terça-feira, 3 de janeiro de 2012

GOLPE FATAL NOS EMPREENDEDORES


São cobrados no Brasil 63 tributos nas esferas federal, estadual e municipal. Somem-se a eles as normas e portarias, e o heroísmo do empreendedor brasileiro começa a ficar claro. O excesso de impostos mina a energia das empresas, torna um martírio a tarefa de pagá-los e desvia o foco dos brasileiros donos do próprio negócio. A burocracia brasileira consome 2600 horas de trabalho por ano - catorze vezes o tempo dedicado a ela pelos americanos (187 horas) e 21 vezes o dos suecos (122 horas). Das taxas pagas pelos empreendedores, só o ICMS tem 27 legislações - uma para cada estado. Esse imposto, que tributa a circulação de mercadorias, é o de maior impacto negativo na competitividade das empresas. A tributação sobre a folha de pagamentos é um estímulo à informalidade - eufemismo para ilegalidade. Os empresários brasileiros pagam tributos equivalentes a 70% do lucro obtido nos negócios - outro absurdo recorde mundial.

O TORMENTO DE ABRIR UMA EMPRESA...

Os obstáculos impostos aos brasileiros para momar uma empresa levam 120 dias no Brasil para ser vencidos - vinte vezes o tempo gasto nos Estados Unidos. Para abrir uma nova firma por aqui. são necessários quinze procedimentos que tramitam em quinze órgãos. entre eles Receita Federal, Previdência Social, prefeitura e secretarias de meio ambiente. Em contraste, no Canadá e na Nova Zelândia o processo requer um único procedimento. O custo de abertura de empresas no Brasil é de 2038 reais, contra 1 213 reais na Colômbia e 280 reais na China. O pior inimigo do Brasil não faria maior dano a nossa economia.

...E A ODISSEIA PARA FECHÁ-LA

No Brasil, gastam-se quatro anos para fechar uma empresa. Na Irlanda. quatro meses. O estado brasileiro exige documentos que comprovem ausência de pendências fiscais, trabalhistas, tributárias e legais que devem ser entregues. um a um, nas receitas federal, estadual e municipal. Alguns desses documentos podem ser obtidos pela internet. Antes, porém, era preciso ir pessoalmente às repartições. Nos anos em que a.empresa permanece aberta, a papelada cresce. Enquanto espera para fechá-la,o empresário precisa prestar oito declarações, como o recolhimento de INSS de funcionários (já desligados), e enviar relatórios aos sindicatos.

Fonte: Revista Veja

Nenhum comentário:

Postar um comentário