segunda-feira, 30 de abril de 2012

Obra inacabada em condomínio derrama esgoto in natura em igarapé

Moradores do Residencial Vila Rio Verde, na estrada de Porto Acre, denunciam a Caixa Econômica Federal de omissão nas obras do condomínio. O local, onde seriam construídas 168 casas, está há um ano e seis meses sem regularidade nos serviços, que são feitos de acordo com a medição da obra.

A obra deveria ser realizada por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”, financiada com recursos do FGTS. Embora haja inadimplência da maioria dos moradores, muitos alegam que continuam pagando a taxa para a Caixa Econômica, que varia de R$ 300 a R$ 400 mensais.

No conjunto, pelo projeto inicial deveria haver uma loja de conveniência, muro ao redor das habitações, água encanada regular, iluminação pública e até uma miniestação de tratamento de esgoto.

“Mas o que vemos aqui é uma completa falta de responsabilidade”, protesta Ivo Firmino dos Santos, que planejava se casar com a noiva e morar no local.

A sua casa, por exemplo, foi construído numa área baixa do condomínio, mas sem que os engenheiros observassem o sistema de escoamento da água da chuva.

Por isso, mesmo que a obra estivesse acabada, a água cairia para o interior da casa de Ivo Santos e da noiva, causando prejuízos aos condôminos.

Há dois meses, a construtora Borges, do Matogrosso, esteve no local, em substituição a BS Construtora, mas um mês depois já havia parado.

“Os engenheiros nos disseram que estavam sem receber de novo, ou seja, que a Caixa não repassou os recursos que nós vimos pagando normalmente”, explica Santos.

Num passeio pelas quadras é possível observar que algumas casas ainda nem apresentam a forma básica. Não têm telhados nem janelas. Na primeira rua, a erosão ameaça soterrar a miniestação de esgoto também.

Dano ambiental - O que é mais grave, no entanto, é que o esgoto produzido pelos moradores que se mudaram para o local está sendo jogado na estação inacabada e lançado direto para um igarapé que passa ao lado do residencial.

“Quem tem propriedade rural por aqui, com certeza, está recebendo esgoto nos açudes ou nos reservatórios de água potável”, alerta outro morador, Adson José Moreira de Carvalho.


Fonte: A Gazeta.Net

Nenhum comentário:

Postar um comentário