sexta-feira, 18 de junho de 2010

O ANEL DO CONTABILISTA

O anel do profissional da Contabilidade simboliza e exterioriza o compromisso, a aliança, a união do profissional com o conhecimento científico contábil, o campo do saber, e sua disposição de aplicá-lo em beneficio da comunidade em que vive, engrandecendo e valorizando sua profissão, e enaltecendo sua pátria. Ele se explica á sua condição, traz-lhe a subserviência ás normas científicas e a vinculação do seu comportamento aos preceitos da ética e da moral.

O anel do contabilista é sempre motivo de interrogação sobre seu verdadeiro significado. Sabemos que a interpretação é sempre um risco, mas a imaginação supre e compensa, quando nos permite dar sabor de dignidade ao que conosco carregamos. A simbologia do nosso anel perde-se na noite dos tempos, mas a muito dela ainda resta para comentarmos e buscarmos em seus verdadeiros significados.

A SIMBOLOGIA DO ANEL DO GRAU

Símbolos são lembranças de conceitos. Diz um antigo ditado que um símbolo vale mais do quem cem palavras. Nas profissões os anéis representam os graus que conseguimos, ou seja, evidenciam que nos qualificamos em determinado campo de conhecimento. Como a aliança representa a constituição matrimonial, e os escudos representam as agremiações ou entidades, da mesma forma, os anéis são peças representativas, e enquanto “anéis de grau”, eles identificam as profissões que dependem de estudos.

Atuando em uma das mais antigas profissões do mundo (a Contabilidade já era exercida na Suméria a quase 6.000 anos), o contabilista também criou o seu anel. No Brasil, ele vem desde o tempo dos “peritos-contadores” (há mais de 50 anos), e desde seu aparecimento possui as seguintes características:

a) Estrutura em ouro;

b) Pedra principal cor de rosa forte (rubuslite);

c) Ladeando a pedra principal, dois brilhantes, um em cada flanco;

d) Em uma lateral a tabua da lei em platina ou ouro branco;

e) Em outra lateral o caduceu estilizado em platina ou ouro branco.

Todos esses componentes formam um agregado e possuem um significado, ou seja, eles são simbólicos. As interpretações variam, mas as que conhecemos e admitimos, passam a prevalecer. Em verdade tudo vem de uma tradição, de um costume, e não de um dever ou obrigação. Símbolos não são normas compulsórias, a não ser, quando integrantes de um complexo interpretativo como os idiomas e o teoremas.

A PEDRA COR DE ROSA (RUBISLITE)

A tradição deu ao anel do contabilista a identificação central, por sua pedra cor de rosa forte. Classificada como semipreciosa, ela possui estrutura hexagonal, apresenta índice de 7,5 a 8 na escala de dureza Mohs (que varia de 1 a 10).

Quando apareceu, a profissão ainda não estava dividida em técnicos contadores.

Eram só peritos-contadores e, posteriormente, contadores (a ultima turma, antes da divisão, foi formada no final da década de 40 do atual século XX).

Tal pedra é um silicato hidratado de alumínio, ferro, magnésio e potássio e tem a cor rosada mais forte. O nome RUBISLITE vem da Escócia, do termo Rubislaw e foi dado por Heddle em 1879.

Naquela época, predominavam no Brasil as aulas de Carlos de Carvalho, com forte influencia personalista. Aprendia-se a definição de patrimônio como “conjunto de bens, direitos e obrigações”. Portanto, predominava a corrente personalista. As vezes cientificas eram buscadas na vizinhança, ou seja, no Direito.

Os próprios conceitos de “debito” e “credito”, que ainda hoje utilizamos, surgiram de uma extensão dos registros de contas pessoais do meu e do seu.

Na baixa idade media, ensinava-se o processo da partida dobrada, a partir do conceito jurídico: “faça de conta que essa caixa é uma pessoa que você debita por tudo que a entrega, e credita por tudo que dela recebe”. Assim, está registrada na obra de Luca Pacioli, a forma de ensinar a debitar e creditar, em 1494, há meio milênio passado.

OS BRILHANTES

Os brilhantes que ladeiam a pedra principal não são privilegio da nossa profissão. Todos os anéis de grau possuem os brilhantes. Atribui-se a isto o símbolo do “valor cultural”, associado ao “maior valor das pedras preciosas”. É a nobreza da natureza, lapidada: o diamante que virou brilhante, a pedra bruta que virou pedra polida, luzente, e a mais nobre de todas as pedras.

Admitimos, pois, como aceitável e muito adequada a inserção dos brilhantes para significar o polimento cultural no anel que representava o grau de cultura.

Os símbolos do “polimento do homem” e da “expressividade do valor de tal polimento” representam a natureza de sua qualidade e a grandeza de sua importância no contexto cultural.

Fonte: http://contabilidadeinconfidencia.com.blog/

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