sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lei do aviso prévio não deve ser aplicada de forma retroativa, segundo especialista


Especialista afirma que funcionários desligados da empresa antes da Lei 12.506 não têm direito ao aviso prévio proporcional.

A aplicação da Lei do Aviso Prévio aos casos de demissões mesmo antes de a norma entrar em vigor tem gerado discussões no âmbito judiciário.

A Lei do Aviso Prévio (12.506, de 11 de outubro de 2011) determina que serão acrescidos no período de aviso prévio 3 dias a cada ano de serviços prestados à mesma empresa, até o máximo de 60 dias, o que, na prática, daria o direito a um trabalhador receber até 90 dias de aviso prévio.

Marcia Bello, especialista em relações do trabalho, afirma que a lei não deve retroagir, ou seja, pessoas que foram demitidas antes da nova lei entrar em vigor, não têm o direito a receber o aviso prévio proporcional. "Não entendo que eles têm direito ao aviso prévio proporcional. O artigo constitucional é claro no sentido de que precisaria ter uma regulamentação. Só a partir de regulamentado é que poderia ser pleiteado e as empresas serem obrigadas a pagar o aviso", pondera.

A Seção Especializada em Dissídios Individuais do TST já havia expressado seu entendimento por meio da Orientação Jurisprudencial nº 84, editada em 28/4/1997, que dispõe "a proporcionalidade do aviso prévio, com base no tempo de serviço, depende da legislação regulamentadora, visto que o art. 7º, inc. XXI, da CF/1988 não é auto-aplicável."

A Lei nº 12.506/2011 suprimiu a omissão legislativa e atendeu à disposição do artigo 7º, XXI, da Constituição Federal quanto ao direito à proporcionalidade, contudo, não deverá ser aplicada de forma retroativa, diante do princípio da irretroatividade das normas jurídicas.

Deste modo, os contratos de trabalho que foram rescindidos antes da Lei nº 12.506/2011 devem observar as normas em vigor na ocasião da rescisão, pois constituem ato jurídico perfeito, que deverá ser respeitado em função do disposto no § 1º do artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro e no inciso XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal.

Fonte: Site Contábil

A Contabilização do Simples Nacional


Fomos recentemente questionados sobre a forma de contabilização dos tributos contidos no documento único de arrecadação do Simples Nacional.

O consulente que nos fez tal questionamento disse que, ao fazer o registro contábil, debitava no grupo de tributos incidentes sobre vendas, na conta “Simples Nacional”, o gasto com esse tributo; e creditava no Passivo – “Simples Nacional a recolher” a dívida correspondente.

O Decreto-Lei nº 1.598/77, art. 12, § 1º, diz que a receita líquida de vendas e serviços será a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre as vendas.

Para saber se esse tributo deve ser contabilizado como conta que será diminuída da receita bruta, é necessário saber se o Simples Nacional é um imposto incidente sobre as vendas. Em nossa opinião, o Simples Nacional não é um imposto incidente sobre as vendas, mas, sim, um conjunto de tributos contidos em um único documento de arrecadação, que, coincidentemente, tem por base de cálculo as vendas, as receitas ou o faturamento.

Em corroboração a essa opinião, vamos examinar: As pessoas jurídicas que tributam com base no lucro presumido recolhem o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A base do lucro presumido é a receita, e é sobre essa base que são calculados os referidos tributos. Então, por que esses tributos não são considerados “impostos incidentes sobre as vendas” já que a sua base de cálculo é a mesma do Simples Nacional — a receita?

Na guia única de arrecadação do Simples Nacional, estão contidos diversos tributos, tais como: tributos incidentes sobre produção e circulação de bens e serviços (PIS, COFINS, ICMS, IPI e ISS), tributos incidentes sobre o trabalho (contribuição patronal da previdência), e tributo incidente sobre o lucro (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). A própria lei estabelece os percentuais que tocam a cada tributo, calculados com base na receita bruta. Portanto, o valor de cada tributo é devidamente identificado e a sua base de cálculo é a receita. Logo, o Simples Nacional engloba tributos sobre a produção, o trabalho e o lucro.

Se todos os tributos contidos na guia única de arrecadação do Simples Nacional forem contabilizados em um único grupo — “tributos incidentes sobre a venda”, estaremos superavaliando a produção em detrimento do trabalho e do lucro. Não saberemos, por exemplo, qual foi o valor da contribuição patronal para a previdência, quanto contribuímos para o PIS, para a COFINS, para o ICMS, para o IPI, para o ISS. Não saberemos quanto pagamos de Imposto de Renda sobre o lucro, nem de contribuição social.

Outro problema diz respeito às compensações e/ou restituições de tributos quando houver recolhimento indevido ou a maior do Simples Nacional, já que as compensações são viáveis quando relacionadas a um mesmo tipo de tributo.

Por isso, acreditamos que segregar na demonstração econômica cada um dos tributos contidos na guia única do Simples Nacional seria a melhor técnica contábil. No entanto, quem deve se manifestar a respeito desse assunto são as autoridades normativas da profissão e aqueles que têm autoridade para regular o sentido do termo “impostos incidentes sobre as vendas”.

De qualquer forma, quer use esta ou aquela forma de escrituração contábil, o Contador deve ficar atento a fim de não alterar o seu posicionamento quando está efetuando uma análise econômica. Afinal, as informações contábeis servem de instrumento básico para que o Contador faça as suas análises e a partir daí sugira as devidas providências.

Fonte: Site Contábil

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Jorge Cardoso,cantor, compositor e radialista acriano, morre aos 67 anos


O cantor e compositor acreano, Jorge Cardoso, que fez muito sucesso nos anos 70 e 80, morreu na manhã desta quinta0-feira (30) em uma Unidade de Terapia Intensiva ((UTI)) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco.

Jorge nasceu no município de Xapuri e há mais de quarenta anos de dedicava à música e ao rádio. Na Difusora Acreana, o cantor apresentava um programa de músicas regionais.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tribunal de Contas altera prazo da Resolução n° 69/11

Por Renan Pereira  

O Tribunal de Contas do Estado do Acre alterou o prazo para o envio das informações da execução financeira e orçamentária pelos jurisdicionados. A Resolução anterior, de n° 69/11, previa que os dados deveriam ser encaminhados todos os meses, por meio eletrônico, utilizando o Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade – SAGRES. 
 
Com a edição da Resolução n° 74/12, o envio deverá ser feito até 60 dias após o término do período bimestral a que se referir. Outra novidade diz respeito às mudanças nos layouts de informações. Com relação a ordenador de despesas, agente político e gestor, o conteúdo deve constar apenas no Portal do Gestor, disponível no sítio eletrônico www.tce.ac.gov.br
 
Segundo a analista de controle externo Ana Cláudia Magalhães, que trabalha na coordenação do SAGRES (Sistema da Gestão dos Recursos da Sociedade) no TCE-AC, o aplicativo é “mais uma informação, ferramenta para o analista ter um retrato da unidade gestora quando da realização de um procedimento de fiscalização. O que pode permitir um melhor acompanhamento da execução orçamentária, ampliando-se a transparência”.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Novas regras do CNPJ entram em vigor nesta terça. Veja as mudanças

A partir desta terça-feira (28), entram em vigor as novas regras do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Elas valem apenas para os novos pedidos de registro de pessoa jurídica. As empresas que já estão cadastradas na Receita Federal não vão sofrer nenhum tipo de alteração, segundo Gustavo Ventura, membro da Comissão Nacional de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O Ato Declaratório Executivo Codac n° 1/2012 foi publicado no Diário Oficial da União no dia 22 de agosto pela Receita Federal do Brasil, aprovando a substituição do Anexo XIII pelo Anexo XIV. Ele trata a respeito da inscrição, alteração de dados cadastrais, baixa e certidões do CNPJ.

Diante dessa alteração, as empresas devem seguir novas regras no CNPJ, como explica o consultor tributário da IOB Folhamatic, Antonio Teixeira: “O nome empresarial a ser cadastrado deve corresponder fielmente ao que estiver consignado no ato constitutivo da entidade. Só serão admitidas abreviações quando ultrapassar 144 caracteres”.

De acordo com o analista da Receita Federal Daniel Vieira, cerca de 2,7 mil empresas fazem pedido de registro na Receita Federal todos os meses no Estado de Pernambuco. Dessas grande parte obtém o cadastro. O advogado da OAB Gustavo Ventura alerta que essas novas regras são essenciais para os contadores e advogados de novas empresas que irão em busca do CNPJ a partir desta terça. As novas regras devem ser observadas na hora de organizar os documentos para pedido do registro na Receita Federal sob pena de não obter o cadastro.

Empresa que ultrapassar limite do Simples Nacional precisa deixar regime imediatamente

Nova regra começou a valer este ano. Antes, mudança era feita no ano seguinte.

Com os negócios em alta, a empresa optante pelo Simples Nacional precisa ficar atenta ao faturamento. Caso os números ultrapassem o limite estabelecido em 20%, o empreendimento deverá deixar o regime simplificado no mês seguinte. A nova regra começou a valer no início do ano. Antes, a mudança só precisava ser feita no ano subsequente.
Atualmente, o limite para a Empresa de Pequeno Porte (EPP) no Simples Nacional é de R$ 3,6 milhões ao ano. Na prática, se o faturamento atingir R$ 4,32 milhões em agosto, por exemplo, a empresa deverá optar pelo lucro real ou presumido em setembro.

Outro ponto destacado pela Confirp Contabilidade é para o sócio de duas ou mais empresas. O empresário precisa ficar atento à somatória de faturamento de todas as empresas. Caso o total acumulado ultrapassar o limite, o benefício do regime simplificado será cancelado para todas as empresas.

"Este é um ponto muito delicado destas novas regras que levará muitas empresas à exclusão deste sistema que é muito vantajoso, assim é fundamental ter um controle preciso e constante do faturamento das referidas empresas, e pode ter certeza que muitas sociedades deverão ser repensadas", afirma em nota a consultora tributária da Confirp Contabilidade Evelyn Moura.

Para não ser multado, o empresário precisa pedir a exclusão do Simples Nacional no site do regime. A multa será de 10% do total dos tributos devidos e não poderá ser inferior a R$ 200.

Fonte: Site Contábil

Renato Terra - Bem te vi

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Correção da tabela do IR faria contribuinte pagar até 44% menos

Defasagem tira poder de compra, principalmente, da classe média, apontam números da consultoria Ernst & Young Terco

Bianca Pinto Lima, de O Estado de S.Paulo
O contribuinte teria uma redução de até 44% no valor do Imposto de Renda (IR) devido caso a tabela da Receita Federal tivesse sido corrigida ano a ano pela inflação oficial, aponta estudo exclusivo da consultoria Ernst & Young Terco para o Estado.
 
De 1998, quando a alíquota máxima passou a ser 27,5%, até 2011, a tabela acumulou uma defasagem de 34,17% em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), resultando em um aumento da carga tributária para o contribuinte.
 
Isso porque a tabela ficou congelada de 1998 a 2001 e não sofreu correção em 2003 e 2004. (De 1996 a 1998 também não houve atualização, mas o estudo não compreende este período.) No ano passado, o IPCA acumulou alta de 6,5%, mas a correção do IR foi de apenas 4,5%.
 
Esse índice de reajuste, que é o centro da meta de inflação do governo, será aplicado até 2014, segundo lei já sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Em 2012, contudo, a inflação prevista pelo mercado financeiro já gira em torno de 5% - o que mostra que a defasagem tende a crescer.
 
Atualmente, uma pessoa que tenha um rendimento (salário menos as deduções permitidas) de R$ 4.465, por exemplo, será tributada pela alíquota máxima de 27,5% e terá um imposto devido mensal de R$ 471,35. Caso a tabela tivesse sido atualizada pela inflação (veja as imagens ao final do texto), o contribuinte mudaria de faixa e seria tributado a 22,5%, pagando R$ 263,81. Ou seja, uma diferença de 44% no valor.
 
"Prejudica, principalmente, a classe média, que perde poder de consumo", afirma Carlos Martins, sócio da área de Human Capital da Ernst & Young Terco. Segundo ele, os contribuintes com rendimento entre R$ 1,7 mil e cerca de R$ 4 mil são, porcentualmente, os mais afetados pela falta de correção.
 
O impacto da atualização da tabela fica progressivamente menor à medida que o rendimento aumenta. Quem recebe a partir de R$ 40 mil mensais, por exemplo, teria uma redução inferior a 1% no valor a pagar de imposto.
 
"A defasagem indica que as faixas não cumprem mais o seu propósito. O principio da progressividade continua, mas o propósito daqueles valores se perde", diz a especialista em Imposto de Renda da Thomson Reuters Fiscosoft Juliana Ono.
 
Na opinião da tributarista, se a tabela não é constantemente adequada à desvalorização do dinheiro, a tributação não fica equivalente. Juliana ressalta, contudo, que a inclusão das faixas intermediárias de 7,5% e 22,5%, em 2009, reduziu esse impacto.
 
"É praticamente um confisco porque, ao não repassar a inflação, o governo eleva o imposto. É uma forma indireta de aumentar a carga tributária", diz o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Maria Chapina Alcazar. Ele admite, no entanto, que o orçamento do governo não teria como suportar uma correção integral e diz que é necessário pensar daqui para frente.
 
"É necessário que a legislação seja modificada para que a tabela passe a ser alterada pelos índices inflacionários", diz Alcazar. Para ele, os ajuste reais não causariam perda de arrecadação, uma vez que as pessoas consumiriam mais e pagariam mais tributos em bens e serviços.
 
 Fonte: FENACON

Resistência a sair do Simples leva empresas a evitar crescimento

Na mudança de sistema de cobrança de tributos, alíquota salta de 4% no lucro presumido para 18% no real.
Em se tratando de matéria tributária, o grande ponto discutido pelo empresariado é a necessidade de simplificar a cobrança de impostos, principalmente o ICMS, segundo expuseram economistas e especialistas durante o seminário “O modelo fiscal brasileiro e seus impactos sobre as iniciativas empreendedoras", realizado na última sexta-feira com o apoio do grupo Ejesa, por meio do Brasil Econômico e do jornal O Dia.
De acordo com Everardo Maciel, ex-secretário da Fazenda Federal, o ICMS tem entre 40 e 50 alíquotas diferentes, estabelecidas pelos estados. Além disso, há uma série de “guias conflitantes" que devem ser preenchidas manualmente.
Diante desse emaranhado, o vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Mateus Ordine, classifica o atual sistema como perverso e inibidor da competitividade da indústria nacional, com impacto negativo principalmente sobre as pequenas e médias empresas. “Os investidores se sentem acuados diante de um sistema tão complexo. O ICMS virou o samba do crioulo doido", disparou, destacando que o problema leva muitas empresas a limitar as atividade. Afinal, expandir o negócio pode significar exclusão do Simples – sistema tributário diferenciado para pequenas empresas. “É ter de sair do do lucro presumido, com alíquota de até 4% sobre o faturamento, para o real, em que será onerado em 18%", diz, apontando que a escalada de índices leva também a situações de insolvência fiscal. Esse resultado, de acordo com Ordine, faz com que as empresas sejam vistas como sonegadoras perante a Receita Federal. Acontece que o cumprimento das obrigações é extremamente dificil, já que o empresário não partilha das complexidades do universo tributário, segundo o especialista.
Soluções
Para amenizar o problema, Roberto Mateus Ordine sugere que sejam eliminadas as redundâncias de formulários e obrigações acessórias. A nota fiscal eletrônica, segundo ele, já é um sinal de avanço nesse sentido, ainda que tímido. O canal eletrônico permite enviar informações para a Secretaria da Receita Federal, que tem conexão com as secretarias de estado da Fazenda. “A informatização de todo o sistema tributário vai permitir que o Estado tenha um controle de dentro para fora. Algo que ainda não existe, já que é difícil ter informações conexas com calhamaços de papel. É preciso trabalhar sem papel, por meio da tecnologia”, aponta. Ainda segundo ele, as empresas estão muito envolvidas com burocracias de informação fiscal e perdendo o foco em sua atividade, que é produzir. “Essa responsabilidade deve ficar mais com o fisco. O empresário deve parar de perder tempo com os papeis”, reclama.
Com a palavra, o advogado tributarista Pedro Guilherme Lunardelli foi enfático ao afirmar que ainda não há ninguém capaz de consolidar as exceções do PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) criadas todos os dias pela Receita. “A presidente Dilma Rousseff pode exigir isso do órgão”, diz. Para o presidente do conselho econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Paulo Rabello de Castro, a solução é criar a URV (Unidade Real de Valor) fiscal, que unificaria os tributos.
Texto confeccionado por: Cristina Ribeiro de Carvalho

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Receita vai unificar dados de trabalhador


O governo vai apertar a fiscalização sobre as informações dos funcionários fornecidas pelas empresas. A partir de janeiro do ano que vem, as firmas terão de enviar ao governo uma única declaração sobre a folha de pagamento no lugar das 11 que estão obrigadas a encaminhar aos diferentes órgãos públicos. Atualmente, existem declarações distintas para Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), benefícios da Previdência e o FGTS, que são enviadas pelas empresas a várias órgãos.

A Escrituração Fiscal Digital Social (EFDSocial) será controlada pela Receita, que, como os outros órgãos fiscalizadores, poderá cruzar os dados para dar eficiência ao processo de fiscalização. Ou seja, o Fisco terá como comparar os números declarados sobre o IRRF com os valores recolhidos para o FGTS, por exemplo. Tudo isso será feito de forma automática pelo sistema. Hoje, se precisarem fazer este cruzamento, os fiscais precisam solicitar as informações a cada um dos outros órgãos envolvidos.

Ao GLOBO, o subsecretário de Fiscalização da Receita, Caio Candido, garantiu que somente as informações serão tratadas pelo Fisco. Segundo ele, a Receita não tem interesse em administrar as contas do FGTS, por exemplo, que continuará a cargo da Caixa Econômica Federal e regido pelo Conselho Curador.

— Os dados serão coletados em conjunto. Mas cada órgão usará as informações para continuarem as suas competências — afirmou Candido.

Ingerência no FGTS preocupa

Reportagem publicada pelo GLOBO no último domingo mostrou que o governo tem usado cada vez mais os recursos do FGTS no programa Minha Casa, Minha Vida, colocando em risco o patrimônio líquido do Fundo, além de confiscar parte de suas receitas para fazer superávit primário.

Integrantes do Conselho Curador do FGTS temem que a inclusão do Fundo na folha digital, como defende a Receita, poderá representar um risco a mais pelo fato de o governo começar a encarar o FGTS, que é privado, como um tributo e, portanto, sujeito a ingerências ainda maiores.

Fonte: Site Contábil

Nível de pontualidade nos pagamentos das MPEs sobe e atinge 95,6% em julho

Segundo a Serasa, no mês passado, a cada 1 mil pagamentos, as MPEs pagaram 956 à vista ou com atraso de até 7 dias

A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas atingiu 95,6% em julho deste ano, aponta o Indicador Serasa Experian da Pontualidade de Pagamentos das Micro e Pequenas Empresas, divulgado nesta sexta-feira (24).

No sétimo mês do ano, de cada 1.000 pagamentos realizados, 956 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias.

Na comparação com o mesmo mês de 2011, a pontualidade cresceu 0,7 ponto percentual. Já na comparação com o mês imediatamente anterior, ou seja, junho, a pontualidade de pagamento subiu 0,1 ponto percentual, já que no período o resultado foi de 95,5%.

De acordo com os economistas da Serasa, o indicadoras sucessivas reduções das taxas de juros têm reduzido o custo financeiro das micro e pequenas empresas, permitindo-lhes melhorar seus níveis de pontualidade de pagamentos. "Como antes de se tornarem inadimplentes, as empresas costumar atrasar pagamentos, a melhora pela oitava vez consecutiva na comparação interanual da pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas sinaliza um cenário mais favorável para a evolução da inadimplência empresarial ao longo deste segundo semestre de 2012", informam.

Pontualidade por setor

De acordo com a pesquisa, o setor comercial vem apresentando os maiores níveis de pontualidade de pagamentos. Em julho, o setor atingiu o patamar de 96,2%. Já o setor industrial aprentou pontualidade de 95%. O mesmo não ocorreu com as empresas do setor de serviços, que resgistraram um recuo na pontualidade, atingindo 94,9%.

Valores pagos em julho

Durante o mês de julho deste ano, o valor médio de pagamentos efetuados pontualmente pelas micro e pequenas empresas atingiu R$ 1.839, ou seja, um aumento de 2% em relação ao registrado em junho deste ano. Já na comparação com julho do ano passado, o crescimento registrado foi de 7,1%.

Segundo a Serasa, o valor médio dos pagamentos pontuais efetuados pelas micro e pequenas empresas do setor de serviços continua sendo o mais elevado: R$ 2.111 contra R$ 1.841 do setor comercial e R$ 1.619 do setor industrial, registrados em julho.

O Indicador Serasa Experian da Pontualidade de Pagamentos das Micro e Pequenas Empresas se baseia em dados de 600 mil micro e pequenas empresas, em um total de 8 milhões de pagamentos registrados mensalmente.

Fonte: Site Contábil

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Rescisão de contrato de trabalho terá novos documentos a partir de novembro

A partir de novembro, todas as rescisões de contrato de trabalho deverão utilizar o novo modelo do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT) instituído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A partir de 1º de novembro, rescisões feitas em outros modelos não serão aceitas pela Caixa Econômica Federal para liberação de Seguro Desemprego e da conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
 
O novo TRCT detalha as parcelas e deixa mais claro para o trabalhador o valor das verbas rescisórias. Na informação sobre o pagamento de férias, por exemplo, são discriminadas férias vencidas e as em período de aquisição, facilitando a conferência dos valores pagos.
 
O TRCT será utilizado em conjunto com dois documentos, o Termo de Quitação nas rescisões de contratos de trabalho com menos de um ano de serviço, e o Termo de Homologação, para as rescisões de contrato com mais de um ano de serviço.
 
Em todo contrato com duração superior a um ano é obrigatória a assistência e homologação da rescisão pelo sindicato profissional representativo da categoria ou pelo MTE. O objetivo é garantir o cumprimento da lei e o efetivo pagamento das verbas rescisórias, além de orientar e esclarecer as partes sobre os direitos e deveres decorrentes do fim da relação empregatícia.
 
O secretário de Relações do trabalho, Messias Melo, explica que, até 31 de outubro, as rescisões poderão ser feitas no novo TRCT ou no modelo antigo. Entretanto, diz o secretário, a recomendação do MTE é para que as empresas passem a utilizar o Novo TRCT e os Termos de Quitação e Homologação imediatamente. “Os novos documentos dão mais transparência ao processo e mais segurança ao trabalhador no momento de receber sua rescisão”, afirmou Messias.
 
A íntegra da portaria 1.057/2012 e os modelos dos novos termos de Rescisão do Contrato de Trabalho, de Quitação e de Homologação estão disponíveis aqui.
 
Assessoria de Comunicação Social - MTE

Serviços de consultoria empresarial é atividade que mais opta por Eireli


Com a facilidade de constituir uma Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), muitas empresas estão optando por essa modalidade jurídica. Para se ter uma ideia, nos primeiros seis meses em que ela se tornou opção para empresas, mais de 5,8 mil foram criadas no estado de São Paulo.

Com isso, a Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) divulgou um ranking que traz as principais atividades que constituíram Eireli no primeiro semestre deste ano. Os serviços de consultoria empresarial lideram entre as dez empresas citadas na lista, com total de 356.

Em segundo lugar aparecem os restaurantes, pizzarias e similares, com 236 empresas que optaram pelo modelo. Em seguida se destacam também o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 230; os serviços combinados de escritório e apoio administrativo (167) e o transporte rodoviário de carga intermunicial, com 157 do total.

Na sexta posição está construção e reforma de imóveis, com 152, acompanhada por transporte rodoviário coletivo de passageiros (147). na oitava posição, o transporte rodoviário de carga municipal é quem se destaca, com 144 empresas.

Eireli

Em prática desde janeiro deste ano, qualquer pessoa que exerça atividade econômica pode constituir uma Eireli de forma individual. Essa modalidade, diferentemente das outras, necessita somente de um titular para ser aberta. Ela também viabiliza a exploração da atividade econômica com limitação da responsabilidade, ou seja, quando o patrimônio pessoal do titular não responde pelos débitos da empresa. O capital mínimo exigido para sua abertura é de 100 salários mínimos.

Texto confeccionado por: Luiza Belloni Veronesi

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Preparando um bom profissional desde a infância


A maneira como criarmos nossos filhos terá grande influência no estilo de profissionais que eles se tornarão

Assim como nunca é tarde para investir na carreira, nunca é cedo demais para formar um bom profissional, já que é nos primeiros anos de vida que se define em grande parte a chance de prosperidade intelectual e emocional de um indivíduo.

A Neurociência Comportamental indica que, de 0 a 8 anos de idade, as crianças recebem e processam informações que serão vitais para o desenvolvimento, o aprendizado e também para a formação da personalidade. Padrões de pensamentos, comportamentos, valores, princípios, motivadores e mapas mentais são lentamente construídos nessa fase. As crianças que não desenvolvem suas principais habilidades pessoais nos primeiros anos de vida terão mais dificuldades em assimilar essas capacidades na vida adulta. Resumindo, a maneira como criarmos nossos filhos terá grande influência no estilo de profissionais que eles se tornarão.

Na adolescência, devemos nos aperfeiçoar nas matérias escolares que mais gostamos. Se seu filho é bom em português, incentive-o a aprender mais sobre esta disciplina. Se ele odeia matemática, convença-o a tirar nota para não ser reprovado. Dificilmente você ou qualquer professor conseguirá transformá-lo em uma fera dos cálculos.

Nesta fase, outra escolha importante e que será fundamental para a vida profissional é qual faculdade cursar. O que deveria valer é a vocação da pessoa. Estudar e fazer o que se gosta, na área em que é mais habilidoso, mesmo que num primeiro momento não garanta muito dinheiro, no futuro será onde o profissional se sairá melhor e será bem sucedido.

Ingressou na faculdade? Os estágios são fundamentais e quanto mais relacionados às aptidões e pontos fortes do estudante, melhor será o aproveitamento. Estágios são também o grande laboratório para saber se aquilo que estamos estudando tem realmente a ver com o que almejamos para o futuro. Por isso quanto antes começar melhor.

Por fim, próximo da conclusão do curso, seria muito interessante o estudante procurar um bom programa de trainees. Nesta época do ano, estão abertas as inscrições dos maiores programas de trainees do Brasil. A concorrência é acirradíssima, mas a maioria dos candidatos não está bem preparada. As chances de quem tem um bom histórico de estágios, boas notas e é dedicado são muito maiores. Ter no currículo um programa de trainees de uma grande empresa já mostra que o profissional é diferenciado e certamente contará pontos para a vida toda.

A conclusão é que bons profissionais são formados desde a infância e não apenas nos últimos anos da faculdade.

Texto confeccionado por: Eduardo Ferraz. Consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos.

Fonte: Site Contábil

Normas tributárias e a nova contabilidade

A contabilidade no Brasil passa por profunda modificação desde a Lei nº 11.638, de 2007, consistente em adotar as normas internacionais (IFRS). O intuito é gerar demonstrações financeiras adequadas à substância econômica da sociedade, além de permitir a comparabilidade entre empresas de diferentes países. Já na esfera fiscal, foi criado o Regime Tributário de Transição (RTT), de modo a evitar efeitos fiscais derivados do novo tratamento contábil. Não se trata de solução definitiva e a persistência dessa situação transitória por vários anos gera custos para as empresas, as quais têm mantido apurações paralelas (contábil e fiscal), sem saber o que ocorrerá no futuro.

Este é o cenário atual, no qual se discute qual deve ser o tratamento tributário definitivo frente à nova contabilidade. No passado, as demonstrações financeiras eram tidas como base segura para possibilitar a apuração de diversos tributos. Desse modo, as esferas contábil e fiscal tinham proximidade. Contudo, o rápido exame de características das normas derivadas das IFRS leva a questionamentos quanto ao limite de utilização da contabilidade como base para a apuração de tributos.

A nova contabilidade é calcada, fundamentalmente, na visão econômica dos fatos. Por exemplo, não se trata de registrá-los em função de sua natureza jurídica. Uma empresa pode ser a proprietária jurídica de certo bem, mas este não constar em seu balanço patrimonial. Inversamente, outro direito, distinto do de propriedade, talvez deva ser registrado no ativo da sociedade, se ele garantir os benefícios, riscos e controle desse bem.

Por se amparar nessa visão econômica, a contabilidade passa a ser dotada de maior dose de subjetividade e imprecisão. Daí a utilização de critérios como valor justo, valor em uso, "impairment" e outros.

A sistemática das normas contábeis internacionais, pautada mais em princípios do que em regras, reforça a subjetividade. Os princípios são menos determinados do que as regras. Desse modo, possibilitam maior atenção à situação individual, mas dificultam a padronização de tratamento.

Outro ponto a destacar é a visão mais prospectiva do novo sistema contábil. Não se deve mais entender as demonstrações financeiras como "retratos do passado". Elas devem prestar-se também a dar visão prospectiva da atividade empresarial sobre seu futuro.

Por fim, em uma sociedade em constante e rápida transformação, é inviável que as normas contábeis sejam submetidas ao lento processo de aprovação de leis pelo Poder Legislativo. Por isso, elas passaram a ser definidas por órgão técnico (Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC), sendo aprovadas pela CVM.

As normas contábeis internacionais reforçam a subjetividade

Feito esse panorama, retoma-se a dúvida quanto à utilização, na esfera tributária, das normas contábeis internacionais adotadas pelo Brasil. Por exemplo, seria inadmissível que normas contábeis não contidas em lei, mas meramente aprovadas por CPC e CVM, integrem a apuração da base de cálculo de tributos ou seria aceitável uma legalidade mitigada, em que a norma tributária limitar-se-ia a remeter aspectos essenciais da formação da base de cálculo às normas aprovadas por tais órgãos técnicos?

Outra questão: a apuração de resultados contábeis pautada pela mencionada visão prospectiva das demonstrações financeiras seria compatível com os parâmetros que pautam a tributação da renda e da receita? O IR tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda. Ou seja, mede-se a renda adquirida e para isso olha-se o passado, sem se importar com expectativas futuras.

Ainda mais: grande parte de todo o arcabouço jurídico-tributário (constitucional e legal) parte da necessidade de fornecer um elevado nível de segurança e certeza. Assim é não somente por interesse da sociedade, para proteção contra o Estado, mas por necessidade deste, o qual carece de normas objetivas e padronizadas que possibilitem a praticidade na arrecadação. Normas contábeis principiológicas e subjetivas atenderiam a esses anseios da atividade de tributação?

Finalmente, o tratamento definitivo dos eventuais efeitos tributários das normas contábeis internacionais não deve resultar em perda da garantia de demonstrações financeiras das empresas brasileiras mais confiáveis e sucetíveis de serem comparadas com empresas em diferentes países. Não é aceitável que a contabilidade volte a sofrer interferência de regras de conteúdo fiscal.

Perceptível a complexa atividade de compatibilizar as normas tributárias à contabilidade internacional. O desafio é comparável ao do momento de criação da Lei das S.A e do Decreto-lei nº 1.598, de 1977.

Há notícias de que o Poder Executivo estaria finalizando as normas que substituirão o RTT e que em breve deverá submeter ao Poder Legislativo uma medida provisória nesse sentido. Torcemos para que os últimos anos tenham sido suficientes para encontrar o melhor tratamento possível e que exista tempo e abertura no Poder Legislativo para que o trabalho do Executivo possa, se necessário, ser aperfeiçoado.

Texto confeccionado por: Jimir Doniak Jr

Exame de Suficiência busca a consolidação


Ele ainda é um jovem, inexperiente. Enfrenta algumas dificuldades naturais da tenra idade, mas procura aprender com os erros para evoluir. Retomado com caráter obrigatório para o exercício da profissão em 2011, o exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) segue rumo à maturidade. Após três edições com resultados oscilantes, o objetivo é consolidar um patamar de aprovação maior nos próximos anos. E o passo seguinte neste processo será dado em 23 de setembro, quando a avaliação ocorre pela quarta vez consecutiva.

“Acreditamos que, a partir do sexto exame, vamos ter resultados na faixa de 65% a 70% de aprovação. A prova é um importante instrumento de proteção para a sociedade, que diz se o nosso profissional está apto a exercer a profissão”, acredita o presidente do CFC, Juarez Domingues. Enquanto esse índice elevado de efetividade não chega, a situação de momento preocupa o dirigente. Nem metade dos bacharéis inscritos nas provas já realizadas conseguiu aprovação.

O cenário, na avaliação do presidente do CFC, demonstra a necessidade de melhoria no ensino da contabilidade. Apenas desta forma será possível alcançar resultados positivos na prova de forma permanente, na avaliação de Domingues. Neste sentido, ele enfatiza que há carência de investimentos nas estruturas oferecidas pelas universidades, como bibliotecas e laboratórios, e na capacitação dos docentes.

A escassa quantidade de mestres e doutores nas faculdades brasileiras é um dos principais pontos a ser tratado. “Mais de 90% das universidades brasileiras não têm mestres e doutores. A maioria das instituições não quer investir na formação dos seus professores. Mudar isso é determinante para haver melhoria no processo de ensino”, defende Domingues. Para estimular o aperfeiçoamento desses profissionais, o Conselho Federal fechou parcerias com as universidades portuguesas de Aveiro e Minho. Os acordos devem entrar em vigor em 2013. A intenção é, em dois anos, disponibilizar 110 vagas para professores que desejam se tornar mestres ou doutores.

Entretanto, a responsabilidade pelo desempenho abaixo da média constatado até então não é somente dos cursos. “O ensino não é uma via de uma mão só. É necessário que o aluno queira estudar, procure se aprimorar e busque novos conhecimentos. Acredito que estava faltando um pouco dessa atitude nos primeiros exames, mas agora isso está começando a mudar”, analisa Clóvis Kronbauer, professor de Ciências Contábeis na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

Quem aposta na preparação para a prova acaba colhendo os frutos. É o caso da contadora Simone Leite, formada na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) no início de 2011. Ela conseguiu a aprovação logo no primeiro teste conduzido pelo CFC. “Em dois sábados, participei de um grupo de estudos que os professores da faculdade organizaram para tirar dúvidas. Isso me ajudou bastante”, diz. Além disso, Simone procurou os exames anteriores, quando o cunho ainda não era obrigatório, para revisar os conteúdos abordados.

Universidades gaúchas procuram aperfeiçoar o ensino contábil

As médias oscilantes em todo território nacional, nas provas realizadas até o momento, acabaram tendo reflexos na rotina da sala de aula. Até mesmo universidades com bons índices de aprovação têm procurado aperfeiçoar o ensino da contabilidade a fim de deixar seus estudantes mais bem preparados para o teste. No Rio Grande do Sul a situação não é diferente. Algumas das principais faculdades do Estado fizeram mudanças de distintos cunhos, da metodologia à bibliografia.

A coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Metodista do IPA, Neusa Monser, lembra que a retomada da prova coincidiu com um momento de transição para a contabilidade brasileira, envolvendo diversas alterações nas leis e processos. “Apenas nos últimos dois anos começaram a sair livros com uma orientação mais consolidada. Esse gap entre as modificações na profissão e a produção de livros pode ter impactado nos resultados do exame”, acredita.

Após um desempenho abaixo do esperado na primeira avaliação, o IPA conseguiu 73% de aprovação na prova seguinte. Resultado que passou por mudanças na abordagem dos professores em relação a alguns temas e nos livros utilizados como material de apoio.

As grades curriculares dos cursos superiores de todo o País já vinham sendo adaptadas à nova realidade contábil vigente desde a adoção das normas internacionais, em 2009. Mesmo assim, o exame de suficiência se tornou um elemento para balizar decisões e reforçar alguns conteúdos. “Os exames realizados até agora pegaram muitos alunos que entraram na faculdade com uma normativa contábil e concluíram o curso com outra. Por isso, reforçamos algumas disciplinas e organizamos palestras e simpósios”, constata Clóvis Kronbauer, professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Com isso, a instituição conseguiu uma taxa de 70% de aprovação no segundo teste realizado.

Com uma graduação voltada à controladoria e finanças, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) também utilizou a exigência para fazer reflexões. “Estamos mapeando as provas e, de certa forma, inserindo nas disciplinas perguntas com a mesma estrutura das cobradas no exame”, salienta o coordenador da faculdade de Ciências Contábeis, Saulo Armos. Além disso, Armos destaca que a avaliação foi levada em consideração na hora de escrever o novo projeto pedagógico do curso, que será implementado em 2013.

Mercado passa a contar com cursos preparatórios

O exame de suficiência realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) abriu espaço para um novo mercado: o de cursos preparatórios. O desenvolvimento desse nicho, porém, ainda é lento. Pelo fato de a retomada da prova ser recente, poucas instituições ofertam capacitações revisando os conteúdos exigidos na avaliação. A tendência, no entanto, é que esse tipo de serviço na área contábil ganhe cada vez mais força.

No momento, achar um cursinho em Porto Alegre é tarefa de gincana. O Instituto Insero é um raro caso de espaço que possui esse item no portfólio. A partir da segunda edição do exame, no segundo semestre de 2011, a empresa passou a disponibilizar uma oficina preparatória com duração de dois meses e meio. “Eu e o meu sócio somos da área, vimos que não tinha nada parecido sendo ofertado e então idealizamos o curso. Por sermos contadores e docentes, sabemos o que esses alunos precisam”, acredita Wilson Danta, professor e presidente da instituição.

A cada nova prova realizada, uma turma é aberta pela Insero. A quantidade de alunos, porém, tem sido abaixo do esperado. Das 30 vagas oferecidas a cada edição, geralmente 15 delas são preenchidas. “Os estudantes ainda não acordaram para a prova, estão achando que é fácil”, opina Danta. O curso possui 17 disciplinas, abordando temas como auditoria, controladoria, estatística, perícia e normas de contabilidade. Ao todo, são 96 horas/aula para bacharéis e 56 horas/aula para técnicos. Segundo Danta, no exame passado, o grau de aprovação dos alunos superou 70%. Em breve, o Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre (SCPA) também pretende ingressar nessa área, a partir de 2013.

Fonte: Site Contábil

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Profissão de contador vive bom momento no mercado


A carreira de contador vive um bom momento. Segundo entidades do setor, a maioria dos graduados é absorvida pelo mercado de trabalho imediatamente após a formatura. Aumento de investimentos estrangeiros e a adoção de regras internacionais de contabilidade estão provocando aumento na demanda por profissionais. Como consequência, os salários também estão ficando mais altos.

Divulgada na última semana, a 5ª Edição do Guia salarial da Robert Half, empresa de recrutamento especializado, mostra que os salários de profissionais com cargos de gerência na área de contabilidade e finanças tiveram valorização de 15% a 20% no último ano. O piso salarial de um coordenador contábil, por exemplo, pode chegar a R$ 13 mil.

Os setores mais aquecidos com relação à demanda desses profissionais são os de bens de capital, construção civil, petróleo e gás. “O atual momento do Brasil e investimentos para Olimpíadas e Copa do Mundo fazem com que esses segmentos demandem mais profissionais”, diz a gerente de recrutamento da Robert Half, Marcela Esteves.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP), Luiz Fernando Nóbrega, um recém-graduado com boa formação entra no mercado com remuneração de ao menos R$ 2 mil. “Vivemos um excelente momento. Surgem muitas vagas e se formam poucos profissionais. Falta mão de obra”, afirma ele. O CRC estima em 15 mil o número de contadores que se formam anualmente, mas não possui dados sobre a falta de profissionais. Oficialmente, são 500 mil registrados no Brasil, sendo 140 mil no Estado de São Paulo.

Para o coordenador do curso de graduação em ciências contábeis da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Márcio Luiz Borinelli, a boa fase pode ser explicada por um conjunto de fatores.

“Cada vez mais há investidores estrangeiros chegando ao Brasil. Nesse sentido, as empresas crescem ou mudam de configuração, sendo então obrigadas a cumprir exigências contábeis. Para isso, precisam de contadores”, diz o professor.

A estudante Viviane Rinaldi vai se formar no fim do ano, mas já foi efetivada. “O mercado está aquecido”, observa. Ela, porém, diz que esse quadro não é garantia de sucesso. “É fácil encontrar trabalho. Mas para ficar e crescer, tem de trabalhar muito. É preciso ter dedicação total, porque as leis mudam muito.”

Viviane conta que chegou a receber uma proposta por semana. Recebia convites de conhecidos, ligações de empresas, e-mails para entrevistas, além de informações de processos seletivos de grandes companhias.

Para ela, isso pode ser um canal de negociação para melhorias de salário. Na empresa onde trabalha (Viviane pediu para não identificar), se um profissional de qualidade recebe uma oferta de emprego, é muito provável que haja uma contraproposta de promoção ou aumento salarial.

Reguenild Kartnaller da Costa acaba de se formar e vivencia um cenário parecido. Mesmo enquanto era estudante, recebia diversas propostas. “Eu estava em uma empresa da indústria moveleira. Ligaram para mim de outra companhia com uma proposta e acabaram me levando. Não tive nem tempo de respirar”, afirma. Hoje, ela trabalha em uma grande companhia de aviação.

Reguenild acredita que o segredo está na dedicação. “Não é porque sai de uma faculdade, que está totalmente preparada. Tem de estudar muito”, diz. Para ela, um profissional desatualizado vai encontrar dificuldades para conseguir um emprego.

Foi buscando essa atualização que Geoge Sussumu Chinen resolveu cursar ciências contábeis. Formado em administração, ele era gerente financeiro da organização onde trabalha, mas viu a necessidade de iniciar o segundo curso ao precisar fazer diversas atividades de contador. Para ele, é importante ter contato com as áreas de atuação para depois decidir qual rumo seguir.

De acordo com Nóbrega, são várias as opções de áreas com grande crescimento. O campo de auditoria é crescente e o de perícia contábil oferece bons salários. “No terceiro setor também há oportunidades promissoras. Elas têm contabilidade bastante específica e rígida por precisarem fazer prestação de contas”, conta. Apesar disso, cerca de 30% das contratações estão nos tradicionais escritórios de contabilidade.

Desafios. O mercado brasileiro de ciências contábeis passa por grandes mudanças. Em 2005, o País aderiu às normas internacionais de contabilidade. Houve prazo de adaptação até que em 2010 as empresas tiveram de fechar suas planilhas de contabilidade dentro das novas regras.

De acordo com Borinelli, o profissional formado no Brasil ganhou mais visibilidade e pode até atuar fora do País. Apesar disso, ainda falta profissional com conhecimento das normas internacionais. “Conheço coordenadores de RH de grandes empresas que demoraram até um ano para encontrar esse tipo de profissional.”

Fonte: Site Contábil

Receita libera programa gerador da Declaração do Imposto Territorial Rural


De acordo com a Receita, a multa mínima para quem perder o prazo de envio é R$ 50.

O programa gerador da Declaração do Imposto Territorial Rural está disponível no site da Receita Federal.

Após o preenchimento da declaração, o contribuinte deverá utilizar o aplicativo Receitanet, encontrado também no site da Receita, para enviá-la. O prazo de entrega termina às 23h59min59s (horário de Brasília) do dia 28 de setembro.

São obrigados a apresentar a declaração o proprietário, o titular do domínio útil e o dono a qualquer título de imóvel rural, exceto o imune ou isento. Mas, se houve mudança nas informações cadastrais referentes ao imóvel rural, quem for imune ou isento terá também que declarar.

Fonte: Site Contábil

Empresário brasileiro é um verdadeiro herói, diz Fecomercio

São muitos os obstáculos que impedem o crescimento da competitividade do Brasil em relação a países com menor desenvolvimento. Com isso, a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) levantou as principais medidas para ampliar a competitividade do País no mercado externo, como Investimentos em educação, redução da Taxa de Juros e tributação.

Durante o fórum "Competividade: O Calcanhar de Aquiles do Brasil: Fragilidade e Superação", realizado na última segunda-feira (20), o presidente do Conselho Superior de Direito da FecomercioSP, Ives Gandra Martins, afirmou que um dos entraves para o desenvolvimento do País está na questão jurídica.

Homem - Negócios - Empresário

"Sempre que o Poder Judiciário "faz a lei" no lugar do Legislativo temos uma insegurança jurídica. Por isso, considero o empresário brasileiro um verdadeiro herói, porque sem segurança jurídica não há Economia de mercado", disse.

Para o presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP, José Pastore, um erro comum acontece quando uma empresa, trabalhadores e sindicatos, resolvem fazer alguma convenção em que nenhuma das partes saia prejudicada. "Apesar disso, o Judiciário pode cancelar o acordo de forma tributária e isso é extremamente prejudicial para todos", acrescenta.

Além desses entraves, outro ponto que precisa ser revisto no Brasil é a redução de juros e tributação tanto na Produção quando na exportação. "A Expansão da classe C ampliou significativamente o consumo no Brasil, o problema é que como a competitividade foi desfavorável, grande parte deste potencial "vazou" para as importações", explica o professor da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda. De acordo com ele, o desafio é manter um ritmo de crescimento razoável, mas criar condições para a geração interna de produtos.

Educação

Os especialistas também abordaram o desafio da educação no País. "A nossa escola precisa de uma transformação brutal. Hoje, temos uma escola pública pobre para os pobres. Com má educação, professores mal remunerados e mal capacitados e sem nenhuma ligação com o setor produtivo", alerta o diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio.

Apesar das dificuldades neste campo, Pastore analisa que algumas iniciativas mostram aberturas para se pensar em um futuro melhor. "Isso vai ajudar todos nós a exigirmos mais resultados da educação. E quando a cobrança é de baixo para cima, o resultado aparece", finaliza.

Fonte: Site Contábil

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mercado de luxo se profissionaliza e paga salários de até R$ 60 mil

As empresas querem pessoas que entendam sobre a marca. A ideia é que o cliente tenha o mesmo tratamento se fosse comprar o produto/serviço no exterior.

O mercado de luxo está em expansão no Brasil. Um estudo divulgado pelo BCG (Boston Consulting Group) revelou que o setor deve crescer 12% nos próximos dois anos. A expansão do setor reflete no mercado de trabalho.

O especialista em luxo e autor do livro “O Mercado de Luxo no Brasil: Tendências e Oportunidades”, Claudio Diniz, explica que o mercado de trabalho se profissionalizou nos últimos anos, com isso as empresas estão muito mais exigentes no processo seletivo.

Diniz afirma que antes, era comum que as vendedoras fossem da classe A, sendo filhas de empresários ou políticos. O problema, segundo ele, é que as marcas ficavam em uma saia justa ao demitir estes profissionais. “Foi o que aconteceu na Daslu. Como quem trabalhava na loja, frequentava o mesmo mundo das clientes, não existia um limite.”

Hoje, o cenário é diferente, as empresas buscam profissionais que entendam sobre o setor, mas que não são, necessariamente, consumidores deste segmento. “Entender do mercado do luxo, não quer dizer que você tem de ser um consumidor do luxo.”

Onde estão as vagas

As empresas querem pessoas que entendam sobre a marca. A ideia é que o cliente tenha o mesmo tratamento se fosse comprar o produto/serviço no exterior. Para isso, muitas empresas oferecem treinamento na Europa e EUA. Foi o que aconteceu em algumas lojas do recém-inaugurado shopping JK Iguatemi, em São Paulo, como a joalheria Van Cleef & Arpels.

A porta de entrada deste mercado está na área de vendas. Para os vendedores, o salário varia de R$ 7 mil a R$ 10 mil. Um subgerente ganha R$ 14 mil, gerente entre R$ 16 mil e 18 mil e diretor de R$ 40 mil a R$ 60 mil.

O salário alto foi o que chamou atenção da gerente de e-commerce da Lolitta, Nathalia Fernandes. Formada em Moda, ela enxergou no mercado uma possibilidade de ganhar mais do que se trabalhasse em empresas de outros setores. “O salário é mais atraente”.

Mas para ganhar bons salários, os profissionais têm de passar por processos seletivos exigentes. Nathalia diz que já participou de processos seletivos que duraram seis meses. “Eles querem saber tudo sobre a sua vida.”

Além disso, os profissionais depois de aprovados são monitorados por olheiros. “Soube de uma pessoa que foi demitida porque não atendeu bem um cliente. O problema é que a cliente era uma pessoa enviada pela marca.”

Perfil

O atendimento é um pontos priorizados por estas marcas, por isso, quem sabe atender bem se destaque frente ao demais. De acordo com a diretora da Human Trace, Mayra Rocha, as empresas procuram profissionais que saibam tratar o cliente com “gentileza” e tenham “elegância ao falar”, ou seja, português corretamente, tom moderado de voz e que não usem gírias.

Não é necessário ter nível Superior, mas ter alguma vivência no exterior conta pontos durante o processo, já que muitas marcas são estrangeiras. “Entender a cultura é importante.” Diniz acrescenta ainda que é fundamental ter conhecimento na língua inglesa. “Também é indicado que o profissional fale espanhol ou francês. ”

Fonte: Administradores

Caixa exige certificação digital para recolhimento do Fundo de Garantia


A partir do próximo dia 30, todas as empresas com mais de dez funcionários terão de usar certificação digital do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) para realizar operações com a Caixa Econômica Federal, via internet, relacionadas com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e com o repasse de informações à Previdência Social.

A Caixa informa que a alteração decorre da necessidade de adaptação do programa de Conectividade Social (CS) às determinações da Medida Provisória 2.200/2001, que rege a validade jurídica de documentos eletrônicos.

Destaca também que o uso da Infraestrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil) da ITI facilita a conectividade e a torna mais segura.

De acordo com dados da Caixa, mais de 3 milhões de empresas usam o Conectividade Social todos os meses para informações relacionadas ao FGTS e à Previdência Social. Em torno de 1,6 milhão dessas empresas já está registrado pelo padrão ICP-Brasil.

Atualmente, 35,5 milhões de trabalhadores recebem depósitos mensais em contas vinculadas ao FGTS, que conta com ativo de mais de R$ 300 bilhões.

Essa movimentação possibilita saques de aproximadamente 2,5 milhões de empregados por mês, o que exige modernização do sistema e toda a segurança possível, nos termos da Circular nº 566 da CEF.

Torna-se necessário, portanto, que as empresas migrem para a nova versão do ICP-Brasil, uma vez que a certificação digital será obrigatória para o recolhimento do FGTS e para o envio de informações sobre FGTS e Previdência Social.

O novo mecanismo de segurança permite também consultar saldos do FGTS, informar desligamento de trabalhadores, retificar informações, emitir procuração eletrônica e acessar o sistema da Caixa PIS/Empresa, entre outras funções.

Segundo Júlio Cosentino, vice-presidente da Certisign, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de certificação digital, o processo para aquisição do ICP-Brasil é simples e online. Necessita de presença pessoal apenas para a validação da chave de segurança.

Com essa mudança, diz ele, “a empresa ganha na redução de tempo e de gastos operacionais, além de garantir segurança jurídica dos dados que transitarem virtualmente no sistema operacional da Caixa”.

Fonte: Tribuna da Bahia