Venho através desta, explicitar o
relato do caso do meu filho Altemir Júnior, que foi postado nas
redes sociais. Primeiramente, em momento algum julguei a competência profissional
dos Doutores Maximo Vegas Zapata e Jasone Ferreira da Silva e demais
profissionais da saúde. Meu questionamento é quanto a DECISÃO de não ter encaminhado meu filho para Rio Branco em
tempo hábil de evitar a infecção, mesmo sabendo que no Hospital Sansão Gomes não havia medicamento, para combater
a mesma. Motivo pela qual meu filho quase perdeu o pé esquerdo, deixando graves
sequelas.
Conforme foi relatado na postagem anterior:
O acidente ocorreu no domingo dia 02/03/2014, por volta das 05:30 horas (cinco horas e trinta minutos). Vendo a grave situação que se encontrava o pé do meu filho, perguntamos ao Doutor Jasone se havia necessidade de leva-lo para Rio Branco, onde se tem mais recursos. A resposta foi negativa, dizendo que não era necessário, pois todos os procedimentos a serem feitos, já tinham sido feito. Assim, fiquei “mais tranqüilo”, achando que meu filho estava recebendo toda medicação devida para evitar a infecção. Pois no caso de Fratura exposta, o risco de infecção ocorre após 10 horas do acidente, conforme informações abaixo.
FRATURA EXPOSTA: Definição: Segundo o Dr. Michael W. Chapman, uma fratura
exposta é aquela na qual uma ruptura na pele e tecidos moles subjacentes se
comunica diretamente com a fratura e seu hematoma.
Qual a importância do tempo no atendimento ao
fraturado?
O
tempo livre de FRIEDERICH
O
tempo livre de Friederich é o tempo de duração do ciclo do germe, que é de
aproximadamente 10 horas, após o que a ferida é considerada infectada, por haver a multiplicação bacteriana
(caso for atendida após 10 horas do acidente).
Portanto,
até 10 horas do acidente uma ferida é considerada contaminada
- após 10 horas sem tratamento, podemos considerá-la como sendo infectada.
Até 10 h após o ferimento é o tempo
máximo dentro do qual pode-se fechar, em princípio, um ferimento aberto. É
importante lembrar, no entanto, que a percentagem de infecções é 10 a 20
vezes superior à de outras fraturas fechadas.
AS
infecções são, portanto uma complicação da fraturas expostas, e os germes
causadores mais comuns destas infecções ósseas são:
·
Os
Streptococos
·
Os
Stafilococos
ANTIBIOTICOTERAPIA
Os
antibióticos para as fraturas expostas não devem ser considerados
profiláticos, mas sim terapêuticos, uma vez que estas feridas estão
contaminadas por bactérias. O papel dos antibióticos é destruir os organismos residuais ou inibindo seu crescimento até o momento em que os
mecanismos de proteção do hospedeiro tenham condições de eliminá-los.
BIBLIOGRAFIA
1.
ROCKWOOD JR, Charles, A. Fraturas em adultos. Editora Manole: São Paulo,
1995. 2 RITTMANN, Willy-Werner MATTER
, Peter. A Fratura Exposta. Ed. Manole Ltda: São Paulo, 1978. 3. BURRI, C.
Cirurgia do trauma . EPU: São Paulo , 1978.
4. OTTOLENGHI, Carlos E. Fraturas Expostas. Ed. Universitário de
Buenos Aires: Buenos Aires, 1978. 5.
HOWARD, S. An. Manual do Residente em Ortopedia. Editora Revinter ltda: Rio
de Janeiro, 1995. 6. BROWN, David E. e cols. Segredos em Ortopedia. Artes
Médicas: Pôrto Alegre, 1996. 7. SKINNER, David e cols.ABC of major Trauma. BMJ:
London, 1996. 8. Browner, Jupiter,
Levine e Trafton. Traumatismos do sistema musculoesquelético, 2ª ed. São
Paulo, 2000. 9. T.P.Ruedi, W.M.Murphy.
Princípios AO do Tratamento de Fraturas. Artmed. 10. C. A. J. Pacolla.
Fraturas expostas Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. São Paulo,
2001.
|
Na Segunda-Feira dia
03/03/2014, logo após fazer o curativo por volta de 08:00 (oito) horas da
manhã, percebemos que estava necrosando. Perguntamos dessa vez, para Dr.
Maximo, - não é melhor encaminhar para Rio Branco? Novamente a resposta foi
negativa, não é necessário esta tudo bem, tudo sob controle. Passam as horas e
meu filho com muitas dores, e por volta de 20:00 (vinte) horas da noite. Os
Doutores Maximo e Jasone, começam a retirar as partes necrosadas.
Ao sair da sala, o Dr. Jasone diz:
“O inesperado aconteceu, deu uma infecção e é
uma das bactérias mais agressivas, aqui no hospital não tem medicamento e já
liguei para Feijó lá também não”.
Somente após a confirmação da presença de uma bactéria bastante agressiva e o pé já exalando mau cheiro é prescrito pelos médicos o METRONIDAZOL, ficando sendo medicado basicamente de Diclofenaco e Dipirona durante 36 horas.
Prescrição Médica do HUERB - (04/03/2014)
Laudo Médico do TFD de Tarauacá-Acre - (04/03/2014)
Laudo Médico do HUERB - (04/03/2014)
No Hospital de Urgência e Emergência de
Rio Branco - HUERB, foi feito três cirurgias para evitar a perda do pé, depois
de mais de 20 (vinte) dias hospitalizado viajou para Porto Velho - RO no dia
03/04/2014, para submeter a uma cirurgia para enxerto de pele na parte
lesionada no dia 09/04/2014, resultando ainda na perda do calcâneo do pé
esquerdo.
ENFIM,
TUDO ISSO PODERIA TER SIDO EVITADO SIMPLESMENTE PELO USO DE MEDICAMENTOS QUE
COMBATESSEM A INFECÇÃO EM TEMPO HÁBIL.
Aqui fica um
desabafo de um pai e toda a família, que sofre vendo a vida e os sonhos de seu
filho de 21 anos, que cursava o 3° período de Educação Física, ser adiados ou
até mesmo interrompidos por conta deste lamentável fato.
Desabafar chorando é bom...
Refletir
sobre tudo é melhor, mas a superação tem que imperar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário