Após projeto de simplificação de tributos federais sobre o consumo, governo trabalha proposta para diminuir ou extinguir isenções no Imposto de Renda da Pessoa Física, o que atingirá a classe média. A contrapartida seria a correção na tabela do Leão, defasada há cinco anos.
Após apresentar um projeto de lei de reforma tributária de
fácil aprovação, apenas com a pretensão de simplificar tributos
federais sobre o consumo, o governo federal prepara-se, agora, para
mexer em um vespeiro. Resolvido o impasse sobre bens e serviços, os
próximos passos incluem a revisão da tributação sobre os rendimentos de
pessoas e empresas e mudanças no Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI). A equipe econômica pretende enviar os projetos ao Congresso em
30 dias.
Uma das propostas prevê diminuição ou até o fim das deduções no
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A revisão prejudica a classe
média, que costuma receber de volta parte dos gastos com saúde e
educação declarados ao Leão. Para compensar, o governo pretende corrigir
a tabela do IRPF, defasada há cinco anos, promessa do presidente Jair
Bolsonaro.
A desatualização no piso do imposto,
hoje de R$ 1,9 mil, prejudica, principalmente, os contribuintes mais
pobres. Boa parte dos que hoje descontam 7,5% dos rendimentos, primeira
faixa do IRPF, não precisaria pagar, se a tabela tivesse sido corrigida
nos últimos anos. No fim de 2019, Bolsonaro disse que o governo
pretendia aumentar a faixa de isenção para R$ 3 mil.
Fonte: Estado de Minas
Nenhum comentário:
Postar um comentário