculado à Previdência, responsável pelo recebimento da parcela de contribuição de cada segurado e pelo posterior repasse na forma de benefícios.

Benefícios garantidos

A Previdência Social garante ao segurado e/ou à sua família um rendimento seguro caso ele perca sua capacidade de trabalho, nos termos da Lei Federal 8.213/91. Em casos de doença, acidente, idade avançada, morte, reclusão ou gravidez, por exemplo, um benefício é garantido ao contribuinte. Recentemente, por meio da Medida Provisória 676/2015 e da conversão da Medida Provisória 664/2014 na Lei 13.135/15, alguns benefícios como a aposentadoria por tempo de contribuição e a pensão por morte, tiveram seu regime de concessão alterados.

Para ter acesso ao benefício, é necessário se cadastrar junto à Previdência e contribuir mensalmente. Quem trabalha em regime CLT (a popular carteira assinada) já é automaticamente filiado, por isso, não é necessário se cadastrar.

Trabalhadores em regime CLT, trabalhadores autônomos, trabalhadores rurais e contribuintes individuais podem se valer dos seguintes benefícios, desde que comprovadamente estejam em situação de incapacidade para o trabalho:

Aposentadoria especial

Previsto no artigo 57 da Lei 8213/91, esse benefício é destinado aos segurados que trabalharam em condições prejudiciais à integridade física ou à saúde, é possível solicitar a aposentadoria especial. Para contar com esse benefício, é preciso que o trabalhador comprove a efetiva exposição a agentes nocivos de forma habitual e permanente por um período prolongado, que pode variar entre 15 a 25 anos.

Aposentadoria por idade

Conforme o artigo 48, da Lei 8.213/91, quando o segurado atinge uma determinada idade, considerada de risco social, é concedida a aposentadoria por idade. No caso de trabalhadores urbanos homens, essa idade é de 65 anos. Já para as mulheres, o benefício é concedido a partir dos 60 anos. No caso de trabalhadores rurais, a idade será de 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres

É preciso comprovar 180 contribuições mensais contadas a partir de 25 de julho de 1991.  Para os segurados filiados após essa data, é necessário comprovar o número de contribuições exigidas de acordo com os anos em que foram implementadas as condições para o requerimento do benefício. No caso de trabalhadores rurais, é necessário contar com 180 meses de atividade rural.

Aposentadoria por invalidez

Segurados que sofrem qualquer tipo de acidente ou doença que os incapacita para qualquer atividade laboral podem contar com esse benefício como forma de garantir seu sustento, nos termos do artigo 42 da Lei 8.213/91. É necessário que essa incapacidade seja comprovada por meio de perícia junto à Previdência Social, e os exames devem ser repetidos a cada dois anos.

Caso o segurado já tenha a doença no tempo em que se filiou à Previdência, o benefício não será concedido. Da mesma forma, o segurado perde o benefício caso recupere sua capacidade e volte a trabalhar.

Aposentadoria por tempo de contribuição

Esse benefício pode ser pago de forma integral ou proporcional, conforme explicitado na Lei 8.213/91, artigos 52 e seguintes. No caso da aposentadoria integral, é necessário que o segurado tenha contribuído por, pelo menos, 35 anos no caso dos homens e 30 anos no caso de mulheres. Para requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem que contar com o tempo de contribuição mínimo somado à idade mínima.

No caso dos homens, é possível requerer a aposentadoria proporcional caso conte com 53 anos de idade e 30 anos de contribuição. Além disso, é conferido um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição.

  
Já para as mulheres, é preciso contar com 48 anos de idade e 25 de contribuição. Da mesma forma, recebem um adicional de 40% sobre o tempo que faltava para completar 25 anos de contribuição, também contados desde 16 de dezembro de 1998.

Desde 2014, o governo vem alterando o sistema de concessão das aposentadorias por meio de Medidas Provisórias. Hoje, já esta vigente a regra do “85/90”, em que homens e mulheres devem contar com uma pontuação que leva em consideração a soma da idade e o tempo mínimo de contribuição para se valer do benefício integral.

As mulheres precisam contar com 85 pontos, sendo necessário contribuir por, no mínimo, 30 anos para a Previdência Social. Já os homens devem somar 95 pontos e contribuir por, pelo menos, 35 anos.

Auxílio-acidente

Caso o segurado sofra de acidente que qualquer natureza que reduza suas capacidades de trabalho, poderá solicitar o auxílio-acidente. Só tem direito a esse benefício o trabalhador empregado, o avulso e o segurado especial que comprove, através de perícia junto à Previdência, que teve sua capacidade de trabalho reduzida. Por ter o caráter de indenização, esse benefício pode ser pago junto a outros benefícios, exceto a aposentadoria.

Auxílio-doença

Esse benefício é devido ao segurado que, por mais de 15 dias consecutivos, fica impedido de trabalhar, inclusive acidente de trabalho e trajeto. Para quem conta com carteira assinada, os primeiros 15 dias serão pagos pelo empregador e posteriormente pelo INSS a partir do 16º de afastamento. No caso dos demais segurados, inclusive o empregado doméstico, a Previdência é responsável pelo pagamento desde que constatada a incapacidade do exercício das atividades laborais, e enquanto perdurar a condição.

Para receber o benefício, o segurado deve contribuir pelo menos 12 meses e deve comprovar, através de perícia realizada pela Previdência, a incapacidade para suas atividades.

Auxilio reclusão

Caso o segurado seja preso e esteja cumprindo a pena em regime fechado ou semiaberto, seus dependentes podem contar com esse auxílio. Mesmo que o segurado fique um tempo sem contribuir, é possível receber o auxílio.

Pensão por morte

Caso o trabalhador venha a falecer enquanto segurado, é possível que seus dependentes contem com esse benefício. Não existe um tempo mínimo de contribuição para ter o direito de recebê-lo. Caso o segurado venha a falecer após a perda da qualidade de segurado, os dependentes terão direito à pensão desde que o trabalhador tenha cumprido, até o dia de sua morte, os requisitos para a obtenção de aposentadoria pela Previdência Social.

Salário família

Trata-se do benefício pago aos segurados, exceto empregados domésticos e trabalhadores avulsos, com salário mensal até R$ 915,05, para contribuir com o sustento dos filhos de até 14 anos ou inválidos de qualquer idade. Não é necessário contar com um tempo mínimo de contribuição para receber esse benefício.

Salário-maternidade

O salário-maternidade é um benefício devido às seguradas em decorrência do parto. O benefício se aplica, inclusive, nos casos de natimortos, desde que a gravidez tenha perdurado até a 23ª semana. Aborto não criminoso, adoção e guarda judicial para fins de adoção também ensejam o recebimento do benefício.

domingo, 29 de julho de 2018

Profissão de contador: os desafios para 2018 e além

Você já deve ter notado que a profissão de contador está evoluindo rápido, especialmente no que diz respeito à tecnologia. Diante dessa realidade, se preparar e manter sua empresa contábil atualizada é uma exigência para se posicionar à frente da concorrência. Se você ainda não deu esse passo, que tal começar em 2018?

A evolução da profissão de contador na história recente

Sholto Macpherson, jornalista de tecnologia aplicada a negócios e especialista em plataformas de contabilidade em nuvem, escreveu um artigo exclusivo para o nosso blog recentemente. No texto, mencionou que muitos contadores foram pegos de surpresa com as atualizações tecnológicas. Disse também que, infelizmente, muitos profissionais têm resistência a mudanças.

E você? Também vê o futuro com certa desconfiança? É bom começar a refletir sobre o presente e projetar os próximos anos.

O que se sabe é que o mercado atual é altamente competitivo. A quantidade de empresas contábeis certamente já chama a sua atenção. Diante de tantos disputando o mesmo espaço, inovar já não é mais um diferencial. Essa é uma postura necessária para sobreviver e atrair clientes.

Mas até chegar a esse cenário, a profissão de contador mudou bastante. E tudo isso começou há muito mais tempo.
A contabilidade sempre procurou se adaptar às diversas mudanças que ocorreram na história da humanidade. Teve o método das partidas dobradas, evoluindo os sistemas de custos na Revolução Industrial. Depois, foi criada a contabilidade gerencial, com o surgimento das sociedades por ações.

Hoje, o momento é digital. A tecnologia impacta diretamente o trabalho do profissional contábil. Diversas declarações devem ser entregues eletronicamente. Além disso, existe a necessidade de entregar informações corretas e de forma rápida aos empresários.

O Sped como marco da evolução

Para representar a evolução tecnológica das obrigações acessórias, uma sigla que ganhou muita força nos últimos anos no setor é Sped.

O Sistema Público de Escrituração Digital originou uma nova era contábil com o cruzamento de informações. Há alguns anos, os contadores se preocupavam essencialmente em registrar os documentos que os clientes enviavam. Isso além de fazer sua declaração de Imposto de Renda, é claro.

Porém, com a implantação das diversas versões do Sped, toda a empresa precisa ter informações detalhadas e que sejam condizentes.


Além disso, um grande desafio dos últimos anos é aliar a contabilidade com a administração. Afinal, o contador atual é visto como um parceiro da empresa, não apenas como o profissional que entrega as obrigações acessórias.

Ele se tornou um dos principais aliados do processo de desenvolvimento econômico-financeiro das organizações. Como exemplo, basta lembrar que possui em suas mãos todas as informações da empresa, desde pequenos valores que saem do caixa até altas quantias de aplicações. Com isso, pode ajudar o empresário nas tomadas de decisões.

Mas para que essas informações sejam enviadas e recebidas de forma ágil, um fator foi primordial para a evolução da profissão contador: a tecnologia.

Como a tecnologia impacta o trabalho da empresa contábil

Para os contadores que estão abertos às mudanças, a tecnologia tende a ser uma grande aliada. Seus reflexos aparecem na produtividade, na otimização do tempo e, especialmente, na precisão das informações.


Quem nunca digitou uma informação errada quando as notas fiscais eram lançadas manualmente? Ou até mesmo nos próprios lançamentos dos pequenos valores usados do caixa das empresas. Uma diferença de centavos pode demandar um grande retrabalho para encontrar a origem do problema, não é mesmo?


A verdade é que a tecnologia vem facilitando a profissão de contador nos últimos anos. Isso ocorre especialmente com os novos sistemas em nuvem integrados aos clientes. Tais ferramentas podem ser acessadas de qualquer lugar e de qualquer dispositivo.


Além disso, o sistema em nuvem é muito seguro. Ele não demanda horas de instalação, como os antigos sistemas ERP, que precisam de um servidor próprio e da contratação de uma equipe especializada.


Tecnologia significa automação no serviço contábil. Adaptar-se às mudanças positivas que isso proporciona pode fazer o contador ganhar muito tempo. É só pensar nas tarefas repetitivas que o serviço de escrituração contábil ainda exige.


Mas para que você esteja preparado para 2018 e para os próximos anos, veja a seguir quais são as principais mudanças as quais você, profissional contábil, deve ter atenção.

Principais mudanças na contabilidade para 2018 e além

O mercado está se adaptando rapidamente a diversas mudanças. Entre elas, contabilidade em nuvem, cruzamento de dados, contabilidade e administração unificados e presença online. Como são muitas novidades, por onde começar? Vamos dar algumas ideias.

O perfil da nova profissão contador

O professor Dr. José Carlos Marion, um dos maiores estudiosos da contabilidade, cita em suas apresentações que a contabilidade é a profissão do terceiro milênio. E ele não fala sem razão.

O contador vive em constantes mudanças, especialmente no que diz respeito à tecnologia. Tanto é assim que diversas informações já não constam mais em papel. Quem imaginava isso há alguns anos?


Para se tornar um verdadeiro contador do futuro, é necessário reduzir os impactos das constante mudanças. E isso pode ser feito antecipando cenários e provocando as soluções.
É preciso participar ativamente das discussões dos processos e das inovações. E algo que podemos verificar nos escritórios que se destacam é o contador gestor, que auxilia na gestão das empresas.

Por isso, a profissão contábil de 2018 depende de aliar tecnologia e gestão. Isso trará muito valor agregado ao seu escritório. Sem dúvidas, com essas duas atribuições alinhadas, você terá muito destaque no mercado.


Se você ainda não leu o artigo do contador Ronaldo Dias sobre a contabilidade do futuro, esse é um excelente momento para fazer uma reflexão sobre ele. São palavras divertidas e inquietantes, que justamente mostram como o futuro será muito mais automatizado, tecnológico e com um perfil totalmente gerencial do novo contador.

Constante atualização e atenção às novas obrigações acessórias

Não dá para fugir das constantes mudanças na legislação e da implantação de novas obrigações acessórias.

Por isso, se você tem a profissão de contador, é essencial se manter informado e atualizado. Há o compromisso de acompanhar as principais deliberações da Receita Federal e ficar de olho no que estados e municípios implantam.

Para ajudar nessa tarefa, você pode:
  • Assinar gratuitamente a newsletter da ContaAzul para receber novidades em primeira mão;
  • Assinar os boletins eletrônicos das receitas Federal e Estadual;
  • Assinar boletins pagos de empresas especializadas na área contábil.
Para começar, vamos falar de duas declarações que serão implantadas em 2018: EFD-Reinf e DME.

EFD-Reinf

A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) é um complemento do e-Social. Ela deve ser preenchida em diversos casos, como:
  • Para informar os serviços tomados/prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada;
  • Quando ocorrerem retenções na fonte de IR, CSLL, COFINS, PIS/PASEP sobre os pagamentos diversos efetuados a pessoas físicas e jurídicas;
  • Para informar os recursos recebidos ou repassados para associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional
  • Quando houver comercialização da produção e apuração da contribuição previdenciária substituída pelas agroindústrias e demais produtores rurais pessoa jurídica;
  • No caso de todas as empresas que se sujeitam à CPRB e que estejam informadas na Lei 12.546/2011;
  • No caso de todas as entidades que promovem eventos envolvendo associação desportiva que mantenha clube de futebol profissional.
Quanto ao prazo de obrigatoriedade, veja na íntegra o que foi publicado no site do Sped em 5 de dezembro. Você vai observar que começa a valer em 1º de maio de 2018, mas que muitas empresas só serão atingidas um ano depois.

DME

A Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em Espécie (DME) é mais uma novidade para 2018. Ela tem como objetivo informar para a Receita Federal os valores recebidos em espécie. Vale tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
E o principal ponto de atenção é que as informações da DME devem ser condizentes com a declaração de Imposto de Renda. Caso contrário, existe uma grande chance de o contribuinte cair na malha fina e precisar pagar altos impostos.
Se algum dos seus clientes recebe altos valores em espécie, fique atento à essa declaração. Ela entra em vigor já em 1º de janeiro de 2018.

Cobrança por serviço e não por honorários

Uma tendência para a profissão de contador em 2018 está na precificação. O tipo de cobrança deve ser alterado, não usando mais um valor fixo de honorários. Mas será necessário detalhar os serviços prestados e realizar a cobrança individual.

Como exemplo, podemos citar que um serviço de consultoria tem um valor muito maior do que realizar a importação das notas fiscais.

Além disso, muitos clientes não têm noção da quantidade de serviços realizados para manter a empresa em dia com o fisco. Essa é uma boa oportunidade de demonstrar a demanda de trabalho necessária e usar isso para justificar seus honorários.

Consultoria

Muitos contadores relatam a dificuldade em conseguir novos clientes. A propósito, você sabia que é até 10 vezes mais difícil fazer isso do que manter um cliente e vender mais serviços para ele? Como não poderia deixar de ser, a dica é investir nessa relação. Ofereça mais soluções a quem já negocia com você.

Você, como contador, pode visualizar diversas dificuldades que seu cliente tem. Melhor do que isso: pode ser o provedor das soluções.

Um terço das empresas brasileiras possui dificuldades financeiras, segundo uma pesquisa divulgada pelo Serasa. A maior parte delas são microempresas. E como você deve saber, esse é o principal modelo de negócio atendido por escritórios contábeis.

Então por que não começar agora a prestar consultoria para quem você já atende? Isso pode ser um grande diferencial para sua empresa. E no futuro, será algo essencial para a profissão de contador.

Atendimento personalizado

Seu escritório entra em contato com o cliente apenas para tirar dúvidas e cobrar o envio dos documentos mensais? Se a resposta for afirmativa, esse é um dos principais pontos que devem ser alterados.

É preciso manter uma relação mais próxima com seus clientes. E essa proximidade não precisa depender de deslocamentos até as empresas atendidas. Você pode realizar reuniões por Skype ou Hangouts, por exemplo.


Além disso, você pode marcar reuniões online (os chamados webinars) com diversos clientes para atender a todos de uma única vez. A proposta é falar sobre assuntos que são um problema em comum. Entre eles, a organização financeira.


Quantos escritórios você conhece que fazem isso? Então, pode começar a pensar no futuro do seu negócio hoje mesmo. São simples atitudes que aumentarão consideravelmente o valor do seu serviço.

Presença digital do escritório contábil

Outro ponto que deve ser destacado é a presença do seu escritório na internet. Isso vale tanto para manter clientes atualizados quanto para conquistar novos.

Mas ter um site ou uma página em uma rede social não tem muito valor se você não mantiver seus canais de comunicação atualizados. Se você notar, as empresas de maior destaque fazem exatamente isso. Elas postam conteúdos periódicos e esse é o novo marketing digital na contabilidade virtual.

Você pode manter sua presença digital de diversas formas. Por exemplo:
  • Publicando artigos no seu blog empresarial;
  • Postando imagens e atualizações contábeis na redes sociais do seu escritório;
  • Enviando periodicamente e-mails com novidades;
  • Criando vídeos curtos e objetivos para atualizar seus clientes e passar ainda mais credibilidade para o seu escritório.
Não perca tempo! Comece 2018 implantando novas estratégias de marketing digital para alavancar seu escritório.

Contabilidade em nuvem

Por último, mas não menos importante, é essencial adotar soluções em nuvem. Faça isso tanto nos próprios sistemas contábeis, como o ContaAzul, quanto no envio, recebimento e arquivo de informações digitalizadas.

Além de otimizar o tempo e ganhar produtividade, os sistemas em nuvem são muito mais seguros. Isso garante que as informações dos seus clientes não vão cair em mãos erradas.

Fonte: Conta Azul

sábado, 28 de julho de 2018

Os Novos Desafios de ser Contador Hoje em Dia


O contador é um profissional responsável por cuidar de questões financeiras, além de patrimônio e impostos de um negócio ou empresa.

O contador do dia-a-dia é embalado com declarações de renda, contas a receber ou pagar, planilhas, impostos, taxas e muito mais.

Pensando nisso e sabendo que essa área de expansão pode ter vários obstáculos, você precisa conhecer os desafios da profissão de contador.
Vamos?

DESAFIOS DA PROFISSÃO DE CONTADOR

O departamento de contabilidade exige muita responsabilidade por parte do profissional, juntamente com uma atenção diária a cada detalhe.

Além disso, as atividades são desenvolvidas por profissionais e técnicos especializados no assunto, devidamente cadastrados no Conselho Regional de Contabilidade, e envolvem empresas privadas e públicas, organizações não-governamentais, entre outros.

Então você precisa conhecer os desafios que essa profissão pode trazer.

SOBREVIVER AO MERCADO

Um dos grandes desafios da profissão contábil e de vários outros é sobreviver ao atual mercado de trabalho, sobrecarregado de profissionais.

Com uma grande oferta de profissionais, mas com menor demanda, destacam-se aqueles que realmente fazem a diferença.

Portanto, é essencial buscar novas formas de sobreviver ao mercado atual por meio da especialização na profissão ou até mesmo através da inovação no relacionamento com o cliente. Além disso, é importante diferenciar na área, o que envolve superar as dificuldades e reconhecer as próprias fronteiras e oportunidades do mercado.

ATUALIZAÇÃO CONSTANTE

Como já mencionado, a atualização constante do profissional é uma das formas de superar os desafios atuais do mercado de trabalho.

Manter-se atualizado evita que você caia em um formato ultrapassado de trabalho.

Isso significa que um dos desafios da contabilidade deve ser continuar a se especializar no campo mesmo depois de ter uma carreira ou já estar financeiramente estável.

A contabilidade já é um tipo de atividade que envolve constantes mudanças na legislação e obrigações que devem ser aplicadas constantemente, mas o profissional deve estar sempre atento às novas tendências de mercado que vão além dessas mudanças já esperadas.

Com essa atualização constante, você evita que seus negócios fiquem atrás dos concorrentes, mantendo sua mente e negócios abertos a novas possibilidades.

NOVO PERFIL

Com a constante necessidade de especialização e constantes mudanças no mercado de trabalho, o contador pode enfrentar um novo desafio: o perfil profissional para o próximo ano.

Esse desafio se refere a um contador diante de milhares de desafios que precisam usar a tecnologia a seu favor.

Pensando nisso, você precisa se tornar um contador proativo e tentar reduzir os impactos de mudanças constantes nos negócios.

Desta forma, o desafio do novo perfil refere-se à gestão e uso de tecnologia para agregar nas atividades comuns do escritório para se destacar no mercado, como aderir à contabilidade online.

O uso de ERPs (Enterprise Resource Planning), que são sistemas integrados de gestão, tem se tornado cada vez mais frequente. Eles facilitam consideravelmente a rotina contábil, pois, ao invés de refazer a digitação já feita pelo cliente, permite que os dados sejam exportados, tornando o trabalho no escritório de contabilidade menos operacional e mais analítico. Assim, o contador tem mais tempo para se concentrar em questões mais importantes, como análises para verificar se o regime tributário escolhido pela empresa está sendo adequado, por exemplo, e consegue atender de forma eficiente e eqüitativa a um maior número de clientes.

CONSULTORIA

A consultoria é uma das áreas com as quais poucos empresários se preocupam até que realmente precisem dela.

Um dos desafios que os empresários enfrentam é a dificuldade de lidar com a legislação em constante mudança e a tributação complexa.

Pensando nesse desafio, a contabilidade vem para facilitar e trazer o diferencial para sua empresa.

Esta área de consultoria serve para ajudar os empresários com estes desafios diários, para demonstrar onde estão errados e para ajudar a indicar as melhores saídas para as mais diversas situações.

É outro caminho que alguns contadores escolhem, mas precisam de uma boa qualificação para orientar as empresas corretamente.

COLETA DE SERVIÇOS

Um desafio comum da nova profissão de contador é começar a se preocupar com os serviços que são realizados e não os honorários.

Isso significa que os escritórios de contabilidade devem detalhar os serviços que serão fornecidos e começar a cobrar esses serviços individualmente.

Além disso, você precisa ter aconselhamento adequado para obter o valor exato de impostos e evitar a execução de serviços desnecessários.

SERVIÇO PERSONALIZADO

O atendimento personalizado vem para suprir os desafios de um contato cada vez mais escasso na contabilidade.

A fim de eliminar o problema de contato e relacionamento com clientes e empresas, o atendimento personalizado vem para fazer perguntas, facilitar as cobranças e a comunicação geral e para falar de assuntos que são problemas comuns nas empresas.

Embora poucas empresas realmente entendam as dificuldades dos clientes, é através do atendimento personalizado que este desafio é superado e que surge a possibilidade de resolver dilemas e facilitar o acesso à informação e à solução de problema.

Atualmente, existem várias plataformas de contato com o cliente, algumas no próprio ERP, que permitem interação constante com os clientes, agilizando o atendimento ao cliente e possibilitando o acompanhamento direto.

PRESENÇA DIGITAL

Um desafio comum em algumas empresas de contabilidade é a falta de mídia digital que possa dar algum suporte ao profissional.

A presença digital evita que o seu escritório fique desatualizado, além de atrair clientes em potencial que procuram as empresas mais atualizadas do mercado.

Pensando nessa questão, a presença digital envolve um site, blog ou até redes sociais que devem ser constantemente atualizadas.

A principal maneira de usar a presença digital é através do marketing virtual, que pode atingir um número muito maior de clientes em potencial.

A ideia é publicar artigos de negócios, fazer posts gráficos (como imagens), vídeos explicativos, e-mails e outros.

PARCERIAS

As parcerias podem ser vistas com certa resistência por parte de alguns profissionais da área e até atrasam o andamento de algumas ideias.

Você deve estar sempre ciente de qualquer oportunidade e possíveis parceiros de negócios para não ficar para trás quando surgir alguma ideia inovadora.

Com o surgimento do empreendedorismo, a contabilidade é uma área que pode crescer rapidamente com dedicação e persistência.

Então vale a pena estudar uma empresa ou parceiros antes de tentar uma nova parceria e realmente entrar nessa área.

Desta forma, é mais fácil para você fazer bons parceiros e buscar a constante evolução da empresa ou do seu escritório.

As parcerias podem ser feitas de várias maneiras, tanto para facilitar a entrada e a fidelidade do cliente quanto para otimizar o trabalho por meio de novas ferramentas ou mesmo para disseminação. Uma parceria bem desenvolvida pode ter ótimos resultados e diferenciar o contador dos demais profissionais do mercado.

CONCLUSÃO

Agora que você já sabe tudo sobre os desafios contábeis e a melhor maneira de contornar esses problemas, comece a anotar agora mesmo todas as dicas para ter sucesso.

Com isso em mente, você pode garantir todas as estratégias necessárias para o crescimento na área e impedir que seus negócios saiam dos trilhos.

Assim, você pode deixar de lado a imagem de um contador trancado em uma sala com uma calculadora na mão e se preparar para os novos desafios diários do mercado atual.

Fonte: PJ SIMPLES

Entenda como sua empresa deve se preparar para eSocial

O eSocial é uma obrigação acessória pertinente à maioria das empresas. É importante que os gestores se preparem para ela, a fim de manter uma boa relação com o governo, evitando o pagamento de multas e outras penalizações.

As alterações começaram no dia primeiro de janeiro de 2018. Mas, nos meses de julho e agosto, entrarão em vigor inovações que tornarão obrigatórios muitos pontos, que eram facultativos até então.

Quer saber mais? Então veja como sua empresa deve se preparar para eSocial!

O que é o eSocial

A função do eSocial é simplificar a vida de todos os profissionais que trabalham em contabilidade. Devido ao SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), tornou-se possível sintetizar as informações em um único sistema.

Dessa forma, o eSocial seria uma versão do SPED para o setor trabalhista, envolvendo as informações acessórias enviadas por meio de determinadas declarações, como CAGED, GFIP, DIRF e RAIS.

Essa substituição vem sendo feita de maneira gradual, pois é uma operação que está em andamento, sem data certa para terminar.

Devido a isso, é importante ter mais atenção, pois muitas declarações estão modificando seu formato e, a cada ano, surgem inovações.

As obrigações do eSocial

A folha de pagamento é o principal item do eSocial. Mas existem outros 14 itens que são compreendidos pelo eSocial. Antes esses itens eram cobrados de forma individual. A parte boa dessa inovação é que é possível entregar tudo de uma vez só, por meio da internet.

A documentação que abrange o eSocial inclui:
  1. CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados);
  2. GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social);
  3. CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social);
  4. LRE (Livro de Registro dos Empregados);
  5. CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho);
  6. RAIS (Relação Anual de Informações Sociais);
  7. CD (Comunicação de Dispensa);
  8. PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário);
  9. DCTF (Declaração de Créditos e Débitos Tributários Federais);
  10. DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte);
  11. MANAD (Manual Normativo de Arquivos Digitais);
  12. QHT (Quadro de Horário de Trabalho);
  13. GRF (Guia de Recolhimento do FGTS);
  14. GPS (Guia da Previdência Social).

As áreas que devem ter maior atenção

As diferentes situações que envolvem a vida de um funcionário são muitas e devem ser comunicadas de imediato por meio do eSocial. Mas alguns setores precisarão se preparar para eSocial com atenção redobrada.

As empresas que atuam na construção civil, por exemplo, deverão revisar todos os seus processos, por causa da elevada quantidade de funcionários demitidos e contratados. O varejo e o setor alimentício, cujas contratações referentes ao primeiro emprego são diversificadas, precisarão de uma rapidez maior na entrega de documentos, que formalizam essa relação de trabalho.

O eSocial não altera as questões de trabalho, mas é necessário mais agilidade nos processos, que oferecerão maior confiabilidade, permitindo também maior cobrança do governo.

O cronograma de implantação do eSocial

A implantação do eSocial está dividida em três etapas.

A primeira etapa

Essa primeira etapa se compõe de cinco fases e destina-se a empresas com faturamento anual maior que R$ 78 milhões. A primeira fase foi em janeiro de 2018 e era formada por tabelas e cadastros do empregador, ou seja, somente informações relacionadas às empresas.

A segunda fase correspondeu ao mês de março de 2018. As empresas deveriam enviar informações relacionadas aos trabalhadores e aos seus vínculos com as empresas (eventos que não são periódicos), incluindo afastamentos, desligamos e admissões. 

A terceira fase começou em maio de 2018. Nessa fase, era obrigatório o envio das folhas de pagamento. Já a quarta fase teve início em julho de 2018, com a substituição da GFIP (Guia de Informações à Previdência Social) e com a compensação cruzada. 

Na última fase, em janeiro de 2019, serão enviados os dados de segurança e saúde do funcionário.

A segunda etapa

Essa segunda etapa destina-se às outras empresas privadas, envolvendo as optantes do Simples Nacional, os MEIs (microempreendedores individuais) e as pessoas físicas que têm empregados. Também se compõe de cinco fases e cada fase equivale aos mesmos procedimentos da primeira etapa.

A terceira etapa

Essa terceira etapa destina-se aos entes públicos, dividindo-se nas mesmas fases das etapas anteriores.

As vantagens do eSocial

O eSocial aumenta a capacidade de fiscalização do governo, melhorando a formulação de políticas públicas do Brasil. Dessa forma, será oferecida uma informação única para o governo, com consistência e validade.

A divisão em fases foi uma maneira de assegurar uma implantação gradual, facilitando o melhor ajuste das empresas ao programa.

Com a centralização de todas as informações em somente um local, eliminando a documentação que era entregue de forma dúplice, permite-se mais rapidez na prestação das contas.

Como é uma inovação, o processo é mais complexo, pois existe a necessidade de as empresas adaptarem-se, mas as obrigações se tornarão mais simples com o tempo.

O governo federal, por sua vez, gozando de mais rapidez e facilidade na prestação das informações, beneficia-se muito com essas mudanças, tornando mais difícil a sonegação mantida pelas empresas há muitos anos. Também dificulta as operações realizadas em não conformidade com o que está previsto na legislação.

Fiscalizando com mais eficácia, o governo obtém maior aumento nas receitas, com o recolhimento de tributos.

Os impactos resultantes do eSocial nos processos empresariais

Haverá muitas mudanças nos processos empresariais, entre as quais podemos destacar as que seguem.

Uma delas é que haverá maior controle e cruzamento de ideias, pois diversas obrigações estarão integradas entre si. Assim, o grau de controle e a possibilidade de cruzamento de dados serão maiores.

Será preciso uma comunicação otimizada com o departamento pessoal e o escritório de contabilidade, visto que o eSocial se baseia em eventos que podem necessitar de pronta comunicação.

Isso pode ocorrer com acidentes de trabalho ou na contratação de funcionários. Não haverá mais retroativo para assinatura de contrato — ele deverá ser assinado previamente. O contrato de admissão deverá ter início antes do começo das atividades.

Mudanças como horários de trabalho, salários e cargos também precisam de envio imediato.

Haverá modificação apenas na forma de apresentar a documentação, mas a lei permanece a mesma. Para se preparar para eSocial, a empresa deve contar com ferramentas que sejam compatíveis com o programa. Haverá, inclusive, a necessidade de validação e a assinatura com certificado digital.

Como você está fazendo para a sua empresa se preparar para eSocial? Leia mais sobre o assunto, conferindo 8 dicas para implementar o programa em sua empresa!

Fonte: Grupo Fatos

quinta-feira, 26 de julho de 2018

eSocial afugenta empregos formais e empresários


Milhões de empreendedores descobrirão, nos próximos dois anos, a complexidade para cumprir todas as exigências previdenciárias, trabalhistas e fiscais.


O problema crônico no Brasil é a falta de empregos no mercado formal. Somando os empregos formais aos informais temos poucas pessoas trabalhando no Brasil.

Os empregos informais representam quase 50% dos empregos no Brasil. Temos 38,3 milhões de indivíduos empregados registrados com carteira de trabalho para 209 milhões de brasileiros. Segundo o IBGE há 149,1 milhões de pessoas acima de 19 anos e abaixo de 65 anos. São dados deprimentes.

O eSocial é a nova forma de comunicar ao governo federal todas as informações do trabalhador numa empresa.

A obrigatoriedade iniciada em 2018 será aplicável a todos trabalhadores atuantes no mercado formal. O eSocial padroniza e unifica todas declarações trabalhistas, previdenciárias e fiscais em todo o país por meio de uma única plataforma eletrônica.

Por enquanto a maioria dos empresários, donos de empresas, líderes de entidades de classe e de trabalhadores não tem dúvidas sobre o eSocial. Quem nada sabe dúvida alguma tem. Isto explica a falta de reação do mercado, por enquanto, às novas exigências do eSocial.

O eSocial vende a promessa de menos burocracia e mais simplicidade para enviar os dados dos trabalhadores e da folha de pagamento.

O que vai ocorrer, porém, é o oposto, uma vez que se trata de um aumento significativo de complexidade em se administrar uma empresa no Brasil, além de inúmeras multas pesadas por quaisquer desvios, apurados eletronicamente pelos computadores da Secretaria da Receita Federal - SRF.

Todas as empresas precisarão atender 100% das exigências obrigatórias no eSocial de forma apropriada, sendo que os atrasos e não aderências serão objeto de multas.

Muitas exigências até hoje são ignoradas pelos pequenos e microempreendedores. Uma vez cadastrados a empresa e os trabalhadores no eSocial, a Secretaria da Receita Federal vai cruzar os dados e expectativas legais com os dados encaminhados, apurando desvios tempestivamente.

Milhões de empreendedores descobrirão nos próximos dois anos a complexidade para cumprir todas as exigências previdenciárias, trabalhistas e fiscais.

Para tudo há prazos para cumprir e ritos de comunicações tempestivas de envio de folhas de pagamento mensais, contratações, desligamentos, horas extras individualizados, bancos de horas, aumentos de salários, férias, exames médicos, acidentes, etc.

A burocracia assimilada pelas empresas maiores será agora obtida das pequenas e microempresas.

O maior empregador são as milhões de empresas familiares, que empregam a maioria dos trabalhadores no mercado formal e no mercado informal.

Como um programa que não cria nenhuma obrigação adicional pode tornar a vida dos profissionais de recursos humanos, contadores e empresários tão complicados?

Simples: multas pesadas, todas emitidas rapidamente de forma eletrônica. Todos os arquivos encaminhados pelas empresas serão conferidos rapidamente. Caso haja erros nos dados enviados, a Secretaria da Receita Federal rejeitará os arquivos.

O nível oficial de desemprego, segundo o IBGE é de 13%. É uma enganação, observando os dados divulgados no início do artigo.

Até voluntários ocupados em ONGs são considerados ocupados. Hoje quem não procura emprego de forma documentada há mais de 1 mês, não é mais computado na força de trabalho, ou seja, não é considerado desempregado, falseando estatísticas.

Para criar, digamos, 40 milhões de novos empregos com carteira assinada, é urgente rever muitas políticas trabalhistas e previdenciárias.

Burocracia e muitos encargos no Brasil encarecem os custos de vínculos empregatícios, algo em torno de 80% a 90% sobre a remuneração básica do trabalhador.

Por que temos tantos impostos e contribuições compulsórias sobre empregos formais? Por que tantas exigências trabalhistas? São todas elas essenciais? Se sim, porque na maioria dos países não há exigências semelhantes?

É essencial criar condições para estimular os empresários e empregadores para abrirem, expandirem e contratarem mais.

Fora do Brasil a resposta usual é menos impostos, intervenção e controles centralizados nacionais. Os empregadores almejam segurança nas regras, simplicidade, ambientes propícios para negócios e para empregos, onde a totalidade ou a quase totalidade da remuneração de emprego é transferida diretamente para os bolsos dos trabalhadores. Por que não atender aos empresários e trabalhadores?

Nossos representantes no legislativo não poderiam rever as necessidades e obrigatoriedade de centralização de tudo e sobre tudo ligado a trabalho e empregos? Ponderar as necessidades de manutenção de FGTS, 13º salário e todas as inúmeras alocações e custos adicionais compulsórios? Por que não consultar e dar a opção para os trabalhadores para menos custos e burocracia de governo, e mais empregos e remuneração?

LEIA MAIS: Simplificação fiscal, um convite à informalidade
Se as células familiares funcionam tão bem no mundo e no Brasil, por que é necessário instituir para todos os trabalhadores, incluindo as pequenas e microempresas, a obrigatoriedade plena do eSocial? O mesmo é melhor e substitui os controles familiares e das comunidades locais?
Nossos legisladores foram eleitos para nos representar. É essencial que revejam as atuais exigências de aderência eletrônicas sendo automatizadas pela SRF no eSocial.

No mínimo para confirmar, aprimorar, simplificar e idealmente abolir algumas das exigências trabalhistas, previdenciárias e fiscais que cada vez mais afugentam empregos formais e empreendedores.

Enfatizando, o eSocial afugenta empregos formais e empresários.

Fonte: Contadores