O brasileiro paga impostos a cada dia, mas os primeiros meses do ano são um período especialmente difícil, no qual ele recebe o IPTU, o IPVA e ainda tem que saldar suas contas com o leão do Imposto de Renda.
Tomemos como exemplo um trabalhador assalariado, na cidade de São Paulo, que ganhe R$ 4.000 por mês, trabalhe oito horas por dia, tenha um carro de R$ 30 mil e viva sozinho em um imóvel próprio de R$ 300 mil.
Ele desembolsaria cerca de R$ 18.500 com esses três impostos, o que representa 803 horas (considerando R$22,73 o valor de cada hora) ou cerca de quatro meses e meio de trabalho. Isso sem levar em conta nenhum outro imposto sobre bens ou serviços.
Segundo dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), o brasileiro gasta, em média, 150 dias do ano apenas para pagar seus impostos, sendo um dos países mais caros do mundo --à frente de França, Espanha e Estados Unidos.
O Imposto de Renda do assalariado é debitado na fonte. Se houver recebimentos de mais de uma fonte, vale a pena deixar o acerto de contas para o final do ano e reinvestir a diferença. Se isso for feito, ter imposto a pagar no final do ano poderá ser melhor do que ter a receber.
Quanto aos demais impostos diretos, é necessário criar uma reserva. Uma parcela do 13º, por exemplo, pode ser destinada para o pagamento desses encargos à vista.
Anotar os gastos mensais, comparar preços e reduzir os custos fixos são medidas que também podem aliviar o sufoco do início de ano e dar mais flexibilidade para gastos com lazer em períodos de maior calmaria financeira.
Texto confeccionado por: Samy Dana
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