quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Artigo: O 13º salário deveria ser extinto

Melhor seria aumentar a renda mensal do trabalhador para evitar gastos desnecessários que acompanham o entusiasmo de final de ano.

O 13º salário foi criado com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nos anos 1960. Esse direito trabalhista não é um ganho extra, mas sim uma imposição legal que, então, obrigou as empresas a reduzir em um doze avos o pagamento mensal aos funcionários, exigindo a entrega desse valor em uma ou duas parcelas perto do fim do ano. Foi a solução que o Estado paternalista encontrou para ajudar as famílias a se organizar para a típica concentração de gastos de fim e de início de ano, principalmente impostos sobre a propriedade de bens imóveis e de automóveis. Teoricamente, receber o dinheiro de maneira concentrada no fim do ano facilitaria o pagamento dos compromissos com o Estado e diminuiria o endividamento da população.

Meio século depois, o resultado desse planejamento forçado é o oposto do que se esperava. Para sobreviver, o comércio concentrou forças no Natal, para aproveitar a época do ano em que mais dinheiro circula na economia. As famílias, com rendimentos mais achatados, fizeram do fim do ano seu momento de redenção, fartura e alívio das dificuldades enfrentadas ao longo do ano. No Natal e no Réveillon, a regra é comemorar, desfrutar. Depois se pensa em pagar a conta.

Melhor seria aumentar a renda mensal do trabalhador para evitar gastos desnecessários que acompanham o entusiasmo de final de ano.

O 13º salário foi criado com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nos anos 1960. Esse direito trabalhista não é um ganho extra, mas sim uma imposição legal que, então, obrigou as empresas a reduzir em um doze avos o pagamento mensal aos funcionários, exigindo a entrega desse valor em uma ou duas parcelas perto do fim do ano. Foi a solução que o Estado paternalista encontrou para ajudar as famílias a se organizar para a típica concentração de gastos de fim e de início de ano, principalmente impostos sobre a propriedade de bens imóveis e de automóveis. Teoricamente, receber o dinheiro de maneira concentrada no fim do ano facilitaria o pagamento dos compromissos com o Estado e diminuiria o endividamento da população.

Meio século depois, o resultado desse planejamento forçado é o oposto do que se esperava. Para sobreviver, o comércio concentrou forças no Natal, para aproveitar a época do ano em que mais dinheiro circula na economia. As famílias, com rendimentos mais achatados, fizeram do fim do ano seu momento de redenção, fartura e alívio das dificuldades enfrentadas ao longo do ano. No Natal e no Réveillon, a regra é comemorar, desfrutar. Depois se pensa em pagar a conta.

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